Em 1989, Beatriz Deak, se tornou uma das primeiras alfaiates mulheres de São Paulo. Aos 29 anos, recém-formada em Letras, ela decidiu abrir sua própria empresa movida pela paixão de costurar. “Eu aprendi a usar a linha e a agulha com a minha avó e a minha mãe. Sempre foi uma terapia para mim”, diz.
O negócio prosperou com a ajuda de uma lista de clientes que Beatriz havia formado em seu antigo emprego. Durante quatro anos, ela foi o braço direito do dono de uma alfaiataria, mas acabou sendo demitida quando o chefe se negou a deixá-la sair de férias. Então, ela juntou suas economias, fez uma lista dos clientes que já havia atendido – algo próximo de mil nomes –, alugou uma casa no bairro dos Jardins e iniciou a empreitada.
Apesar de ter relativo sucesso como alfaiate, Beatriz resolveu testar um novo produtoem 2010. Inspirada por seu cão, um Scottish Terrier preto, chamado James Black, ela começou a costurar roupinhas para cachorros. Só que as peças desenhadas e produzidas pelaempreendedora tinham um diferencial: eram feitas para agradar os donos mais exigentes. “Eu aproveitei alguns tecidos do trabalho de alfaiate para criar as primeiras peças. Com as técnicas de alta costura, criei roupinhas de muito bom gosto”, diz. “Eu queria criar uma grife, uma espécie de Dolce e Gabbana para cães.”
A ideia a deixava bastante empolgada. Até que a vida deu uma reviravolta e ela precisou parar todos os planos para se dedicar à família. Em 2011, sua mãe descobriu um câncer de mama em estágio avançado e acabou morrendo em meados de 2012. Logo em seguida, sua irmã descobriu que também tinha o tumor e faleceu em dezembro de 2013. Um mês antes, Beatriz havia recebido o mesmo diagnóstico dos médicos.
No dia 17 de dezembro de 2013, a empreendedora fez uma cirurgia para retirar as mamas e o câncer. “Eu fui atropelada por todos os acontecimentos. Pensei em desistir do negócio, achava que não ia aguentar”, diz.
Depois de cirurgia, fazendo as primeiras sessões de quimioterapia, Beatriz voltou acosturar. Foi quando lembrou o quanto manusear a linha e a agulha lhe fazia bem. Então, decidiu que ia lutar para se recuperar logo. “Eu tinha duas escolhas: podia me entregar à doença ou dar a volta por cima”, diz. “Eu decidi dar a volta por cima.”
O esforço logo mostrou resultados: em 2015, a empreendedora foi uma das finalistas do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios na estapa do Estado de São Paulo. "Fiquei tão feliz com o reconhecimento. Vi que lutar vale a pena", afirma.
Beatriz continua fazendo quimioterapia e acaba de fazer sua quarta cirurgia corretiva. "Às vezes fico mal por conta dos remédios, mas a empresa me dá muita energia." Ela acaba de trazer uma novidade ao negócio: sessões de reiki para os animais de estimação. O reiki é uma técnica oriental a para redução do estresse e relaxamento. Muitos acreditam que promove a cura de doenças. "Acho que os clientes vão gostar", diz.
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