Algumas empresas do setor têxtil nacional confessam já sentir consequências da tensão no Mar Vermelho no aumento dos fretes. EDP também admite que situação está a “tornar-se num problema”.
https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/sites/5/2015/03/19036331.jpg" alt="Setor têxtil acusa o aumento no tranporte de matérias primas da Ásia, mas rejeita ser um problema generalizado" width="603" height="338"/>
Em Portugal há empresas do setor têxtil que já sentem o impacto da instabilidade no Mar Vermelho, nomeadamente, no preço dos fretes que “já duplicaram e nalgumas situações triplicaram”, disse o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) ao Jornal de Negócios. Este não é, no entanto, um problema generalizado nas seis mil empresas deste setor.
Os valores dos fretes, que antes estavam na casa dos 1500 ou 200 dólares, agora ascendem a 3000 ou 4000 e até mais, acrescenta Mário Jorge Machado. Em causa está o transporte de matérias primas, como fios e tecidos, que vem da Ásia por esta zona. Estes valores também afetam as exportações.
Os ataques dos houthi a embarcações comerciais no Mar Vermelho tem criado uma instabilidade crescente. O aumento do preço dos fretes já levou à redução de tráfego no Canal do Suez, que faz a ligação entre o Mar Vermelho e o Mediterrâneo.
A tensão no Mar Vermelho está a “tornar-se num problema” para a EDP, já que está a perturbar a execução de projetos na Ásia e o transporte de materiais daquele continente. Miguel Stilwell, CEO da EDP, admitiu esta quarta-feira que a energética “tem flexibilidade”, mas revela preocupação caso a situação continue a agravar-se.
Em entrevista à estação televisiva norte-americana CNBC e citada pelo jornal ECO, Silwell diz que os conflitos no mar Vermelho se têm “tornado num problema” por significarem “mais tempo e mais custos”. “É uma preocupação“, afirmou.
Miguel Stilwell d’Andrade está em Davos, na Suíça, para participar na 54ª reunião anual do Fórum Económico Mundial.
https://observador.pt/2024/01/18/empresas-do-setor-textil-nacional-...
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