Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Fashion Transparency Index: houve progresso na transparência da indústria da moda global?

O relatório anual do Fashion Revolution, dedicado à transparência das marcas no que diz respeito às suas responsabilidades sociais e ambientais, mostra alguns avanços, mas principalmente falta de comunicação sobre as questões do setor. O relatório enfoca especificamente a transparência e não a sustentabilidade, não sendo a primeira sinônimo da segunda.

Entre as constatações deste relatório anual, o Fashion Revolution aponta, por exemplo, que a parcela de marcas observadas que não divulgam os volumes produzidos subiu em um ano de 85% para 88%. Ele destaca também o uso de água pelas marcas:  apenas 23% delas divulgam seu processo para realizar avaliações de risco relacionadas à água.

O Índice observa, no entanto, que pela primeira vez duas das marcas mais importantes do ranking pontuaram acima de 80%: OVS e Gucci. Porém, entre os pontos negativos, o relatório aponta que 94% das marcas não divulgam os combustíveis utilizados na fabricação de suas roupas. E 99% não divulgariam o número de trabalhadores que ganham um “salário digno” em sua cadeia de suprimentos.

“No geral, a indústria global da moda fez muito pouco progresso em termos de transparência, com as principais marcas alcançando uma pontuação média geral de 26%, um aumento de apenas 2% em relação ao ano passado”, lamenta o Fashion Revolution. “No entanto, houve progresso nesta área (…). Mais da metade (52%) das 250 grandes marcas examinadas pela Comissão Européia indicaram que divulgam suas listas de fornecedores de primeira linha, um desenvolvimento promissor em comparação para as 32 das 100 marcas (32%) na primeira edição do Índice.”

A pontuação das marcas é calculada com base em cinco fatores com coeficientes específicos. ‘Questões de destaque’ (36% da pontuação) referem-se à transparência da marca em questões específicas, como trabalho forçado, remuneração dos trabalhadores, luta contra a superprodução e circularidade. O critério ‘Conhecer, Mostrar & Consertar‘ (16,8%) concentra-se no dever de cuidado das marcas e suas reações aos problemas. O critério ‘Políticas & Compromissos’ (13,2%) analisa os compromissos sociais e ambientais de longo prazo. Somam-se a elas as noções de rastreabilidade (29,6%) e governança (4,4%).

Mais de 150 páginas de números e dados mostram quantas empresas estão investindo nas diversas questões sociais e ambientais do setor. Por exemplo, 89% das marcas publicam as regras que impõem aos seus fornecedores em relação ao trabalho infantil, 53% comunicam a sua política de igualdade salarial e 40% divulgam as suas estratégias anti-desperdício.

Ao lembrar que transparência não significa necessariamente sustentabilidade, o Fashion Revolution observa que o número de empresas com pontuação zero aumentou em um ano de 15 para 18 marcas. Este ano, eles incluem Tom Ford, New Yorker, Mexx, Savage x Fenty, Max Mara, K-Way e Big Bazar.

“Dado o impacto global de produtos químicos perigosos para as pessoas e o planeta, é preocupante que apenas 7% das grandes marcas e varejistas publiquem os resultados dos testes de águas residuais de seus fornecedores”, alerta o Fashion Revolution.

Fonte: Redação | Foto: Divulgação

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