Emprego no Setor Têxtil Fica Estável no Mês de Abril

[Textile Industry]

Dado contrasta com os últimos 12 meses, nos quais a cadeia têxtil aparece entre as que têm maior queda nos empregos

Emprego se manteve estável no setor têxtil em abril

O nível do emprego do Estado de São Paulo, divulgado ontem pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) apontou estabilidade no setor têxtil e de vestuário, em abril. O dado contrasta com o acumulado dos últimos 12 meses, em que a cadeia têxtil aparece entre as que têm maior índice de queda nos empregos. O cenário negativo deve persistir em maio na RPT (Região do Polo Têxtil), já que foram demitidos 45 trabalhadores da Neotextil, no dia 3, e outros 130 da Tavex-Santista anteontem.

A pesquisa apontou que o nível de emprego diminuiu 0,1% em abril, na comparação com março, na área de confecção de artigos de vestuário. Isso significou a perda de 78 postos de trabalho no Estado, segundo a Fiesp. Em abril, o grupo de produtos têxteis não registraram variação de emprego, em comparação a março, também segundo a federação.

Na região de Santa Bárbara d'Oeste, o nível de emprego no segmento da confecção cresceu 0,9% em abril, contribuindo para o resultado positivo total da indústria de transformação, que foi de 4,8%. Na região de Americana, empregos em confecções cresceram 1,8%. Em Campinas, a queda foi de 0,4%.

No acumulado dos três primeiros meses do ano, o nível de emprego cresceu apenas 0,3% nas confecções e caiu 0,3% nos têxteis. Segundo o Sinditêxtil (Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo), o acumulado dos últimos 12 meses mostra que a situação é mais preocupante, com queda de 4,9% nos empregos da confecção e 6,7% no segmento têxtil.

O presidente do Sinditêxtil, Alfredo Bonduki, avaliou que a estabilidade no emprego da cadeia têxtil em abril coincide com a estabilidade das importações no mês, em comparação com o mesmo período do ano anterior. "É o único mês que as importações não cresceram, em comparação a abril do ano passado. Isso significa que a geração de empregos está diretamente ligada hoje ao crescimento das importações. Se as importações não crescem, o país gera emprego", comparou.

Mas, Bonduki avalia que o cenário ainda é ruim para o setor têxtil. Quanto ao melhor desempenho em abril e geração de empregos em Santa Bárbara, mais que em outras cidades vizinhas, o presidente do Sinditêxtil avalia que Americana hoje diversificou as indústrias e não é mais tão dependente do setor. Para Bonduki, Santa Bárbara está mais estruturada e moderna na área da indústria têxtil e com isso consegue reagir mais rapidamente ao mercado e gerar empregos acompanhando o quadro econômico.

Fonte:|http://www.oliberalnet.com.br/noticia/13C962D34DC-emprego_no_setor_...