Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Estilista que se diz artista deve exibir sua roupa' , critica dona de grife

A estilista Raquell Guimarães, dona da marca mineira de tricô Doisélles, critica a ideia apresentada no projeto de Pedro Lourenço de que um desfile de moda é uma "exposição de artefatos artísticos".

"A roupa por si só não é arte. Estilista que se intitula artista tem de vender para colecionador e colocar sua roupa no museu", dispara.

"Se o designer entregar ao público um show artístico, aí sim justificará o incentivo. Mas se a plateia sair com vontade de comprar roupa, se transforma num evento comercial," diz Guimarães.

A separação entre marcas "autorais" e "comerciais" é um dos critérios usados pelo Ministério da Cultura para definir quais projetos podem receber incentivos no setor da moda.

Paulo Vainer/Divulgação
Look de estilista Pedro Lourenço apresentado em Paris, na última semana de moda
Look de estilista Pedro Lourenço apresentado em Paris, na última semana de moda

Dono da grife de moda jovem TNG, o empresário Tito Bessa, que já se declarou contrário a essa classificação em outras ocasiões, afirma agora achar "maravilhosa" a possibilidade que criadores recebam incentivo fiscal. "Isso estimula a indústria", afirma.

No entanto, o empresário salienta que, com a aprovação, o ministério precisará abrir esse tipo de ação "para todas as marcas".

Há 11 anos apresentando suas criações nos desfiles da semana de moda de Nova York, o estilista brasileiro Carlos Miele também recebeu com entusiasmo a notícia da aprovação do projeto que dá ao colega Pedro Lourenço o direito de captar recursos para seus desfiles em Paris: "Diante da crise que se instalou na moda brasileira, subsídios como esse são essenciais para salvá-la".

"Se o governo ajuda tanto o cinema, tem que ajudar a moda também. Eu não vou desfilar nesta temporada internacional porque está difícil conseguir patrocínios no exterior", diz Miele, que não descarta a possibilidade de tentar, ele também, se beneficiar da Lei Rouanet.

O designer diz ter conseguido apresentar sua última coleção na temporada novaiorquina devido a um subsídio recebido por meio do conselho norte-americano de designers internacionais. Já o estilista Amir Slama criticou o subsídio.

"É um valor alto, não se pode negar. Esse dinheiro poderia ir para outros projetos, mais importantes para a moda nacional", afirma Slama.

Mas ressalta: "Não acho errado incentivar mentes criativas como a dele. A moda é uma expressão importante da cultura e um desfile em Paris, apesar de não ser exatamente o que precisamos para desenvolver a indústria de moda, ajuda a divulgar nossa criação".

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/08/1329892-estilista-qu...

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Esse dinheiro poderia ir para outros projetos, mais importantes para a moda nacional", afirma Slama.

eu concordo, nos temos no brasil um monte de gente que faz moda em cima da nossa cultura, com responsabilidade social, quem nao conhece tete da coopa rocca e tantos outros trabalhos como o dela, porem agora prezado romildo so nos resta ficar de olho em quem vao ser os apoiadores deste escandalo e deunciar, porque qualquer empresa que apoiar esta pouca vergonha será conivente com isto e precisa ter o nome dela estampado na midia e aposto com voce que vao ser as estatais como petrobras, banco do brasil, caixa e por ai vai, precisamos ficar de olho, eu pedi o projeto a henilton menezes que estava la com a ministra ele disse para todo mundo que era so mandar um email pra ele que ele mandava o projeto, mandei e ate agora nao recebi nada, o que será que tem neste projeto que ninguem pode ver?.

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