Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A Yishion, varejista de moda da China que atua no segmento 'fast fashion', desistiu de entrar no mercado brasileiro para concorrer com lojas como Zara, C&A e Renner, alegando que os custos no país são excessivamente altos.

Uma executiva da empresa, Magen Chan, confirmou a decisão ao Valor, por telefone, de Hong Kong, deixando a possibilidade de que o plano seja retomado algum dia.

Segundo ela, a Yishion tem quase 6 mil lojas, a maioria na China, e várias em países como a Índia. A companhia procura concorrer no mercado chinês com marcas como a Zara, com preços mais acessíveis, e moda jovem que, pelo projeto, poderiam também atrair consumidores brasileiros.

"Eles ficaram assustados com os custos (no país)", disse Paulo Cesar Mauro, da Global Franchise. Esta empresa, de São Paulo, vinha trabalhando para a instalação da marca chinesa no mercado brasileiro. Em junho, ele chegou a informar que a ideia era abrir 500 lojas em dez anos.

"Já estávamos com três grupos locais interessados, alguns já com lojas disponíveis no Brasil inteiro", disse Mauro, por e-mail. A Grippon e o Lojão do Brás, varejistas fortes em roupas populares, estariam entre os interessados em levar a Yishion para o mercado brasileiro.

A China tem ambição também na indústria da moda. O mercado chinês de moda espera triplicar de tamanho e chegar a US$ 200 bilhões até 2020, com o crescimento da classe média com grande sede de consumo, conforme cálculos da Boston Consulting Group.

Alguns grupos presentes mesmo em pequenas cidades, para os padrões chineses, planejam ingressar no competitivo mercado internacional e em alguns anos estar no segmento da moda em Londres, Paris ou Nova York com seus designs pouco caros e jovens. Uma dessas empresas é a Metersbonwe, que teve faturamento de US$ 1,6 bilhão em 2011.

Enquanto a Yishion põe o Brasil na gaveta, outras estrangeiras confirmaram neste ano o desembarque no país: as americanas Gap e Forever 21, a espanhola Desigual, e a australiana Cotton On. Esta, com 1.227 lojas em 16 países, planeja lojas a partir do primeiro trimestre de 2014. A sueca H&M ainda não confirmou, mas é esperada.

Por Assis Moreira | De Cantão (China)

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"Eles ficaram assustados com os custos (no país)", disse Paulo Cesar Mauro, da Global Franchise. Esta empresa, de São Paulo, vinha trabalhando para a instalação da marca chinesa no mercado brasileiro. Em junho, ele chegou a informar que a ideia era abrir 500 lojas em dez anos.

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