Apesar das atuais conjunturas geopolítica e económica mundiais, a indústria nacional continua a fazer o seu dever de casa, com um programa audacioso de internacionalização dos seus produtos, notadamente em feiras setoriais estrangeiras e graças também à qualidade e desempenhos dos artigos.
Primeiro semestre de 2016 trouxe um crescimento de 5% às exportações de têxteis e vestuário portuguesas. - Foto: DR
Assim, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações portuguesas de têxteis e vestuário registaram um crescimento de cerca de 5% no período compreendido entre janeiro e julho 2016, tendo alcançado os 3.060 milhões de euros.
De acordo com a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), o mercado espanhol segue líder entre os destinos que mais apresentaram crescimento no período.
No entanto, há que se diferenciar o desempenho positivo das exportações portuguesas de têxteis e vestuário para os mercados nórdicos (mais 19% para a Suécia, mais 23% para a Finlândia e mais 5% para a Dinamarca), para Alemanha (mais 6%), bem como para Itália (mais 12%).
Em relação aos produtos que mais trouxeram um contributo para o notável aumento das exportações do setor, vale destacar o vestuário de malha (+11%), as matérias-primas de algodão, fios e tecidos (+21%), os tecidos especiais, tufados, rendas, passamanarias e bordados (+15%) e tecidos impregnados, revestidos, recobertos ou estratificados e artigos para usos técnicos de matérias têxteis (+13%).
Por outro lado, a associação setorial sublinha que o saldo da balança comercial dos têxteis e vestuário alcançou os 813 milhões de euros, tendo apresentado uma taxa de cobertura de 136%.