A Textiles Intelligence desenvolveu um estudo que evidencia a forte competição das economias emergentes da Ásia. A sua produção a baixos custos torna-se cada vez mais aliciante para os maiores importadores mundiais, como os EUA e a União Europeia, constituindo-se como uma grande concorrência à China, Turquia, Itália e Coreia do Sul.
No ano passado, as exportações mundiais de collants subiram 6,9%, para 13,9 mil milhões de dólares (12,6 mil milhões de euros), dos quais só a China representou 44,5%, com um recorde de 6,21 mil milhões de dólares.
Contudo, apesar dos resultados positivos, a economia chinesa enfrenta a concorrência crescente de outros países asiáticos, que conseguem produzir collants básicos, de forma rápida e barata.
Também a Turquia e Itália – que ocuparam respetivamente o segundo e terceiro lugares na tabela dos maiores exportadores de collants em 2018 – estão a sentir os efeitos da competitividade destas economias emergentes, particularmente no que diz respeito às importações da União Europeia. A taxa de exportação da Turquia, Itália, EUA e Coreia do Sul sofreu uma diminuição em 2018, à medida que os novos mercados asiáticos começaram a ganhar território.
Produção técnica ainda fora do alcance da nova concorrência
Entre os novos fortes concorrentes no mercado dos collants estão o Bangladesh, a Índia, a Indonésia, o Paquistão e o Vietname, que rapidamente começaram a adotar os métodos de produção da Indústria 4.0, contribuindo para a melhoria da sua produtividade e o aumento do volume de produção.
Neste contexto, as exportações de collants do Paquistão conseguiram bater um recorde em 2018, enquanto a Índia subiu três posições no ranking internacional de maiores exportadores, comparativamente a 2017, instalando-se na 15.ª posição. Também o Vietname sentiu um aumento de exportações em 2018.
Por outro lado, os avanços significativos destas economias emergentes não chegam para travar a China, cuja taxa de exportação se prevê manter relativamente estável no curto a médio prazo, uma vez que «os seus concorrentes low-cost na Ásia não têm uma infraestrutura para produzir os volumes que a indústria chinesa é capaz de fazer». Além disso, também não usufruem do mesmo investimento para a aquisição da maquinaria necessária para produzir meias tecnicamente mais avançadas.
Deste modo, aponta a Textiles Intelligence, a chave para que Itália, Turquia, Coreia do Sul e EUA mantenham a sua posição no mercado de exportação de collants passa pelo investimento significativo na especialização na produção de collants técnicos avançados.