As aparências enganam sim. O moleskine aí de cima, apesar de sugerir o contrário, não é só mais um bloquinho e papel reciclado. É uma caderneta feita de restos de tecidos. A capa, mais especificamente, foi produzida com fibras de jeans usado. A ideia de produzir papel a partir de sobras de algodão descartadas durante a produção dos panos é de uma empresa portuguesa, a Moinho. A companhia transforma a matéria-prima em artigos variados, como embalagens, convites e álbuns e… moleskine.
Seu Manuel Moreira dos Santos, um português simpático que vive há seis anos no Brasil, está em um dos estandes da Rio+20 para tentar trazer a patente ao Brasil. Sua intenção é convencer a marca Osklen a produzir por aqui o tal papel de restos de tecidos. “A gente pode transformar as sobras em sacolas para os clientes”, afirma.
Segundo ele, as fibras que restam hoje do processo produtivo são incineradas. Ao serem reaproveitadas, deixariam de emitir gases poluentes na queima. E ainda seriam usadas em um novo produto. Tentativas não faltam de colocar em prática a economia verde na Rio+20.
(Aline Morais)
Fonte:|http://colunas.revistaepoca.globo.com/planeta/2012/06/17/empresa-us...