Cerca de 1.500 empresas em nove países são responsáveis por 80% das emissões de carbono da indústria da moda, segundo um estudo da Reset Carbon apresentado pela Cascale.
Os números, compilados com recurso às ferramentas de medição de sustentabilidade do Higg Index, foram apresentados num evento por Colin Browne, CEO da Cascale.
A Cascale já definiu uma meta de redução de 45% das emissões para a indústria têxtil, de vestuário e calçado até 2030, em linha com o Acordo de Paris. Com a indústria atrasada no progresso para atingir esse objetivo, o CEO apelou a um maior foco nas áreas críticas reveladas pelos dados.
«A realidade é que a indústria de bens de consumo não está a fazer o suficiente para combater as mudanças climáticas. Com os novos dados a demonstrarem uma forte concentração do impacto climático, temos de direcionar a ação para onde é mais importante. Temos que nos concentrar nos centros estratégicos de fornecedores da indústria. Não há caminho para atingir a nossa meta de redução de 45% que não envolva essas 1.500 unidades», sublinhou Colin Browne.
Para ajudar a acelerar a mudança baseada em dados, a Cascale está a trabalhar com os parceiros Apparel Impact Institute e Reset Carbon para criar um Roteiro de Descarbonização da Indústria. «Temos o conhecimento técnico, a capacidade e as ferramentas para garantir uma indústria muito mais sustentável. Mas temos a coragem, a capacidade e o empenho para seguir em frente?», questionou o CEO da Cascale.
Colin Browne, que apelou a que mais empresas se juntem à Cascale – que tem como membros empresas e marcas como a Amazon, a Asos, a Bestseller, a C&A, a Inditex, a Lenzing, a Mango, a Primark, Recover, a Target e a Under Armour – reconhece que a aliança tem trabalho a fazer para impulsionar, ainda mais, a mudança. Como parte dos requisitos, os membros corporativos têm agora de aderir ao Programa de Descarbonização da organização e definir metas baseadas na ciência. «Há um longo caminho pela frente. Descobrimos que, entre nossos membros, 33% das marcas e 54% dos fabricantes não definiram metas baseadas na ciência. Isso tem de mudar. Mais importante, marcas e fornecedores precisam de trabalhar em conjunto para transformar o seu Tier 2, que é a principal fonte de emissões de carbono. Definir uma meta baseada na ciência sem uma consulta próxima à cadeia de aprovisionamento é inaceitável e irresponsável, tendo em conta o curto prazo de 2030. Mas, com os dados acionáveis certos e apoio mútuo, há esperança», concluiu o CEO da Cascale.
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