EUA querem menos taxas sobre jeans

[Romildo de Paula Leite]

Um grupo de legisladores está a pedir à Administração Obama para lutar contra as taxas «injustas» da UE sobre os jeans para senhora produzidos nos EUA, tornando essa numa prioridade nas conversações sobre o comércio entre as duas regiões. A representante Lucille Roybal-Allard e três outros legisladores de Los Angeles afirmam que as taxas de retaliação impostas pela UE aos produtos americanos, incluindo jeans para senhora de gama alta, «irão ter um grande impacto nas marcas de denim premium que empregam milhares de trabalhadores na Califórnia». As taxas sobre as calças em denim de algodão para senhora ou menina aumentaram de 12% para 38% a 1 de maio. Uma carta enviada para a representante do comércio dos EUA, Miriam Sapiro, acrescenta que «encorajamos fortemente que procure a redução destas taxas e pedimos que torne o acesso justo ao mercado para o vestuário em denim americano e outros produtos uma prioridade nas negociações de comércio com a UE». Os legisladores afirmam que o aumento resultante do preço irá fazer com que estes jeans fiquem acima das possibilidades de muitos consumidores europeus, prejudicando os produtores americanos de denim, colocando postos de trabalho na Califórnia em risco – e pode forçar os negócios americanos de jeans a considerarem uma deslocalização para o estrangeiro. O aumento da taxa sobre os jeans e outras exportações dos EUA é uma continuação das sanções autorizadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) em retaliação pelo não cumprimento da eliminação da chamada Continued Dumping and Subsidy Offset Act de 2000. Comummente referida como Byrd Amendment, esta lei permitia às empresas americanas que se queixassem de concorrência desleal receber pagamentos dos impostos adicionais recolhidos pelos EUA. A lei violava as regras da OMC e, apesar dos avisos, os seus efeitos continuaram. Como resultado, a OMC autoriza que outros países aumentem as taxas sobre os bens importados dos EUA até um certo valor, que varia todos os anos.

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