As exportações brasileiras de algodão devem cair pela metade este ano, para cerca de 500 mil toneladas, em comparação com o volume superior a 900 mil toneladas registrado em 2012 e 2011. Apesar da queda das vendas externas, os preços tendem a se manter estabilizados entre 0,80 e 0,90 centavos de dólar por libra-peso. O cenário foi traçado por Alexandre Kurre, do Grupo Tavex, durante o Seminário sobre Perspectivas do Agribusiness 2013 e 2014 realizado pela BM&F em São Paulo.
De acordo com ele a grande preocupação do mercado é a política agressiva da China para a formação de estoques. A China, que em 2010/11 mantinha 4 milhões de toneladas em estoque, atingiu 6,7 milhões em 2012 e deve encerrar 2013/14 com 12,67 milhões de toneladas estocadas. “O governo tomou a decisão de manter o homem no campo e para isso paga ate US$ 1,50 por libra-peso. É por este motivo que os preços não caem para patamares abaixo dos 80 centavos em Nova York”, avalia. O consumo anual da China está estimado em 7,5 milhões toneladas por ano e a despeito dos altos níveis de estoques, o país decidiu que vai manter essa política de formação de estoques até meados de 2014.
Paralelo a este cenário, a evolução safra norte-americana está atrasada no Texas devido ao clima seco e no Delta do Rio Mississipi devido ao clima muito úmido. “As chuvas esperadas para o último fim de semana ocorreram de maneira esparsa e pouco devem amenizar a situação no Texas”, diz Kurre.
Até 20 de maio, 40% da safra norte-americana havia sido plantada nos Estados Unidos, em comparação com os 60% da safra anterior.
No Brasil, a área cultivada no período 2013/14 deve ficar entre 1,1 milhão de hectares e 1,15 milhões de hectares, e renderá uma produção entre 1,6 e 1,7 milhão de toneladas, em comparação com a safra atual de 1,3 milhões de toneladas.
Fonte:|http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI338674-1807...
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