Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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O aspecto externo é o primeiro que observamos em tudo e todos que nos cercam. Seja comprando frutas, selecionando uma cidade turística, paquerando alguém num evento social... A embalagem/casca/exterior é o princípio de tudo! E nunca teremos uma segunda oportunidade de causar uma primeira boa impressão, principalmente numa cultura imagética como na qual estamos inseridos.

A história sugere que o fascínio causado pela beleza é antigo, assim como o favorecimento que ele atrai. O historiador inglês Arthur Marwick, autor de dois volumes sobre a história da beleza, diz que, a despeito de pequenas variações, a percepção sobre quem é belo no Ocidente mudou muito pouco desde a Antiguidade – e a beleza sempre foi valorizada.

Se a Beleza está nos olhos de quem vê, é certo que esse olhar é influenciado pelos padrões culturais de quem observa. O filósofo e semiólogo, Umberto Eco, propõe a questão “o que é beleza?” em seus livros "História da Beleza“ e “História da Feiura”, um ensaio sobre as transformações do conceito do Belo e Feio através dos tempos. Você pode acompanhar um pouco de suas proposições na entrevista abaixo.

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=OOIOkc6fSu

A matéria de capa da Revista Época (Edição 697) de 26/09/2011 trouxe o resultado de pesquisas realizadas nos Estados Unidos e no Canadá que demonstram claramente que homens atraentes ganham entre 14% e 27% mais que os homens não atraentes e entre as mulheres a diferença varia de 12% e 20%. Ou seja, vivemos num contexto que preza demasiadamente o culto da aparência e isso implica, queiramos ou não, em nossas vidas.

Capa da edição 697 da revista Época/ reprodução


Albert Mehrabian, professor de psicologia, fez um estudo que determinou que nos comunicamos de maneira não-verbal, sendo que: 55% do que as pessoas absorvem da gente vem do visual (aparência e linguagem corporal); 38% do vocal (tom de voz e entonação); e 7% apenas do verbal (o que a gente fala, conteúdo).

Partindo dessa constatação, duas consultoras de imagem americanas, Diane Parente e Alyce Parsons, desenvolveram ainda na década de 80 o conceito de “estilo universal”, a partir de estudos de marketing sobre perfis e comportamentos de consumidores.

O termo Estilo Universal descreve a combinação de estilos que melhor reflete a totalidade de um indivíduo: sua identidade, suas atitudes, seus valores, seu humor, seu estilo de vida. O resultado da pesquisa foi um compilado de padrões e características organizados em sete estilos, a saber: clássico, despojado, natural, romântico, sexy, expressivo e dramático.

Como você vê no infográfico abaixo, os estilos estão agrupados em quatro eixos: estilos básicos, temáticos, relativos à sexualidade e acentuados. Sendo que o expressivo e o sexy permeiam outros dois eixos cada um. Os estudos mostram ainda que cada pessoa assume de 60% a 70% de um desses estilos mais 20% ou 30% de um ou dois outros estilos. Esses estilos “secundários” servem para complementar o estilo fundamental, gerando uma formatação única para o indivíduo.

Gráfico representa distribuição do estilo universal em quatro eixos/ Reprodução


Segundo a AICI – Association of Image Consultants International, “o Consultor de Imagem é o profissional especializado em aparência, comportamento e comunicação verbal e não-verbal, que assessora seus clientes sobre aparência, comportamento e comunicação, auxiliando-os a atingir autenticidade, autoconfiança e credibilidade.” Assim, a moda ganha uma área de atuação e ferramentas de gestão da imagem pessoal.

Por Eduardo Vilas Bôas
Professor de Moda do Senac SP

http://www.audaces.com/br/Educacao/Falando-de-Educacao/2013/9/11/es...

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