O estudo “O futuro da estamparia têxtil digital até 2021”, da Smithers Pira, avaliou o mercado em 1,17 mil milhões de euros em 2016, com o crescimento anual estimado numa média de 12,3% entre 2016 e 2021. Isto significa que o mercado vai mais do que duplicar de valor nos próximos cinco anos, atingindo 2,42 mil milhões de euros em 2021.
A análise da Smithers Pira destaca que isso vai levar a um aumento ainda mais rápido no volume de tecido estampado com equipamento a jato de tinta – de 870 milhões de metros quadrados em 2016 para 1,95 mil milhões de metros quadrados em 2021 –, com uma taxa composta de crescimento anual de 17,5%.
«As taxas de crescimento não podem ser sustentadas a longo prazo à medida que o mercado amadurece, mas continua a haver várias regiões com crescimentos muito elevados. A revolução que a estamparia digital criou na indústria gráfica, e mais recentemente na cerâmica, mostra que é possível atingir uma penetração de mercado acima dos 70% em alguns anos, se houver uma paridade de custo extensiva e se as barreiras à mudança forem removidas», afirma Justin Hayward, autor do estudo.
Em 2016, para os têxteis, a quota de mercado dos processos digitais foi de 2,8%. No entanto, essa percentagem deverá aumentar, num segmento onde o crescimento médio é de apenas 3%.
A maior aceleração no período em estudo será no vestuário, nomeadamente nos subsegmentos de moda, alta-costura e sportswear. Os têxteis-lar deverão crescer à segunda taxa mais elevada. Os têxteis técnicos vão perder ligeiramente terreno, o que é indicativo da falta de visibilidade ou de foco nestes mercados de nicho mais pequenos.
A rapidez, aponta o estudo, é uma prioridade cada vez maior, tendo em conta que o segmento de moda abrange múltiplas mini-estações e modelos para entrega com estampados à medida, o que se adapta à produção a jato de tinta, que tem tempos de preparação reduzidos. Além disso, é suportado e está a apoiar a crescente disponibilidade de plataformas online para a estampagem.
A Smithers Pira destaca ainda que a dinâmica da indústria têxtil mundial está a mudar e que a importância das economias asiáticas continua a aumentar, embora haja também algum regresso da produção à Europa e à América do Norte para assegurar a qualidade em aplicações de elevado valor. A tendência paralela do aprovisionamento de proximidade – reduzindo as cadeias mundiais de aprovisionamento – deverá beneficiar a Turquia, refere o estudo, embora a curto prazo tal deva ser cancelado ou, pelo menos, adiado.
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