Empresas irão investir cerca de 30 milhões de dólares para instalar suas unidades fabris em território cearense
Duas grandes empresas do segmento de linhas devem entrar em operação no Ceará até outubro. A informação é do presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Cede), Ivan Bezerra.
A Bonfio e Linhanyl, ambas de São Paulo, vão construir unidades fabris em Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza, e, juntas, devem ocupar um terreno de oito hectares. De acordo com Bezerra, para se instalarem no Estado, as empresas vão investir cerca de 30 milhões de dólares.
O Diário do Nordeste já havia adiantado, ainda em janeiro, a entrada da Bonfio no mercado cearense. Essa será a quarta fábrica no País, depois de Itaquaquecetuba (SP), Americana (SP) e Três Lagoas (Mato Grosso do Sul). Na época, o diretor comercial da empresa, defendeu a escolha do Ceará pela sua posição no cenário têxtil brasileiro e pelo fato de ser o Nordeste a região com maior potencial de desenvolvimento.
A Bonfio surgiu há mais de 60 anos e hoje atende a mais de cinco mil clientes no Brasil, e exporta para 14 países. No mercado nacional, é líder de produção de fios texturizados para costura overlock.
A empresa já trabalha em Horizonte com um galpão alugado, enquanto espera a construção da fábrica permanente, que deverá ocupar três hectares.
Já a Linhanyl, fabricante de linhas de costura de nylon e poliéster para calçados e outros tipos de segmentos, deverá ter maior espaço de produção, com cinco hectares.
Atualmente, ela possui duas unidades de fabricação: a principal delas, localizada em Sorocaba (SP), dedica-se à produção de linhas de filamento contínuo usadas pelas indústrias de calçados, artigos de couro, móveis estofados e também pela exigente indústria automobilística. Nessa unidade, também são fabricadas as linhas de Poliéster Trilobal para máquinas de bordar industriais.
A outra unidade de produção está localizada em Paraguaçu (MG). Para o Ceará, ainda não foi divulgado que tipos de produtos serão fabricados.
Empregos
A expectativa é que as fábricas criem, ao todo, 650 novos postos de trabalho. Ivan explica que 80% dessas vagas serão destinadas a jovens em busca do primeiro emprego. "Nós estamos animados, pois é mais uma oportunidade de ver a economia girar e de criar empregos. Isso é o que realmente importa para a gente", ressalta o presidente da Cede. Para investirem aqui, as duas empresas conseguiram o benefício de redução de 75% de ICMS, que o Estado pode conceder.
Expansão
Além das fábricas, a Zanoti, empresa fabricante de elásticos, que opera em Pacatuba e emprega 300 funcionários, está terminando a construção de um segundo galpão para ofertar mais 200 empregos diretos.