Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Empresas traçam status da sustentabilidade ESG-DEI na indústria têxtil

Na última quarta-feira, o Denim Meeting São Paulo 2022 voltou os holofotes para a sustentabilidade ESG-DEI – que representa práticas ambientais, sociais e de governança – e todos os seus desafios dentro da indústria têxtil, no auditório da Denim City SP. Representantes de grandes tecelagens abordaram o tema durante um Talk Show, com o olhar sobre o processo industrial.

A apresentação “Status dos planos ‘ESG-DEI’ das empresas no processo industrial” reuniu as empresas Vicunha, representada pelo COO Marcel Imaizumi; Santista, com o diretor de negócios Newton Coelho; e a Lycra®, com a presença do diretor comercial Carlos Fernandes. A conversa foi comandada por Maria José Orione, diretora de comunicação da Denim City SP.

Abrindo o Talk Show, Carlos Fernandes destacou ações da The Lycra Company dentro do conceito sustentável, no intitulado “Planet Agenda”, que passa por desafios e estratégias boas para o planeta, para as pessoas e para os negócios. “Quando falamos de ESG-DEI (na Lycra®), o primeiro assunto que vem forte e que estamos discutindo é a sustentabilidade, e que temos que formar essa cultura de sustentabilidade. Para nós, é uma jornada contínua, algo que não tem um começo e um fim“, indicou.

A empresa define três pilates pensando no conceito ESG-DEI: responsabilidade coporativa, excelência de manufatura e sustentabilidade do produto. Neste último tópido, destaque para o fio Lycra® EcoMade, primeiro fio reciclado da companhia, que contém 20% de material reciclado de pré-consumo; e o fio Lycra® T400 EcoMade, onde 50% é produzido com garrafa PET reciclada e 18% da composição conta com matéria-prima vegetal (derivado do milho), tudo isto sem perder o desempenho do artigo.

Há ainda o CoolMax EcoMade, uma solução de resfriamento em duas versões: um fio feito com 100% de resíduos têxteis e etiquetas feitas de garrafas PET recicladas. “O próximo passo é a gente conseguir que as peças retornem do varejo e que esse resíduo têxtil pós-consumo possa voltar a ser produto”, completou Carlos Fernandes.

Newton Coelho segue a linha de raciocínio ao exemplificar o papel da Santista nesta busca por uma indústria mais sustentável – desde os valores da empresas. Segundo o diretor de negócios, os tópicos bases passam pela ética e segurança, a preocupação com as pessoas, confiança, relação com clientes e a sustentabilidade do negócio.

“Quando falamos de ESG-DEI especialmente, nós pensamos dentro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”, destacou Newton. “No nosso setor, olhamos em relação a água – ou seja, vamos tratar e devolvê-la tão ou mais limpa do que quando pegamos no meio ambiente -, a questão do ambiente em si, como fazemos para não ter emissões de carbono […], a questão do clima também é muito importante”.

A Santista leva em seu currículo diversas ações em prol da sustentabilidade, como a economia e tratamento da água utilizada no processo do denim, e até o uso de corante índigo zero anilina. “Dentro da Santista, temos um histórico de ações pelo meio ambiente antes mesmo da palavra sustentabilidade se tornar moda“, afirmou o executivo.

Por fim, Marcel Imaizumi tomou a palavra destacando que, na Vicunha, a “sustentabilidade faz parte do dia a dia”. “Todo pensamento das pessoas que vão trabalhar na empresa, desde os operadores até os executivos, tem que estar alinhado em alguma coisa. E este alinhamento vem de valores, o que ficou claro para nós há muito tempo”, indicou.

A Vicunha, segundo o executivo, vê a sustentabilidade como uma ação em cadeia, com cada empresa tendo o seu papel neste sistema. A visão deve ser macro. “Se você ficar só em um ponto, nós não vamos conseguir sustentar este discurso a longo prazo”, acrescentou Marcel.

A estratégia da tecelegam é baseada em seis pilares: as pessoas (prezando pela segurança, bem estar, inclusão, etc), os recusos (energia, água, matéria-prima, insumos, financeiro), o mundo (preocupação com meio ambiente, efluentes, descartes sólidos, logística reversa), a gestão (padronização, rastreabilidade, evolução), a cultura (regionalização, “made in Brasil”) e a inovação (tecnologia, pesquisa, consultoria, proximidade com acadêmicos, start ups, circularidade).

“A sustentabilidade é para a Vicunha é simplesmente desejar e fazer o bem […] A jornada é gigante, mas eu convido vocês a desejar fazer o bem dentro das organizações, nos negócios de vocês”, finalizou Marcel Imaizumi.

Confira abaixo a programação completa do Denim Meeting São Paulo 2022:

Fonte: Thaina Barros | Foto: Divulgação

https://guiajeanswear.com.br/noticias/empresas-tracam-status-da-sus...

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