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Ex-gerente da Petroquímica Suape reafirma denúncias de corrupção e aceita depor em CPI


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Foto da reprodução do vídeo gravado com o ex-gerente financeiro da Petroquímica Suape.

Um vídeo gravado por um anônimo durante os protestos contra o governo federal no dia 15 de março, em Recife, trouxe à tona mais um personagem para a Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, que investiga supostos casos de corrupções dentro da Petrobras. Na gravação, o ex-gerente financeiro da Petroquímica Suape Carlos Alberto Nogueira Ferreira, sem saber que estava sendo gravado, faz acusações de pagamento de propina para campanha estadual do PT, em 2006.

Em entrevista ao Blog de Jamildo, nesta sexta-feira (27), por telefone, o senhor de 66 anos reafirma as declarações dadas no vídeo e diz que teme pela sua integridade física, mas não tem medo de dar explicações à CPI da Petrobras sobre as denúncias mencionadas.

Os deputados da CPI da Petrobras informaram ao blog que ele poderia ser chamado para depor, depois de vencidas 300 requerimentos já aprovados para ouvida em Brasília.

Depois da disseminação do vídeo, por grupos de WhatsApp, o ex-gerente financeiro afirma que ainda está na ativa, atuando no escritório da Refinaria Abreu e Lima. Nessa quinta-feira (26), ele foi chamado para prestar esclarecimentos sobre a denúncia no escritório da Petroquímica. Uma comissão interna da Petrobras veio do Rio de Janeiro ouvir os esclarecimentos do funcionário.


Desde o dia 20 de março, há uma semana, o Blog de Jamildo pede informações e esclarecimentos a Petrobras local e a Petroquímica Suape, sempre sem sucesso. A orientação da empresa, desde o Rio de Janeiro, é blindar os funcionários.

O Ministério Público Federal de Pernambuco, Curitiba e de Brasília também foram procurados pela reportagem para pedir esclarecimentos sobre as denúncias, mas o senador Humberto Costa possui foro privilegiado e só pode ser notificado pela Procuradoria Geral da República, no Distrito Federal. Em contato com o Blog, a assessoria informou que não chegou nenhuma representação contra o parlamentar, no caso citado pelo ex-gerente financeiro, e, mesmo se chegar, correrá em sigilo de Justiça.

 

Blog – O senhor gravou o vídeo? Sabe quem fez? Está sentindo a repercussão dele?
Carlos Alberto Nogueira – Eu fui pego de surpresa. Fui para passeata, eu tava vestido com uma camiseta da Petrobras, em comemoração aos 60 anos [da empresa], fui comprar uma água no final, então o sujeito me viu com a camiseta e perguntou se eu ainda tinha coragem de usar aquela camisa. Ficamos conversando ali, no calor do evento, eu falei aquelas coisas todas, depois foi que ele me disse que estava gravando. Eu achava que era só voz, não sabia que estava gravando imagem, então foi uma coisa completamente despretensiosa e tomou uma proporção gigantesca. Estou vendo que está no Facebook, está em tudo o que é lugar. É obvio que eu temo pela minha integridade física. Pelo que eu falei, não, pelo que eu falei eu confio, mas pela minha integridade física, sim, porque a gente lida com bandidos, então eu temo, sim, por isso.

Blog – Suas denúncias são bem graves e estão no bojo das investigações da CPI da Petrobras, na Câmara dos Deputados. O senhor sabe que pode ser chamado para depor?

Nogueira – Eu vi hoje alguns sites falando sobre isso. Se me convidarem, já que eu falei, eu vou. Vou desmentir?  Não vou.Tenho que honrar aquilo que eu falei. Não é mentira nenhuma. É verdade. Cabe agora, se for o caso, ao Ministério Público e a Polícia Federal rastrear.

Blog – Como era sua relação com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa?

Nogueira – Gostaria de fazer uma correção, porque as matérias estão dizendo que eu era subordinado ao Paulo Roberto Costa, mas o Paulo Roberto era diretor de Abastecimento e eu era gerente do Abastecimento, mas eu não era ligado diretamente a ele. Ele não era meu chefe imediato e eu acho que isso causa uma confusão, porque depois ele vai dizer que não me conhece e realmente não me conhece, porque a estrutura é grande. Eu estava em Recife e ele estava no Rio, eu era do abastecimento, da diretoria dele, mas não era subordinado. E também não sou aposentado, não. Eu estou na ativa.

Blog - Sobre a assinatura dos cheques nominais às construtoras que o senhor se refere no vídeo? Como aconteceu isso?

Nogueira – Quando diz dois cheques, talvez a gravação eu dê a entender isso, mas o polo petroquímico é formado de duas empresas e, de 2009 para cá, a estrutura foi consolidada, ai eu passei a ser gerente financeiro das duas empresas, mas em 2006 a estrutrura era separada e então eu assinei aqueles dois cheques de 6 milhões e um outro colega, que era de uma outra empresa, assinou aquele que era de R$8 milhões. Por isso que eu disse ali, pagamos, não é que eu tenha assinado outro de R$ 8 [milhões]. Mas a informação é verídica, mas dá a impressão que eu assinei os dois cheques e eu não tenho comprovar que assinei o outro.

Blog – Procurado sobre o caso, o senador Humberto Costa (PT) afirmou que iria processá-lo por calúnia? O senhor recebeu alguma notificação judicial?

Nogueira – Ainda não recebi, mas se aparecer estou pronto para encarar. Não temo processo de Humberto Costa. Só tem santo…Se aparecer, eu estou pronto para encarar.

FONTE: http://blogs.ne10.uol.com.br/jamildo/2015/03/27/ex-gerente-da-petro...

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