Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Falhas ao apresentar coleção afetam vendas da Rosa Chá, diz Restoque

A Restoque informou em teleconferência para analistas de mercado que enfrentou problemas nas vendas da Rosa Chá no segundo trimestre, relacionados a erros na apresentação das coleções. Paulo José Marques Soares, presidente da Restoque, disse que a companhia está fazendo mudanças internas na equipe responsável pela Rosa Chá.

“Houve um erro operacional relevante da nossa parte na Rosa Chá. É preciso fazer uma reorganização interna. No momento estamos no meio da recomposição da equipe. Não tenho uma previsão para a marca por enquanto”, afirmou Soares.

De acordo com ele, apesar da queda nas vendas da Rosa Chá e do desempenho fraco nas marcas Le Lis Blanc e Bo.Bô, a companhia apresentou melhora em alguns indicadores no segundo trimestre. Soares destacou o alcance de uma margem bruta de lucro de 58,2%, praticamente em linha com igual período anterior, de 58,5%. Em relação ao primeiro trimestre de 2016, houve um avanço na margem de 5,3 pontos percentuais.

“No segundo trimestre, a companhia retomou processos importantes, principalmente no planejamento de lançamento de coleções e a redução do período de liquidação, para garantir mais vendas a preço cheio. Esses fatores e a redução de estoque foram as mudanças mais importantes no trimestre”, afirmou o executivo.

Soares também destacou o aumento de 8,2% no fluxo de caixa operacional após investimentos, chegando a R$ 37,1 milhões no trimestre. O executivo disse que parte da melhora no caixa deve-se à redução dos investimentos feitos pela companhia, de 31,2%, para R$ 18,6 milhões. O recuo obtido com a diminuição dos gastos com reforma de lojas.

“Estou confiante na evolução dos resultados da companhia ao longo dos próximos trimestres. Confio no diagnóstico dos problemas já feito e na capacidade da companhia de retomar vendas, margem e resultados”, afirmou.

Soares acrescentou ainda que vê um cenário incerto para a economia brasileira no segundo semestre. “Vejo o mercado ainda difícil para o varejo. Existem sinais divergentes em relação à evolução do cenário macroeconômico. Alguns fatores estão positivos, outros não. Considero cedo para dar uma previsão.”

Dudalina

A Restoque afirmou também que está focada no projeto de recuperação das vendas da Dudalina e da Le Lis Blanc, principais marcas da companhia em geração de receita. A companhia já viu sinais de melhora nas vendas da Dudalina, mas considera que a recuperação da Le Lis Blanc só acontecerá a partir do fim de 2016 ou do início de 2017.

“Internamente, seguimos focados nos projetos de recuperação da Dudalina e da Le Lis Blanc. No caso da Dudalina, a coleção feminina completa, com linhas para várias ocasiões de consumo, começou a ser vendida em junho e já apresentou crescimento importante na carteira de pedidos. E com importante ganho na margem bruta”, afirmou Soares, presidente da Restoque.

No segundo trimestre, as vendas da Dudalina tiveram redução de 3% em receita líquida, para R$ 98,8 milhões. No entanto, as vendas no conceito “mesmas lojas” (unidades abertas há mais de um ano), cresceram 8,8% no trimestre.

A companhia informou no primeiro trimestre que iria aumentar a oferta de roupas da Dudalina para diferentes ocasiões de uso, deixando de lado a produção concentrada em camisas para uso no trabalho. “O lançamento foi feito em junho. As vendas serão feitas ao longo do terceiro trimestre. A coleção tem uma aceitação muito boa pelo varejo multimarcas e representantes comerciais. Estou animado com a evolução dessa linha”, afirmou Soares.

Já em relação à Le Lis Blanc, o executivo afirmou que a companhia apresentou resultado abaixo da expectativa interna no segundo trimestre, também devido a problemas operacionais. No trimestre, as vendas da Le Lis Blanc caíram 13,6% em receita líquida, para R$ 101,7 milhões.

Entre os problemas citados pelo executivo estão os de modelagem das roupas e quebra do fornecimento de produtos por fornecedores brasileiros, o que gerando atraso na entrega das coleções nas lojas. “Acredito que é uma questão de meses para resolver esses problemas. Estou confiante em uma retomada vigorosa de vendas da marca (…)”, disse Soares.

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