Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Desde que começou a trabalhar como auxiliar de produção no projeto Fábrica Esperança, em Belém, Jaqueline Ferreira, 29 anos, começou a fazer planos que até então, julgava ser impossível. “Aqui eu encontrei uma oportunidade que nunca tinham me dado antes. E agora, eu já consigo ver a minha vida completamente diferente da que eu levava”, conta a jovem, egressa do sistema penal, que ainda cumpre pena em regime semi-aberto pelo crime de tráfico de drogas.

No setor de produção têxtil da Fábrica Esperança, um projeto do Governo do Pará, que promove a reinserção social através da capacitação profissional e geração de emprego e renda aos egressos do Sistema Penitenciário do Estado, Jaqueline descobriu a habilidade com a costura. E hoje, já se considera uma costureira profissional. “Foi através desse projeto que eu descobri a minha verdadeira profissão. E isso não tem preço”, ressalta.

Assim como ela, mais de dois mil egressos foram reinseridos no mercado de trabalho em 2013, graças às ações do Núcleo de Reinserção Social da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe). De acordo com o diretor do Núcleo, Ivanildo Capeloni, o espaço trabalha com acompanhamento psicossocial e qualificação profissional de ex-internos. “O núcleo disponibiliza toda uma estrutura de preparação antes de encaminhar os egressos para a ressocialização. Além de fornecer apoio psicológico, providenciamos também capacitação e toda a documentação para o ex-interno. Por isso, temos conseguido bons resultados com nossas ações“ explica Capeloni.

Na linha de produção têxtil da Fábrica, o trabalho segue em ritmo acelerado. Segundo a direção da entidade, o local produz mil peças de vestiário por dia. E dentre os principais produtos estão os uniformes do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), da Guarda Municipal e do Hospital Galileu, em Ananindeua, previsto para ser inaugurado no primeiro trimestre deste ano pelo Governo do Estado.

O projeto atende atualmente 252 egressos.  Além de oportunidades na produção têxtil e de panificação, a Fábrica Esperança também prepara e encaminha os egressos para o mercado de trabalho, através de cursos de qualificação profissional. “Assim como eu, a maioria dos egressos que chegam aqui não tem carteira assinada e nunca trabalharam antes. Por isso, o curso de qualificação acaba sendo uma luz no fim do túnel, que orienta qual caminho seguir. Eu, por exemplo, segui as orientações corretas, corri atrás do que queria e hoje assumo a função de inspetor de qualidade na firma”, explica Abnadab Costa, 23 anos, integrante do setor de serigrafia da fábrica.

“A nossa missão é ressocializar os egressos para que, de fato, todos tenham uma nova chance não apenas no mercado de trabalho, mas na vida. É nisso que acreditamos. E graças ao nosso trabalho, em parceria com a Susipe, essa missão tem sido realizada com êxito”, afirma Eduardo Carvalho, diretor da Fábrica Esperança.

Segundo o diretor, devido ao crescimento de clientes, a Fábrica já tem planos para aumentar a linha de produção e o número de egressos atendidos pelo projeto. “Nos últimos dois anos, graças à grande procura pelos nossos serviços, temos conseguido expandir os produtos para um número cada vez maior de parceiros. Atualmente, além de empresas e órgãos públicos de Belém e demais municípios do Pará, também temos como clientes uma empresa privada do Maranhão. Uma conquista que nos deixa feliz e mostra o quanto esse projeto vem dando certo”, garante Eduardo Carvalho.

Mais de mil uniformes de empresas públicas e privadas são confeccionados pelos egressos do sistema penal

Reinserção social através da profissionalização na Fábrica Esperança

Coleção industrial produzida por egressos da Fábrica Esperança

Coleção industrial produzida por egressos da Fábrica Esperança

Reinserção social através da profissionalização na Fábrica Esperança

http://www.agenciapara.com.br/noticia.asp?id_ver=96698

 


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Romildo, voce ao ver esta postagem, deve pensar, chegou o cara chato.!!!

 Mas vamos lá. Quem paga este pessoal e qual o salario aferido no fim do mes, de cada um? Tem carteira assinada? Quem é o patrão? O coronel, nordestino, tipo familia SARNEY, ou uma coperativa, com só administradores"isentos" e não politicos?? Lá não tem bolivianos, ou tem?? Lá tem Daslu, M.Officer, LeLiz, para serem "perseguidas".

Agora minha fala pessoal. Que Deus queira que tudo isto seja REAL, que não seja mais uma artimanha de politicos em busca de holofotes e pobres coitados sendo feitos de laranjas.

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