Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Empresários contam experiências no mercado de acessórios de moda

Mercado é bastante concorrido.
Nove meses é o tempo que se leva para fazer um projeto e lançar marca.

O brasileiro é apaixonado por moda, gosta de marca de grife e, se não tiver dinheiro, vai da imitação mesmo, o que importa é ficar bonito. Quem está do outro lado da vitrine, fazendo e vendendo moda, tem que ser menos impulsivo. Três empresários que lançaram marcas de bolsas e sapatos contam suas experiências e mostram o que é preciso para entrar no concorrido mercado de acessórios de moda.

Nove meses é o tempo que se leva para fazer um bom projeto e lançar uma marca de acessórios no mercado de moda. “A moda é um bom mercado, mas não é fácil ganhar dinheiro com ela, porque são muitas as pessoas fazendo isso ao mesmo tempo. Vai sobreviver aquela que tiver um esforço maior em entender o consumidor, em tirar o melhor proveito dessa pesquisa que está fazendo e transformar isso no melhor produto, no produto ganhador”, analisa a consultora de moda Meline Moumdjian.

Estela Brugnolli é designer de moda e investiu R$ 50 mil para lançar uma marca de bolsas. Ela destaca que foi fundamental conhecer o mercado: “Fui olhar, entender as outras marcas, os concorrentes, estudar sobre tendências, não só aqui, mas em outros países. Isso vai juntando pra depois você poder lapidar e saber que caminho seguir com aquele produto que você imaginou”.

O que a Estela fez chama-se planejamento estratégico, o primeiro passo de um negócio, para reduzir custos e riscos. “Quando não tem capital para física, comece no online, erre no online para depois ir pro off-line. Terceirizar é mais eficiente nesse primeiro momento. Você não compra maquinas e não contrata funcionários, a princípio é mais fácil e mais barato”, orienta Meline.

O segundo passo é o design estratégico: definir o produto, a marca e se diferenciar, dando uma identidade para essa marca. No caso da Estela, está no desenho de meninas que aparecem em todas as bolsas.

Já as bolsas que a empresária Mariana Magalhães lançou em 2013 são pequenas e coloridas. O estilo veio da tradição da família dela que sempre lidou com café. Mariana fez faculdade de moda em Milão, na Itália, e fatura R$ 1,5 milhão por ano com as vendas aqui e lá fora.

Para exportar, ela sugere visitar feiras e obter apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), que subsidia até 100% de estandes em feiras internacionais.  “O mercado lá fora é mais exigente que o interno. Se você for aceito lá fora, seu conceito aumenta muito. Se aceita lá fora, é marca bem quista aqui. Ganha em conceito”, afira Mariana.

Carlos Castro é outro empresário que está se dando bem no mercado da moda. Ele vende calçados de borracha, modernos e sem gênero. Em três meses de operação já vendeu dois mil pares. Ele tem três mil pares de sapatos em estoque. Ele explica: “Eu preciso desse volume para conseguir custo. Senão, não consigo vender a um preço atrativo. Você compra mais barato a matéria prima em quantidade”.

Carlos já foi executivo e conheceu muita gente da área de moda. Quando resolveu empreender, já conhecia o mercado e tinha capital: investiu R$ 800 mil. Ele só vende pela internet, fatura R$ 50 mil por mês e tem planos de montar uma loja física. O setor de moda é assim, com planejamento e criatividade dá pra chegar lá.

http://g1.globo.com/economia/pme/pequenas-empresas-grandes-negocios...

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