Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Foto: divulgação

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Adair Sobczak

No Brasil, a produção de algodão anda em contramão se comparada a outros segmentos, como grãos. Entraves logísticos, baixa produtividade e ataque de pragas são alguns dos problemas enfrentados pelo setor.

Mas, não são estes os únicos entraves quando o assunto e o mercado do algodão, que, assim como em outros segmentos agropecuários, tem a China como regente, tendo em vista sua política de aumento de estoques – 10 milhões de toneladas.

Para o diretor-executivo do Comitê Consultivo Internacional do Algodão (ICAC na sigla em inglês), Terry Townsend, esta estratégia tem mantido os preços internacionais em patamares elevados, embora a redução mundial no consumo e na produção do produto. “Esta é uma política insustentável e que tem gerado instabilidade no setor, deixando os investidores sem saber como investir”, destacou o especialista durante o 9º CBA.

“Não temos uma bola cristal para saber os próximos passos dos chineses, quanto ainda vão comprar para ampliar seus estoques, e que são suficientes para influenciar os preços internacionais”, complementou o brasileiro José Sette, sucessor de Townsend no ICAC.

Não bastassem as incertezas de mercado, o dirigente do ICAC alerta que, de acordo com um levantamento do Banco Mundial, o Brasil oferece um cenário bastante desfavorável a quem quer empreender. “Os produtores brasileiros conseguiram reduzir os custos de produção, mas, a produtividade está parada”, aponta observou Townsend, comentando que isso gera uma situação desconfortável.

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No entanto, Townsend destacou que há boas as expectativas para o consumo doméstico do algodão, como toalhas, produto que tem apresentado crescimento nas vendas nos Estados Unidos, por exemplo.

No momento, o dirigente do ICAC destaca que a pior atitude que os integrantes da cadeia do algodão podem ter frente ao cenário é ignorar os problemas, ou adotar uma atitude fatalista diante da perda de competitividade. "O futuro do algodão será determinado pelas decisões que tomarmos como uma indústria", afirmou o dirigente.

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