Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Apesar do crescimento nas exportações, nem tudo está bem na indústria de vestuário do Bangladesh. A Associação de Produtores e Exportadores de Vestuário do Bangladesh revelou que 319 fábricas deverão encerrar devido à forte concorrência e desafios como a desvalorização do dólar.

Numa conferência de imprensa em Daca, o presidente da associação, Siddiqur Rahman, afirmou que o encerramento de mais de 300 empresas é uma questão preocupante. «É preocupante que 618 fábricas tenham encerrado nos últimos três anos depois de terem visto a sua produtividade descer por várias razões. Mais 319 fábricas vão também fechar», indicou. O sector do vestuário está a enfrentar dificuldades relacionadas com a crise energética, taxas de juro mais altas para empréstimos bancários, desvalorização do dólar e queda do preço dos seus produtos, apontou Tahman.

Entre as sugestões da associação para combater estes problemas está a não imposição de IVA sobre acessórios de vestuário e a importação sem taxas de extintores de incêndios para ajudar os empresários. O presidente da Associação de Produtores e Exportadores de Vestuário do Bangladesh referiu que as exportações têm aumentado em média 10% nos últimos cinco anos, mas advertiu que isso pode não ser suficiente para atingir o objetivo de exportação do país para 2021. «Precisamos de um crescimento anual de 12% para atingir a meta de exportação de 50 mil milhões de dólares até 2021.Mas o crescimento foi de apenas 6,81% nos últimos 22 meses», sublinhou. O Bangladesh é o segundo maior exportador de vestuário, atrás da China. 60% das encomendas externas são de compradores europeus e cerca de 40% de compradores dos EUA.

Hudson’s Bay expande-se na Europa

A aventura da Hudson’s Bay na Europa continua, com os grandes armazéns canadianos a deverem chegar à Holanda no próximo verão. A Hudson’s Bay estará na fase final das conversações para arrendar lojas da cantiga cadeia de grandes armazéns V&D, que entrou em bancarrota em dezembro. A retalhista planeia abrir até 20 lojas nos próximos 24 meses, criando cerca de 2.500 postos de trabalho em diferentes cidades holandesas.

O investimento deverá rondar os 300 milhões de euros. Após a aquisição do grupo de grandes armazéns Kaufhof na Alemanha e Galeria Inno na Bélgica por 2,82 mil milhões de euros em junho passado, a Hudson’s Bay está já ligada a um investimento de mil milhões de euros na Europa nos próximos cinco a sete anos, incluindo a abertura de 40 lojas Saks Off 5th na Alemanha.  Em março, a Hudson’s Bay afirmou que os planos incluem ainda a abertura de um grande armazém no Luxemburgo em 2018, assim como o desenvolvimento do comércio eletrónico e a renovação dos grandes armazéns Kaufhof (que opera 103 grandes armazéns e 16 lojas Sports Arena). «Para além das regiões que falam alemão, pensamos que os países do Benelux são interessantes para nós», indicou o CEO Jerry Storch.

Sobre os mais recentes planos de expansão na Holanda, o presidente do conselho de administração da Hudson’s Bay, Richard Baker, afirmou que «esta é uma oportunidade muito atrativa para investir no mercado holandês, projetar a marca icónica Hudson’s Bay e introduzir o que vai ser os únicos grandes armazéns omnicanal em todo o país». Segundo Jerry Storch, «acreditamos que no mercado holandês há uma procura não respondida tanto nos grandes armazéns premium como no segmento off-price. Customizado para o mercado holandês, vamos introduzir o nosso modelo de retalho em todos os canais na Holanda com uma combinação de destinos de retalho interessantes e uma presença no comércio eletrónico que é a melhor do género».

Britânicos fogem das lojas

O tráfego no retalho no Reino Unido caiu 2,4% em termos anuais em abril, apesar de uma ligeira melhoria face à queda de 2,7% registada em março, segundo os dados avançados pela Spingboard. A high street foi a mais afetada, com uma descida de 4,7% do tráfego no mês passado – a maior queda desde fevereiro de 2014. Apesar do mau tempo ter alguma responsabilidade, a diretora de marketing da Spingboard, Diane Wehrle, aponta ainda o dedo ao aumento do desemprego e à incerteza económica causada pelo referendo sobre a saída do país da União Europeia no próximo mês «por ter tido, sem dúvida, um impacto negativo na atividade de consumo».

Nos centros comerciais, o tráfego baixou 0,7% em abril, revelando uma melhoria considerável face ao declínio de 3,7% em março. Já os parques de retalho mantiveram o seu estatuto como destino de compras de eleição no Reino Unido, com o tráfego a aumentar 1,1%.

Modelos transexuais trazem sorte

Uma designer indiana está a fazer sucesso com uma campanha para promover a sua mais recente coleção de saris, para a qual contratou mulheres transexuais. «Quando escolhi as modelos, honestamente não tinha a certeza do tipo de reação que iria obter», afirmou Sharmila Nair ao Quartz. «As pessoas transgénero não são muito bem tratadas e há muitas ideias erradas sobre elas.

Mesmo eu tinha preconceitos sobre a comunidade. Mas quando trabalhei com elas, percebi que são como nós», revelou a designer. Sharmila Nair decidiu trabalhar com modelos transgénero depois de Querala, a região indiana onde vive, ter publicado a sua política transgénero. Em novembro de 2015, o governo lançou uma política – a primeira do género na Índia – sob a qual os transgénero têm igual acesso a oportunidades económicas e sociais.

As duas modelos, Gowri Svithri e Maya Menon, ficaram surpreendidas quando Nair lhes contou sobre a ideia. «Disseram-me que a minha marca ia sofrer se elas fossem as modelos», conta a designer. Mas o resultado provou o contrário. «Algumas pessoas querem as mesmas blusas que foram usadas pelas modelos porque acreditam que traz boa sorte usar roupas usadas por uma mulher transgénero», indicou Nair.

http://www.portugaltextil.com/breves-137/3/

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Respostas a este tópico

Se eh produzido em Bangladesh eu não compro, tudo que é fabricado neste pais tem sangue humano, este ai que esta falando na reportagem eh direto ou indiretamente responsável pela tragédia no Hanna plazza

acredito que a melhor tradução para retail/retailer seja varejo/varejista e não retalho/retalhista.

Morei de 2003 até 2010 na Ásia e visitei mais de 200 tinturarias e confecções no Bangladesh trabalhando pela DyStar e s.Oliver. Embora o caso do Rana Plaza tenha sido extremamente lamentável a maioria das fábricas que visitei tinham padrão internacional de instalações. Houve uma melhoria significativa de 2003 para 2010 principalmente por pressão européia. Infelizmente não tem comparação entre os direitos trabalhistas praticados aqui e lá ou na China, Indonésia, Cambodja, Índia, Myanmar etc...

francisca gomes vieira disse:

Se eh produzido em Bangladesh eu não compro, tudo que é fabricado neste pais tem sangue humano, este ai que esta falando na reportagem eh direto ou indiretamente responsável pela tragédia no Hanna plazza

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