Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A Louis Vuitton nomeou o ex-estilista da Balenciaga, Nicholas Ghesquière, como diretor artístico de roupas femininas, para suceder a Marc Jacobs, e disse que ele vai "infundir" modernidade à maior marca de luxo do mundo.

Ghesquière, que saiu da Balenciaga em novembro de 2012 após 15 anos de trabalho na marca, controlada pela Kering, vai começar imediatamente na Louis Vuitton, disse ontem um porta-voz da LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton, sediada em Paris. O francês Ghesquière vai apresentar sua primeira coleção em março.

Ghesquière, de 42 anos, ingressa na Vuitton num momento de desaceleração do crescimento da marca. Em abril a LVMH registrou seu menor aumento das vendas de produtos de moda e de couro desde 2009. A nomeação do estilista ocorre dois meses após Delphine Arnault, filha de Bernard Arnault, presidente do conselho de administração da LVMH, ter ingressado na Vuitton como vice-presidente executiva, com a tarefa de supervisionar as atividades relacionadas aos produtos e contribuir para restabelecer a atratividade da LV.

"É uma nomeação promissora", disse o analista Luca Solca, da Exane BNP Paribas de Londres, referindo-se à capacidade de Ghesquière de introduzir ideias inovadoras ao mesmo tempo em que respeita o 'DNA' da marca. "Acho também que ele deve estar muito motivado para mostrar serviço" na Vuitton.

As ações da LVMH subiram 0,5%, para € 141,85, ontem em Paris. O papel subiu 2,2% este ano, avaliando a empresa em € 72,1 bilhões.

Na Balenciaga, na qual Ghesquière ingressou em 1997, o estilista foi aclamado pela crítica por suas criações de vanguarda como vestidos inspirados no esporte do mergulho e as bolsas Lariat, que contribuíram para restaurar o brilho da marca, no mercado há 99 anos, e estimular vendas. Ele foi sucedido na Balenciaga por Alexander Wang.

Ghesquière "vai infundir às coleções femininas a modernidade de sua visão criativa", ao mesmo tempo em que se pautará pelos valores da Vuitton de refinamento, know-how e extrema qualidade, disse a LVMH em comunicado.

"Vamos construir juntos o futuro da marca, mantendo, ao mesmo tempo, sua herança prestigiosa", disse Ghesquière, no comunicado.

Jacobs deixou a Vuitton em setembro, após 16 anos como diretor artístico, para se concentrar na Oferta Pública Inicial (IPO, nas iniciais em inglês) de sua própria marca, disse na época pessoa familiarizada com o assunto. A LVMH, que controla o selo Marc Jacobs, quer acelerar o desenvolvimento da divisão, que tem vendas anuais de cerca de US$ 1 bilhão, e deverá tentar uma IPO dentro de aproximadamente três anos, segundo a pessoa.

A reformulação da alta direção é um duplo impulso para a LVMH, ao permitir a Jacobs concentrar-se unicamente no crescimento de sua marca, ao mesmo tempo em que dá margem para que Ghesquière se empenhe em inspirar um renascimento na Vuitton. A Vuitton responde por mais de 50% dos lucros da LVMH, e suas vendas ultrapassam € 7 bilhões, estima Solca. "Ser o diretor de criação da LV é como ser o piloto de uma Ferrari", disse Solca. "As coisas podem dar errado, mas se começa a partir de um lugar muito bom." (Tradução de Rachel Warszawski)

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