A marca detida por Amâncio Ortega - o terceiro homem mais rico do mundo - tem um sector produtivo cada vez mais distante dos países da União Europeia. Apenas em dois anos, o número de empresas que confecionam produtos para a multinacional, dentro do território da União Europeia, caiu 10,7%. Em 2009 estavam associadas à marca 512 empresas europeias, mas no final de 2011 eram apenas 457.
Para que uma empresa entre para a contagem de colaboração com a dona da Zara, tem de produzir mais de 20 mil unidades ao ano. Este tipo de empresas, de larga produção, são a grande maioria das parceiras da Inditex, ficando de fora 0,47% das empresas, que não alcançam números desta dimensão.
O travão à colaboração com empresas da união europeia deu-se especialmente em 2010, quando a Inditex as reduziu em 10%. A tendência da empresa é apostar nos países da Europa não comunitária, e ainda que não revelem que países são estes, sabe-se que a preferência está nos países a leste da Europa. Em 2011, a Inditex mantinha nesta região 130 empresas , mais 31,3% que em 2010, quando eram apenas 99.
Também a Ásia reúne a preferência da empresa. Em 2010, o número de produtores asiáticos superou pela primeira vez os da União. E em 2011, a Ásia afirmou-se ainda mais. 44,7% dos produtores têxteis têm sede no continente asiático. No ano passado somavam-se 625 empresas do total de 1398 entidades que trabalham para a empresa.
A empresa continua a apostar num serviço de fornecimento por proximidade e tem alguns clusters de produção que integram fabricantes, sindicatos e associações empresariais. Portugal está entre eles, a que se juntam a Turquia, Índia, Brasil, Marrocos, Bangladesh e China. Neste dois últimos é onde se somam mais empregos: 223 mil pessoas trabalham para 150 fabricantes, e 84 fornecedores.
A marca detida por Amâncio Ortega, o homem mais rico do mundo, tem um sector produtivo cada vez mais distante dos países da União Europeia
Fonte:|http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO055928.html
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