Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A empresa francesa Fairbrics, que desenvolveu uma tecnologia que converte emissões de dióxido de carbono em poliéster, assegurou um novo investimento de 22 milhões de euros, parte do qual atribuído pela União Europeia, que irá permitir construir uma linha piloto e uma unidade de demonstração nos próximos anos.

[© Instagram Fairbrics]

Através do programa europeu Horizonte 2020, a Fairbrics recebeu 17 milhões de euros, tendo os restantes 5 milhões de euros sido angariados junto de parceiros do Technology Upscaling Project. A bolsa da UE foi atribuída a este consórcio coordenado pela empresa francesa que junta 13 parceiros de sete países europeus – Alemanha, Bélgica, Espanha, Estónia, Finlândia, França e Itália – e com valências desde o desenvolvimento de produto a especialistas na utilização final, como a Faurecia, da área automóvel, e a Les Tissages de Charlieu, nos têxteis.

Em comunicado, a Fairbrics explica que os fundos serão usados para escalar a tecnologia desenvolvida pela empresa, primeiro com a construção, até 2024, de uma linha piloto que irá permitir produzir 100 quilogramas diários de poliéster, e, posteriormente, até 2026, para criar uma unidade produtiva de demonstração com uma capacidade produtiva de uma tonelada por dia. «O objetivo primário é lutar contra as mudanças climáticas e acelerar a descarbonização das indústrias com consumos intensivos de energia, ao substituir poliéster de base fóssil por poliéster obtido a partir de dióxido de carbono», refere a empresa, que recicla o CO2 emitido pelas unidades de produção de químicos para fabricar produtos têxteis.

Diversificação no horizonte

«Ao usar as emissões de dióxido de carbono em vez de recursos fósseis para produzir poliéster, a Fairbrics responde a um dos maiores desafios mundiais, as alterações climáticas causadas pela emissão de gases com efeito de estufa. Este financiamento surge como um grande reconhecimento do trabalho que a Fairbrics desenvolveu até à data, a qualidade do consórcio que reunimos e o potencial extraordinário da nossa tecnologia para proporcionar a indústrias altamente poluentes como a têxtil uma alternativa amiga do ambiente e uma solução economicamente viável», afirma Benoît Illy, cofundador e CEO da Fairbrics.


[© Instagram Fairbrics]

Atualmente, indica a empresa francesa, o poliéster representa 60% de todos os têxteis produzidos no mundo e um terço das emissões de gases com efeitos de estufa da indústria da moda. «Ao substituir as fontes de combustíveis fósseis por fontes baseadas em CO2, a Fairbrics fornece uma solução sustentável e escalável para indústrias intensivas em energia. A Fairbrics vai inicialmente responder à indústria da moda e já assegurou parcerias estratégicas com grandes marcas como H&M, On Running e Aigle», sublinha o comunicado. A empresa acrescenta ainda que pretende «progressivamente diversificar a sua plataforma tecnológica com soluções que respondem a outros setores, como os equipamentos desportivos, as embalagens e o automóvel.
https://www.portugaltextil.com/fairbrics-revoluciona-a-producao-de-...
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