Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Empresária aposta em roupas de grifes para crianças e fatura R$ 5,5 MILHÕES

Mariana Guazzelli, Bebê Boutique, e-commerce, crianças, roupas, grife (Foto: Divulgação)

Mariana Guazzelli estava grávida quando teve a ideia que iria mudar a sua vida profissional. Como designer, trabalhava há mais de 10 anos com projetos digitais e estava acostumada a utilizar a internet. Em 2006, durante sua gravidez, entrou na web para comprar roupas para seu filho e não encontrou nenhum e-commerce para esse público.

Foi aí que percebeu um espaço no mercado e decidiu criar o e-commerce Bebê Boutique. Para a ideia ser desenvolvida, foi necessário aproximadamente um ano. “Não existiam plataformas para moda, eu tive que montar o projeto com um programador, fiz uma pesquisa de fornecedores e tive que aprender como funcionava trabalhar com comércio”, diz a empreendedora.

A empresária sofreu muita críticas por ter embarcado em uma ideia que não era comum na época. “Ninguém comprava produto de bebê pela internet, quando eu falava o que fazia, achavam muito estranho”, afirma. No começo não foi fácil conseguir produtos de fornecedores de marcas conhecidas. Hoje, 10 anos depois, as próprias marcam procuram a empresa para colocar seus produtos no e-commerce.

Para colocar o site no ar em 2007, Mariana investiu R$ 50 mil reais. “Foi um investimento muito baixo. Só em 2013 que tivemos um investimento maior”, conta. No início, sua mãe era sua sócia. Depois de um tempo, a empreendedora comprou a parte da mãe e geriu o negócio sozinha até 2013. Em 2013, Renato Pereira, engenheiro mecânico com experiência em gestão e estratégia de negócios, se juntou a Mariana como sócio e o Bebê Boutique recebeu R$ 1,5 milhão por parte de uma empresa de investimentos-anjo.

O diferencial do Bebê Boutique são os produtos. Por mais que sejam vendidas marcas nacionais mais baratas, o ponto forte são as roupas e acessórios de marcas de grife como Lacoste, Tommy Hilfiger e Levi’s. O ticket médio da empresa é de R$ 310.

Mariana apostou em um público das classes A e B pelo fato de não existir uma loja que faça uma curadoria de itens para crianças com referência de moda. “Na época, se você queria uma roupa diferente, não encontrava. Queria que os pais tivessem opções na internet”, conta. O nome Bebê Boutique justamente vem pelo fato de que são produtos selecionados a dedo e com características diferenciadas, como uma boutique de grife.

Em 2016, o e-commerce faturou R$ 5,5 milhões, um crescimento de 20% comparado a 2015. Com um catálogo de mais de 5 mil opções de produtos, por mês são vendidos mais de 4 mil peças. Atualmente, a empresa conta com 17 funcionários, possui um estoque e escritório em Perdizes, bairro da cidade de São Paulo, e entrega para todo o Brasil.

De acordo com Mariana, o maior desafio é fechar as contas no final do mês. “O custo de um e-commerce é muito alto e ter um ticket médio desse é muito difícil. Ganhar escala em um negócio desse, com capital próprio, é muito complicado”, conclui.

http://revistapegn.globo.com/Banco-de-ideias/E-commerce/noticia/201...

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