Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

 

No primeiro dia de Dragão Pensando Moda, na 15ª edição do Dragão Fashion Brasil, os participantes tiveram a oportunidade de assistir à palestras de profissionais de renome no mercado de moda, cultura e negócios, tanto nacional quanto internacional.

A palestra que deu início foi da finlandesa Liisa Jokinen, que falou sobre “Street Style e a Moda Bem Sucedida em Mercados Alternativos”. Ela é escritora e fotógrafa de moda de street style freelancer. Criou o blog Hel Looks nove anos atrás e desde então chama a atenção dos moradores de Helsinki, na Finlândia, ao abordar aqueles que considera mais estilosos e desinibidos. Liisa Jokinen tem um projeto precursor e já traz referências únicas para quem hoje trabalha com essa tendência.

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Ela também destacou que a moda finlandesa começou a ganhar destaque em festivais de moda em outros países da Europa e seus designers ganharam espaço para trabalhar no exterior, além do fato de que hoje os jovens admiradores da moda buscam inspiração no trabalho do street style.

Pessoalmente, ela se admira também com os seguidores das outras gerações que se animam para reabilitar itens e peças que voltaram à voga e que não julgavam atemporais. “O street style se traduz melhor em escala local e pelo tempo que transcorre gerações diferentes em anos diferentes. Vejo a mudança entre as atitudes mais como um fenômeno que já está inspirado dentro das cidades”, aponta Liisa. “É como viajar sem pegar um avião”, acrescenta.

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No segundo momento da manhã, aconteceu uma Mesa Redonda com o tema “Moda Contemporânea Brasileira: Os novos rumos”, que foi liderada por Eduardo Motta, ele que é consultor de moda do Senac Nacional e conduziu o bate-papo sobre a moda contemporânea brasileira e seus novos rumos. A palestra começou com uma grande injeção de auto estima para todos nós falando sobre as qualidades da moda brasileira.

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Luana Cloper - diretora do Premiére Vision no Brasil- destaca que a inovação que precisamos inserir em nossos negócios é ficar ligado aos detalhes, observar os comportamentos do meu consumidor e perguntar: “o que meu consumidor quer além da roupa?”.

Eduardo Motta puxou a pergunta sobre como a moda brasileira pode se manter competitiva com grandes marcas internacionais, que vendem com preços que não condizem aos que praticamos aqui. Cláudio Santana explica que uma boa saída é investir muito nos produtos locais, tentando inserir os mesmos em processos mais padronizados e destacando novos produtos como uma vantagem de mercado.

Luana Cloper destaca que a medida que o Brasil vai se inserindo no mercado internacional, a concorrência vai aumentando. O importante é investir em personalidade com qualidade.

Outro fator importante é que o estilista seja de fato um designer, que ele se una a seus fornecedores, para trazer novas soluções de produtos para agregar valor ao seu artigo de moda.

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No primeiro período da tarde, Jorge Faccioni, presidente do grupo UseFashion, começou sua palestra, que tinha como tema “Os Desafios da Indústria da Moda na Nova Economia Criativa”, falando sobre inquietação, um dos pilares de sustentação para o que considera a chave de toda boa ideia e do sucesso de um negócio: a quebra de paradigmas. Ao apresentar uma série de mudanças e transformações pelas quais o universo e o conhecimento do ser humano já passaram, o gaúcho traçou um caminho e providenciou a receita da base da evolução.

    

A criatividade como modelo de negócio de moda foi o principal foco que estabeleceu o diálogo entre diversas ações inspiradas no próprio instinto do homem. Jorge Faccioni comprovou que o Brasil foi o país que mais cresceu no setor de moda pelos últimos dez anos. “O Século XXI será um tempo de grande quebra de paradigmas”, defende.

Um modo de pensar ou agir, um sistema de regras e regulamentos que estabelece fronteiras ou limites e determina como se comportam e se aplicam pensamentos, ações e produtos. É assim que Faccioni vê o mercado em evolução. 

Na segunda sa redonda promovida pelo SENAC, com o tema “Economia Criativa: Moda e Artesanato”, reuniram-se no auditório a pesquisadora Raquel Gondim, o artesão Espedito Seleiro, o estilista Lidenbergue Fernandes e Jorge Faccioni, presidente do grupo UseFashion. A principal discussão girou em torno de um tema apresentado por este último em sua palestra anterior: a criatividade para negócios bem sucedidos em mercado regional.

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Cada um trouxe sua experiência e seu conhecimento sobre como foram utilizadas as ferramentas da percepção, intenção, preparação e oportunidade no que diz respeito ao mercado regional de produzir e vender um estilo especial e de valor único.

E para sustentar que o conceito de economia criativa (discutido com fervor no Ceará desde 2011) e o desenvolvimento da manufatura local, Jorge Faccioni se propôs a testemunhar: “A globalização veio a transformar o preconceito, mas no inconsciente coletivo do brasileiro ainda habita a ideia de que o que vem de fora é melhor do que o material nacional”.

Outra dificuldade que na mesa foi colocada, dessa vez por Espedito, é a do típico discurso daquele empreendedor que foi educado em determinado modelo de carreira ou modo de pensar: “Esse ofício era do meu pai, e antes disso foi do meu avô, e ainda antes disso era do pai do meu avô, e assim vai”, exemplifica. “O mais difícil pra mim é lidar com essa conformidade de cada um, de que a gente nasceu pra fazer uma só coisa pro resto da vida”, completa o artesão.

Seguindo com as palestras, o italiano Enrico Cietta veio com o tema “Novos Mercados do Fast Fashion para o Brasil”, fazendo um comparativo sobre as principais diferenças entre uma marca que trabalha com o conceito de fast fashion, literalmente traduzido como moda rápida, e uma marca que trabalha com o sistema de produção convencional, que chega a pensar uma coleção com programação de até 24 meses antes de seu lançamento.

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Enrico ressalta que não se deve copiar literalmente o modelo de negócio fast fashion, pois não existe uma formula pronta para se chegar aos seus moldes de produção. O que cada empresa deve fazer é adequar apontamentos que combinem com seu próprio modelo de negócio. Analisar sua empresa e otimizar alguns setores pode ser tão positivo quanto copiar literalmente fórmulas de sucesso.

A palestrante Paula Limena foi a última palestra do primeiro dia de DPM, com o tema "O Sucesso do negócio de Moda no século XXI: Uma reflexão sobre top trends, o momento histórico e as orientações de estrategistas globais - Como reinventar o seu modelo de negócio¿” e trouxe aos participantes uma vertente interessante e diferenciada para rever o tradicional modelo de negócios. Paula é pós graduada em psicanálise e trouxe à sua palestra uma visão freudiana de transformar a sua marca em objeto de desejo.

Paula nos conta que hoje em dia, não podemos mais separar geograficamente nosso público, pois só existem dois tipos de consumidores para sua marca: aquele que ama a sua marca ou aquele que odeia. A palestrante enfatiza que para conquistar os que amam sua marca, a experiência de uso dela deve ser algo voltado para o prazer, já para aqueles que odeiam, a experiência deve ser algo simplificado, prático e que atraia o consumidor pela facilidade de aproximação.

O Facebook e Instagram viraram não só plataformas de venda, mas um caminho onde o cliente pode encontrar histórias que se confundam com as suas e façam com que eles tenham um carinho pela marca e uma maior identificação com tudo que a marca tem a mostrar e não apenas vender!

    

Fiquem ligados para as novidades do 2º dia de palestras, com atualizações em tempo real nas nossas redes sociais e, mais tarde, um resumão de tudo que aconteceu!

http://www.profissaomoda.com.br/materias/2014/04/dragao-pensando-mo...

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