Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Entre as Dez Atividades Pesquisadas, O Único Resultado Negativo Ocorreu em Tecidos, Vestuário e Calçados

O volume de vendas do comércio varejista do país e a receita nominal cresceram 1,3%, em novembro de 2011 frente a outubro, na série ajustada sazonalmente, segundo o IBGE. Em relação a novembro de 2010, as variações foram de 6,8% para o volume e de 10,9% para a receita. Em ambos os indicadores, os números indicam elevação em relação às taxas observadas em outubro. 

Os resultados acumulados do ano e dos últimos 12 meses registraram, respectivamente, taxas de 6,7% e 7,0% para o volume de vendas; e de 11,7% e 12,1% na receita nominal.

Nove entre as dez atividades pesquisadas tiveram resultado positivo

Na série com ajuste sazonal, houve resultados positivos, em novembro, em nove das 10 atividades pesquisadas, com destaque para o segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria, com taxa de8,6%; seguido por Equipamentos de escritório, informática e comunicação (6,0%); Veículos e motos, partes e peças (4,6%); Combustíveis e lubrificantes (1,6%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,3%); Material de construção (1,3%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,2%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,0%); e Móveis e eletrodomésticos (0,3%). O único resultado negativo ocorreu em Tecidos, vestuário e calçados (-0,5%).

Na comparação novembro 2011/novembro 2010, todas as oito atividades pesquisadas do comércio varejista obtiveram acréscimo no volume de vendas, listadas a seguir pela ordem de importância na composição da taxa do setor.

A atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com crescimento de 6,3% em relação a novembro de 2010, volta a exercer o principal impacto (42%) na formação da taxa do varejo. Embora com aumento no ritmo de vendas este mês, com a taxa mais que dobrando em comparação a de outubro (2,3%), a atividade ainda mantém nível de desempenho abaixo da média geral, de 6,8%. Nos resultados acumulados, as variações foram de 4,0% para os onze primeiros meses do ano e de 4,2% para os últimos 12 meses. Estes resultados também estão abaixo daqueles obtidos pelo comércio varejista, a despeito do arrefecimento dos índices de preços dos alimentos em 2011, cuja taxa acumulada em 12 meses regrediu dos 10,7%, em novembro de 2010, para 5,3% em novembro de 2011. Esta última abaixo do índice geral de preços (6,6%), de acordo com o IPCA.

Móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 12,3% sobre novembro de 2010, exerceu a segunda maior influência na formação do resultado do varejo (34%), perdendo, portando, a liderança na composição da taxa do setor, depois de seis meses nesta posição. No acumulado dos onze primeiros meses, com relação a igual período de 2010, o segmento apresenta aumento no volume de vendas da ordem de 16,8%, e no acumulado dos últimos 12 meses, variação de 16,9%, o que configura o segundo maior desempenho setorial em 2011 e muito próximo ao de 2010. Foi importante para este crescimento, diante de uma conjuntura de restrições ao crédito, o comportamento positivo da massa de rendimentos, da ordem 2,2% sobre novembro de 2010, no que se refere ao rendimento médio real habitual dos ocupados, segundo a PME; queda de preços dos eletroeletrônicos (-4,0% em 12 meses); e a expansão da demanda por estes produtos, promovida pelo aumento da formalização do mercado de trabalho.

A atividade de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação exerceu o terceiro maior impacto positivo na formação da taxa do varejo, com seus 28,8% de crescimento em relação a novembro de 2010. Em termos de resultados acumulados, trata-se da atividade com o maior patamar de crescimento até agora em 2011, com 17,6%, na relação janeiro-novembro11/janeiro-novembro10, e 18,6%, no acumulado dos últimos 12 meses. O aumento da renda, programas de inserção digital e a redução de preços são os principais fatores que explicam esse desempenho. Quanto ao fator preço, vale destacar que somente microcomputador teve diminuição da ordem de 12,1%, no acumulado de 12 meses, segundo o IPCA.

A menor variação em termos de volume de vendas ocorreu em Tecidos, vestuário e calçados, com 0,4% de variação em novembro de 2011 em relação a novembro de 2010. Em termos de desempenho acumulado, a atividade registra taxas de 4,1% na relação janeiro-novembro11/janeiro-novembro10 e de 5,0% no acumulado dos últimos 12 meses. O aumento de preço de vestuário é um dos fatores que vêm inibindo as vendas do segmento. Segundo o IPCA, enquanto o índice geral de preços acumulou em 12 meses taxa 6,6%, o subgrupo vestuário acumulou aumento de 8,8%.

Volume de vendas do varejo ampliado cresce 1,5% em novembro

Quanto ao Comércio Varejista Ampliado, o crescimento de 1,5% para o volume de vendas e de 2,1% para a receita nominal, em novembro de 2011 frente a outubro, na série ajustada sazonalmente, reverte o movimento negativo de outubro, em decorrência das taxas positivas de Veículos e motos, partes de peças. Em termos de volume de vendas, o setor também registra resultado positivo em relação a novembro de 2010 (3,2%); com aumentos de 6,9% no acumulado do ano e de 7,7% no acumulado dos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou variações de 5,8%; 9,8%; e 10,8%, respectivamente.

O Comércio varejista ampliado vem tendo seu desempenho afetado pela redução de ritmo das vendas do segmento de Veículos, motos, partes e peças, que assinala pelo segundo mês consecutivo variação negativa (-2,9%), em novembro 2011 sobre novembro 2010, comportamento atribuído basicamente às medidas de política econômica de restrição ao crédito. No acumulado dos 11 primeiros meses do ano, a atividade registrou taxa de 6,9%, e nos últimos 12 meses, de 8,4%.

Quanto a Material de Construção, as variações foram de 6,0% sobre igual mês do ano anterior, de 9,5% no acumulado do ano, e de 10,0% nos últimos 12 meses. Este desempenho se deve ao aumento da oferta de crédito para o setor habitacional, cujo saldo em 12 meses até novembro cresceu 46,2%, segundo o Banco Central.

Em novembro, apenas no Ceará e Amapá o volume de vendas do comércio caiu

Em novembro de 2011 frente a outubro de 2011, na série com ajuste sazonal, 25 estados tiveram variações positivas e apenas dois assinalaram queda no volume de vendas. Os principais acréscimos ocorreram no Maranhão (6,4%), Acre (6,3%), Mato Grosso (5,8%), Tocantins (4,0%) e Piauí (4,0). Os únicos resultados negativos ocorreram no Ceará (-1,7%) e Amapá (-0,4%).

Já na relação novembro11/novembro10 (sem ajustamento) todas as Unidades da Federação registraram crescimento, destacando-se com as maiores variações: Tocantins (20,9%), Roraima (17,5%), Paraíba (13,1%); Maranhão (11,8%); e Paraná (11,6%). Quanto à participação na composição da taxa do Comércio Varejista, os destaques foram, pela ordem, São Paulo (6,3%); Minas Gerais (10,4%); Rio de Janeiro (6,0%); Paraná (11,6%), e Rio Grande do Sul (6,6%).

Quanto ao volume de vendas do varejo ampliado, ainda na comparação com novembro de 2010, 21 estados apresentaram resultados positivos, com as maiores taxas ocorrendo em Tocantins (16,4%); Roraima (7,5%); Amazonas (7,1%); Paraná (6,4%) e Paraíba (6,0%). Já as principais quedas ocorreram em Amapá (-12,5%); Alagoas(-3,8%); e Sergipe (-2,9%). Em termos de contribuição para o resultado positivo do setor, os destaques foram São Paulo (3,6%); Minas Gerais (5,7%); Paraná (6,4%); Rio de Janeiro (3,1%); e Santa Catarina (4,7%).

Fonte:|http://www.jb.com.br/economia/noticias/2012/01/12/vendas-no-comerci...

Exibições: 378

Responder esta

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço