Fábrica da Providência nos EUA começa a exportar para Canadá e México

[Textile Industry]

CURITIBA - A Companhia Providência passou a vender para clientes do Canadá e do México. Os dois países estavam nos planos da fabricante de não-tecidos, usados em descartáveis higiênicos e médicos, desde que ela inaugurou uma fábrica em Statesville, na Carolina do Norte, EUA, em janeiro. Agora, a intenção é exportar de 10% a 15% da capacidade daquela unidade, que é de 20 mil toneladas por ano.

O presidente da empresa, Hermínio de Freitas, contou que possui contratos para 75% da capacidade da unidade americana. Desde maio ele não precisa enviar não-tecidos feitos no Brasil para clientes de lá e, em 2011, aquela fábrica contribuiu com 5.530 toneladas do produto. Em 2012, outras duas unidades da Providência devem entrar em operação, uma no Brasil, prevista para o segundo trimestre, e outra nos Estados Unidos, no fim do ano. 

No terceiro trimestre de 2011, o volume de vendas da Providência cresceu 15,3%, para 22,7 mil toneladas. Sua receita líquida aumentou 22,4% e chegou a R$ 142,7 milhões. O lucro líquido foi de R$ 15,36 milhões no período, o que representa acréscimo de 31,4% na comparação com julho a setembro de 2010. Parte do desempenho da última linha pode ser creditado ao aumento nas receitas financeiras, que somaram R$ 25,4 milhões, 160% mais que em igual período do ano passado, enquanto as despesas financeiras cresceram 90%.

“Voltamos às nossas margens históricas”, diz Freitas, sobre o trabalho de realinhamento de preços, devido ao aumento no preço do polipropileno, principal matéria-prima da empresa. Entre dezembro de 2010 e junho de 2011, o preço do polipropileno subiu 38%. Entre junho e setembro, caiu 10%, mas continua mais caro que na virada do ano.

A Providência iniciou em setembro o 3º programa de recompra de ações. E anunciou que vai pagar dividendos referentes a 100% do lucro distribuível obtido até junho (R$ 14,1 milhões). Outra decisão recente foi a obtenção de empréstimo no valor de R$ 100 milhões para pagar antecipadamente R$ 100,5 milhões em debêntures que venciam em novembro de 2011 e novembro de 2012. A direção optou por alongar o perfil da dívida e terá sete anos para quitar o financiamento, com carência de dois.

(Marli Lima | Valor)

Fonte:|http://www.valor.com.br/empresas/1087908/fabrica-da-providencia-nos...