Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Duas Confecções Fecham as Portas e Ignoram os Direitos Trabalhistas de Funcionários - PR

A Cartenni Confecções Ltda., de Mandaguaçu, e a Dabur Confecções Ltda., de Paiçandu, fecharam as portas e ignoraram os direitos trabalhistas de ao menos 53 funcionários, entre eles, quatro mulheres grávidas.

As duas empresas, de acordo com as reclamações trabalhistas e o depoimento de funcionários, pertencem ao mesmo grupo econômico da JM7 Lavanderia Ltda., localizada em Paiçandu, da Vennuty, de Mandaguaçu, e da Domark Jeans, estabelecida em São Paulo capital. O responsável pelo grupo de empresas seria o empresário Mohamed Mustafah Salleh, que teve o nome incluído nas reclamações trabalhistas.

Em Mandaguaçu, os funcionários contam que no dia 20 de dezembro a empresa concedeu férias coletivas e, um mês depois, quando deveriam voltar ao trabalho, simplesmente encontraram as portas fechadas. Em Paiçandu, a Dabur parou de funcionar há cerca de dez dias e os trabalhadores só conseguiram evitar o esvaziamento da fábrica e receber pelo último mês de trabalho, porque houve a intervenção de advogados e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Vestuário de Maringá (Sincofemar).

Ricardo Lopes

Gislaine Ferreira, 27 anos, grávida do segundo filho, está aflita com a situação e cheia de contas para pagar

O ex-gerente de produção da Cartenni Confecções, Adélio Edivino Silva Júnior, conta que veio de Santa Catarina com a esposa e dois filhos em busca do que seria uma boa oportunidade de trabalho. "Tratei tudo com o Mohamed e, antes de abrir a Cartenni, trabalhei um período na JM7 Lavanderia", diz.

O cargo de gerente não evitou que Júnior chegasse ao fim do ano sem receber o 13º salário, as férias e o salário de dezembro. "Cheguei a ir algumas vezes na JM7 para falar com o Mohamed, mas ele não me atendeu. Até que na última vez, não me deixaram nem entrar na empresa", relata.

A falta de dinheiro e de respostas trouxe problemas para Júnior. "Minha esposa está depressiva, estamos com todas as contas atrasadas e tenho feito bicos enquanto não consigo um trabalho. O sentimento é de humilhação, de ir atrás e não ter nem esclarecimento do que aconteceu. Esperamos que agora a Justiça seja feita", desabafa.

O caso de Júnior e de mais 20 funcionários da Cartenni é representado pela advogada trabalhista Marlene de Castro Mardegam. "Não pagaram nem os direitos mínimos destas pessoas", critica a advogada, que ingressou com ações trabalhistas contra a Cartenni, a JM7, a Domark e o empresário Mohamed Mustafah Salleh.

AUTOESTIMA


“O médico mandou eu me
acalmar, por causa da
gravidez, mas é difícil, porque
começo a lembrar e a chorar”

Gislaine Ferreira, 27
Costureira

Na Dabur, os advogados trabalhistas Jaqueline Beccari Malheiros e Jefferson Pontes Pereira tentam garantir que ao menos 32 funcionários consigam receber os direitos trabalhistas. Eles conseguiram uma liminar na Justiça do Trabalho para apreender as máquinas da empresa. O arresto ainda não foi cumprido, porque o juiz exigiu que os funcionários conseguissem um local para guardar os equipamentos. "O mais grave é a demissão das grávidas e de uma mulher com trombose", considera Pereira.

O empresário Mohamed Mustafah Salleh não foi localizado na JM7 na tarde de sexta-feira e estava com o celular desligado. Na empresa, ninguém fala sobre o assunto. Na Domark Jeans ninguém atendeu ao telefone.

Fonte:|http://maringa.odiario.com/parana/noticia/541903/grupo-fecha-duas-e...

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Respostas a este tópico

Longe de defender os empresários, mas, devem estar em péssimas condições financeiras para fazer uma coisa desssas,e irão acontecer muitos outros episódios como este, podem ter certeza,é mais um sinal do setor textil...

Essa região e próxima a CIANORTE considerada capital do vestuário, Também tive o mesmo problema do junior , vim de minas procurando algo melhor para mim e minha esposa, recém casados e durante 3 meses foram mil maravilhas mas depois as coisas começaram a piorar, descobri que o dono estava atolado em dividas a vantagem eh que consegui entrar em uma empresa de software para industria têxtil como consultor onde pude me recolocar no mercado e não precisar entrar nas dividas tao rápido. Tem  muita gente aqui que ganha dinheiro com confecção e muitas pessoas entram no ramo achando que eh só abrir pra começar a ganhar, muitos desses com pouco dinheiro e com pouca experiencia como empresario, conheço vários aqui na cidade que ja tiveram empresas e hoje devem milhares para bancos. Lembrando que a cidade de Cianorte vive da industria de confecção e existem muitas empresas serias mas também existem os que não se importam muito.  

Estamos precisando de mão de obra aqui em cuiaba para cinfecção de moda intima e praia...

e outros dando calote...

se ao menos uns dez destes vierem para cá estão com empregos garantido.

65 30254600

www.fionobre.com.br

 

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