Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Ela saiu da Victória's Secret, abriu concorrente e quer superar a antiga empregadora

A Lively, criada por Michelle Cordeiro-Grant, faz moda íntima que privilegia o conforto e a descontração para mulheres de todos os tamanhos.

Michelle Lively (Foto: Divulgação)

O mercado americano de roupas íntimas é estimado em US$ 13 bilhões, volume do qual uma única empresa – a Victoria’s Secret – detém entre 35% e 40% desse montante.

Com mais de 1000 lojas em todo mundo e vendas anuais superiores a US$ 7 bilhões, parece um império inabalável e que impõe medo a potenciais competidores. Mas esse não foi o caso da empreendedora  Michelle Cordeiro-Grant.

Com 15 anos de experiência no varejo, cinco deles na própria Victoria’s Secret, ela conhecia alguns dos pontos fracos da marca e decidiu atacá-los quando criou a loja online Lively, em 2016, em Nova York.

Segundo Michelle, temas como maternidade e conforto não estão na lista de prioridades da grande concorrente, “Falta autenticidade e vida real, porque o que foi construído lá tem a ver, na verdade, com anjos e fantasia”, disse ela à revista Forbes, creditando esse posicionamento à forte presença masculina no comando da grife.

Na Lively, a direção é diferente. A empresa começou com quatro mulheres e hoje emprega 15 profissionais do sexo feminino dispostas a fazer tudo diferente.

Nas coleções, no lugar de espartilhos, sutiãs push-up e excesso de rendas, entram os modelos baseados em cortes esportivos e nos tecidos leves e confortáveis das roupas de passeio, alguns com estampas, outros com algum detalhe feminino, como uma renda discreta.

Para essa moda íntima inspirada no esporte e no lazer, com peças mais funcionais, Michelle cunhou o termo leisurée. Além desse cuidado, a empresa também cuidou para oferecer produtos para diferentes corpos femininos.

lively (Foto: Divulgação)

Os sutiãs da Lively, por exemplo, são produzidos em 22 tamanhos.  Os preços são bastante competitivos: calcinhas a US$ 10 e sutiãs a US$ 35. A coleção inclui também bodysuits, maiôs e biquínis.

A Lively não inovou apenas no design das peças e nos tecidos, mas também na forma de vender e se relacionar com o público. Sua estratégia de marketing bem-sucedida, baseada no Instagram e em influenciadores digitais, ganhou um reforço com a decisão da empresa de investir em lojas pop-up experienciais. 

São lojas montadas por períodos curtos de tempo para expor a marca e aproximá-la das consumidoras. Foram mais de 60 eventos nos dois primeiros anos de vida, concentrados especialmente no nordeste do país.

Para fazer barulho com eles, a empresa associa-se a outras empresas que dialogam com seu público, como SoulCycle, Skin Laundry,  Ezza Nails e Bird Bakery. Nesses espaços podem acontecer várias atividades, desde sessões de meditação e massagens a jantares, happy hours de compras, palestras, workshops e apresentações musicais. 

Os resultados dessa iniciativa superam as expectativas da fundadora, aumentando o engajamento do público e estimulando as vendas. Somente nos últimos dez meses, a marca faturou em torno de US$ 10 milhões. 

Nas redes sociais, a startup conta com uma legião de seguidores – somente no Instagram são 108 mil - e 20 mil pessoas atuam como embaixadores da marca. Além de um aporte de US$ 5,5 milhões obtido da CCV Capital e de vários investidores anjos nesse período, a Lively recebeu um novo investimento em abril de US$ 3 milhões.

Com esse dinheiro, a empresa espera levar as lojas pop-up para cidades em todo o território americano.

https://revistapegn.globo.com/Mulheres-empreendedoras/noticia/2018/...

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  Com esse dinheiro, a empresa espera levar as lojas pop-up para cidades em todo o território americano.

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