Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Divulgação / Divulgação"Forever Now", exposição que ficará por três semanas no shopping JK Iguatemi, em São Paulo, a partir de 29 de maio, é uma réplica do museu que a grife mantém na Itália e traz baús, malas, acessórios e artigos para o jet set

A Gucci abre em São Paulo, no dia 29 de maio, a exposição "Forever Now", a primeira das mostras temporárias que a grife planeja fazer ao redor do mundo. O espaço, que ficará por três semanas montado no shopping JK Iguatemi, é uma réplica do museu que a grife mantém na cidade de Florença, na Itália - com direito a lojinha no fim. Pela primeira vez a marca de luxo coloca na estrada uma parte do acervo do museu que mantém há três anos na cidade italiana sede da marca.

Iniciativas como essa, de colocar peças icônicas e luxuosas de grifes que têm como um de seus principais atributos a bagagem de histórias para contar, se tornam práticas cada vez mais comuns no universo das marcas de prestígio. Colocar em redomas de vidro peças de grife é uma forma de estreitar a relação com os clientes, lembrá-los de sua tradição e cativar consumidores em potencial.

A exposição que a Gucci trará por três semanas a São Paulo é um tributo à tradição da marca, mas com foco no futuro. "Nós sentimos o dever de deixar a geração mais jovem apreciar as obras-primas do passado e, possivelmente, ter a chance de levar adiante essa forma de arte e criatividade", afirma Roberto Paz, presidente da Gucci na América Latina.

"Forever Now" conta com uma série de peças raras do acervo da Gucci, como baús, malas, acessórios e artigos criados para o jet set internacional - o que colaborou para o reconhecimento da marca nos anos 1950, 1960 e 1970. Foram em especial as malas e os acessórios de viagem que definiram as primeiras coleções de Guccio Gucci (1881-1953).

O estilista se inspirou em sua própria experiência de carregar as bagagens dos clientes que chegavam ao hotel Savoy em Londres, onde ele trabalhou como carregador em sua juventude. Estarão expostas, com um histórico de sua evolução, por exemplo, peças de alta-costura, a tradicional bolsa Bamboo (que tem alça feita de bambu), a icônica estampa floral da Gucci e o "loafer" Horsebit.

Atrair e impressionar os jovens é ponto importante desse tipo de exposição. Para a Chanel, que levou ao prédio da Oca, no parque Ibirapuera, a exposição "The Little Black Jacket", o desafio era reforçar ao público que a grife pode ir além da tradição, botando um pezinho na contemporaneidade e na transgressão.

A mostra, que esteve de portas abertas de 31 de outubro a 1º de dezembro de 2013, foi a primeira grande investida de marketing da Chanel no Brasil. O projeto, que também foi publicado num livro, possui cerca de 140 imagens de celebridades vestindo, à sua maneira, o casaco de lã buclê desenhado por Coco Chanel (1883-1971), que até hoje é um dos grandes ícones da marca. Aparecem nas fotos moderninhos e celebridades do universo fashion, como a modelo Alexa Chung e a editora de moda Carine Roitfeld - uma única brasileira está entre os notáveis do projeto, a atriz (e espécie de embaixadora da grife) Laura Neiva.

No caso da Chanel, a exposição foi feita para fincar os pés no Brasil e mostrar aos consumidores daqui que o país é a grande prioridade da grife atualmente. Para isso, a marca enxergou na exposição uma maneira de levar seu universo um pouco mais perto do público. Em entrevista ao Valor na véspera da abertura do evento, o presidente do segmento de moda da grife, Bruno Pavlovsky, disse que a relação da marca com o país mudaria a partir da exposição. "Da mesma forma que vínhamos concentrando nossas atenções na China, agora estamos voltados para o Brasil", afirmou o executivo.

Outra exposição que veio ao Brasil para marcar território com grife foi a "Lady Dior As Seen By", que a Dior trouxe ao Instituto Tomie Ohtake entre fevereiro e março de 2013. A mostra itinerante chegou a São Paulo depois de passar por Milão, Xangai, Tóquio e Pequim, ao mesmo tempo em que a marca abria uma nova loja no Shopping Cidade Jardim. A mostra reunia trabalhos de cerca de 80 artistas, entre esculturas, vídeos e fotografias. Personalidades como David Lynch, Patrick Demarchelier e John Cameron Mitchell fizeram trabalhos inspirados na tradicional bolsa da Maison Christian Dior - que foi criada para Lady Di em 1995. Especialmente para a exposição brasileira, foram expostos também trabalhos feitos por artistas nacionais para a grife, como Laerte Ramos, Roberto Badin e Tunga.

Se, por um lado, as exposições itinerantes são um fenômeno relativamente recente, por outro, não é de hoje que muitas das grifes de luxo mantém museus para narrar com objetos suas próprias trajetórias.

A Dior inaugurou em 1997 o Christian Dior Museum, na região da Normandia, na França, que tem de objetos pessoais do estilista que dá nome à marca a peças criadas por ele para a "maison". Foi inaugurada lá, em 3 de maio, a exposição "Dior: The Legendary Images", composta por imagens que importantes fotógrafos, como Richard Avedon e Paolo Roversi, já fizeram para mostrar coleções da grife.

A Louis Vuitton também tem um espaço privilegiado para falar de sua história. Fica em Paris a Maison de Famille Louis Vuitton - mas essa é só para convidados. A grife periodicamente seleciona alguns de seus principais clientes do mundo todo a viajar até a antiga casa para conhecer um pouco de sua história por meio de peças antigas da grife e objetos que fizeram parte de sua fundação. Lá, os convidados podem também ver artesãos trabalhando na fabricação de bolsas e malas.

Já na Itália, especificamente em Florença, estão dois dos museus de grife mais importantes do universo fashion: o Gucci Museo (de onde virão as peças da exposição que chega a São Paulo em maio) e o Museo Salvatore Ferragamo, que tem em seu acervo milhares de modelos de sapatos criados pela casa desde os anos 1920.


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Por Rebeca de Moraes | Para o Valor, de São Paulo


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