Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Fabricante de equipamentos de voo livre investe em grife própria para a prática

Sol Paragliders, de Jaraguá do Sul, inaugurou novo galpão e projeta crescimento de 30% neste ano

Fabricante de equipamentos de voo livre investe em grife própria para a prática Maykon Lammerhirt/Agencia RBS
O empresário Ary Pradi aposta no crescimento do segmento de vestuário para fortalecer a marcaFoto: Maykon Lammerhirt / Agencia RBS
 

A crise da qual se fala atualmente assusta pouco a Sol Paragliders, única fabricante na América Latina de equipamentos para a prática de voo livre. A empresa de Jaraguá do Sul inaugurou um novo galpão no final do ano passado e tem meta de crescimento na faixa dos 30% neste ano. Agora, colhe os frutos de uma mudança de rumos iniciada em 2010 por causa do encolhimento na produção e no faturamento, vivenciado com a crise de 2008.

Na época, as exportações representavam 50% do faturamento da empresa de pequeno porte. O dólar desvalorizado, o chamado custo Brasil e a burocracia afetaram duramente a produtividade e a competitividade da companhia. Em 2010, a Sol colocou em prática um plano de ação para reverter a queda, e os primeiros frutos mostram que a direção escolhida está correta. O faturamento do ano passado foi próximo dos R$ 10 milhões – o crescimento foi de 21% – e a produção de peças de vestuário vem dobrando a cada ano.

Inspirada nos exemplos de fabricantes de equipamentos ligados ao surfe e à escalada, a Sol começou a desenvolver sua linha de vestuário para praticantes e simpatizantes. Neste “novo negócio”, foram investidos mais de R$ 2 milhões em aquisição de máquinas e equipamentos, produção de coleções e tecnologias de vestuário e canais de vendas, além do galpão onde a fábrica está instalada.

— Vimos como os negócios da Mormaii e da North Face evoluíram quando atingiram mais pessoas do que os praticantes do esporte, quando o estilo chegou às lojas. Ao desenvolver o Fly Wear, a Sol se tornou pioneira no mundo do voo — afirma o empresário Ary Pradi.

A linha de confecções tem produção mensal de 15 mil a 20 mil peças, entre roupas e acessórios, e responde por 20% do faturamento bruto. Segundo Pradi, o segmento de vestuário só estará consolidado quando o índice alcançar 50%.

Mais próximo do cliente

Com a chegada de um estilo próprio de roupas, a Sol aproveitou outro nicho de mercado para se aproximar ainda mais do público ligado ao voo livre e ao conceito de “viver emoções”. Uma loja anexa à fábrica, em Jaraguá do Sul, e um outlet, em Brusque, oferecem todas as linhas de produtos. No Brasil, outros 20 estabelecimentos comerciais levam a marca aos apaixonados por voar, além da loja virtual, criada há três anos.

— Temos um relacionamento muito forte com clubes de voo livre e instrutores e ajudamos a estruturar as entidades. Agora, subsidiamos as lojas dentro dos clubes e damos capacitação para vendas — explica o supervisor Silvestre Lorkievicz Júnior.

É também dentro das escolas e clubes de voo que os equipamentos são encomendados, já que nenhum produto destinado ao voo é vendido se o comprador não souber voar.

O conjunto, que inclui parapente, com a cadeirinha – chamada selete – e o paraquedas reserva custa entre R$ 8 mil e R$ 12 mil. A produção de cada kit leva 36 dias desde o ínicio até a entrega, mas hoje a encomenda pode demorar até dois meses para ser concluída, devido à demanda.

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