Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Após percorrer mais de 20 mil quilômetros pelo Brasil, a 1ª Expedição do Algodão entra em sua última etapa,  confirmando a grande diversidade no manejo da cultura, que apresenta áreas com o emprego do mais alto nível de tecnologia e outras ainda bastante atrasadas na utilização do avanço oferecido para o setor cotonicultor.

Para Jean Belot, que coordena a pesquisa, a discrepância afeta diretamente os resultados da lavoura. “O Brasil é imenso e há grandes diferenças entre os estados, o que reflete também na utilização dessas tecnologias de manejo. Isso faz com que haja variações na produtividade, no controle das doenças e pragas e no uso da terra", afirma Belot,  que é melhorista do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMA-MT), instituição de pesquisa que também acompanha de perto a 1ª Expedição do algodão.

Nessa terceira fase da expedição, os técnicos já visitaram a Bahia, Piauí e Maranhão. “Agora estão em Goiás e depois irão para Mato Grosso e São Paulo”, explica Belot. Em Mato Grosso, maior estado produtor de algodão do País, o trabalho foi ampliado e, segundo o pesquisador, mais 10 fazendas serão visitadas pelos técnicos. “Eles estão aplicando um questionário para colher todas as informações sobre a lavoura, desde o preparo do solo até o manejo realizado e os produtos utilizados, além de fazerem uma visita aos talhões para verem de perto o desenvolvimento da lavoura e colherem amostras", diz o coordenador.

Nesta fase, os técnicos também estão colhendo amostras da pluma, que está em fase de colheita, para análise da qualidade da fibra. “Temos a preocupação de acompanhar o processo de melhoria da fibra produzida no Brasil, pois o mercado internacional é exigente e quer um algodão de boa qualidade”, lembra Belot.

No final deste mês, os dados extraídos serão analisados e será gerado um relatório a ser apresentado durante o 9º Congresso Brasileiro do Algodão (9º CBA), que acontecerá de 3 a 6 de setembro em Brasília. “Vamos verificar os dados colhidos e, se necessário, voltaremos a campo para completar as informações para então reunir tudo em um documento que será transformado em um livro para pesquisa do produtor”,  conta Belot.

Segundo o pesquisador, os dados são sigilosos. "Não vamos identificar as propriedades", garante. O relatório final apresentará dados gerais sobre a cultura do algodão no País.

Sobre a Expedição - Na estrada desde o início deste ano, a 1ª Expedição do Algodão realiza um levantamento técnico da produção da fibra em 60 fazendas brasileiras. A sondagem periódica ocorre nos estados produtores, em parceria com a Volkswagen, que cedeu um utilitário Amarok para o transporte dos técnicos.

Algodão no Brasil - O avanço da tecnologia e o aumento da produtividade permitiram ao Brasil passar de maior importador mundial de algodão para a posição de um dos cinco maiores exportadores do produto em pouco mais de uma década.

A principal preocupação da cotonicultura é com a qualidade da fibra, para atender às exigências das indústrias nacionais e clientes externos. Técnicas avançadas de plantio, aliadas à utilização de cultivares melhor adaptadas ao tipo de solo e clima das regiões produtoras, contribuíram para o avanço da produção.

Com índice de produtividade 60% superior ao dos Estados Unidos - líder no ranking dos exportadores de pluma -, a cotonicultura brasileira mudou radicalmente, passando de uma lavoura manual para totalmente mecanizada no plantio, nos tratos culturais e na colheita. Mato Grosso e Bahia são responsáveis por 82% da produção nacional e se destacam pelos investimentos em biotecnologia, gerenciamento do setor e novas técnicas de manejo. Estados como Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Maranhão e Piauí também se destacam na cotonicultura.

9º Congresso Brasileiro do Algodão
Promoção: Abrapa - Associação Brasileira dos Produtores de Algodão
Realização: AMPA - Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão
Organização: Ponto Expo Eventos e Congressos
Data: 3 a 6 de setembro de 2013
Local: Hotel Royal Tulip Brasília Alvorada – Brasília (DF)
Tel.: (11) 5052-0296
Email: contato@congressodoalgodao.com.br
www.congressodoalgodao.com.br

Fonte: 9º CBA

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