Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Uma empresa da Bahia fatura com a venda de abadás, a bata típica usada pelos blocos de carnaval do estado. São mais de um milhão de abadás vendidos por ano. Os empresários João Neto e Neyma Carvalho fazem oito mil peças por dia, incluindo camisetas personalizadas.

“A camiseta como brinde se torna um outdoor ambulante, porque você promove o seu produto”, afirma Neto.

O negócio surgiu em 1996, com um investimento de R$ 30 mil em um pequeno escritório, máquinas de costura e matéria-prima. Joãoo e Neuma começaram fabricando camisetas para agências de publicidade e empresas de eventos. Um diferencial chamou a atenção do mercado: a embalagem.

A camiseta vem enrolada dentro de um pote de plástico transparente. O rótulo é a própria estampa, lá dentro. E o produto vende mais só por causa do potinho. Segundo Neto, isso ocorre porque a embalagem plástica gera expectativa para quem recebe. que deixa de considerar a camiseta como um brinde e sim como um presente.


O mercado gostou da ideia. A empresa que ficava em uma salinha de 20 metros quadrados cresceu e hoje ocupa um prédio de 3 mil metros quadrados, com equipamentos modernos. Tudo é feito no local; do corte de tecido e costura à estamparia. A agilidade é o ponto forte: a fábrica entregas encomendas no prazo de até um dia.

“Hoje a empresa conseguiu com a informatização, com todos os equipamentos que nós adquirimos, produzir muito mais rápido. Hoje conseguimos entregar em São Paulo mais rápido que uma empresa que estaria em São Paulo”, diz o empresário.

A produção das peças começa com a criação das estampas. O cliente envia um desenho ou a própria empresa faz. Em geral, são estampas de personagens com símbolos conhecidos.

As peças são feitas em vários tecidos: de algodão, sintético e até de garrafa pet. O desenho é impresso por meio de dois processos: transferência por calor, ou por serigrafia, onde a tinta é passada para o tecido com a ajuda de um rodo.

A fábrica é projetada para não perde nenhum cliente, pequeno ou grande. O mercado de eventos garante o maior faturamento da empresa.

“O mercado tem crescido bastante durante esses longos anos que já estamos aí fabricando. A gente percebe que a tendência que é cada vez aumentar e a nossa expectativa está voltada muito pra 2014, eu acho que daqui pra lá muitos eventos vão acontecer e certamente quem tiver nesse mercado vai ganhar muito dinheiro”, espera Neto.

Abadás
Metade da produção da empresa é de abadás, o tipo de camiseta usado pelos foliões do carnaval de Salvador. Os blocos de carnaval se apresentam o ano todo, e transformam os abadás em fonte de lucro.
Os blocos de carnaval compram as peças e revendem para o público nos eventos, e garantem renda. Em um dos blocos, o abadá é adquirido por R$ 7,50e revendido por R$ 50 a unidade.

“A gente passa o abadá por um valor que dá para a gente manter a instituição durante o desfile do carnaval, uma parte da alimentação do bloco, do desfile do bloco, que a gente tem o custo com trio elétrico, carreta, a gente tem custo com a empresa de segurança de cordeiros. Com esse dinheiro que a gente consegue passar a gente consegue manter algumas coisas, investir em algumas coisas do bloco”, explica Jaciara Santos, presidente do bloco.

Bons negócios para os carnavalescos, e lucro para a fábrica de camisetas e abadás. No último ano, o faturamento da empresa cresceu 20%. Foram vendidos dois milhões de peças para todo o Brasil.

Fonte:|http://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2011/07/fabricacao-de-abad...

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