Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

A venda da Frontier Spinning Mills, a segunda maior fiação nos EUA, à American Securities foi o mais recente de uma série de investimentos na indústria de fiação algodoeira norte-americana. Um negócio incentivado por vários fatores, nomeadamente energia e matéria-prima acessíveis.
 

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Fiação atrai investimento

Com efeito, o interesse pelo sector da fiação de algodão nos Estados Unidos está a ser estimulado pelo fornecimento de energia fiável e de baixo custo, fácil acesso aos portos e, como é óbvio, proximidade de fibras de algodão de alta qualidade - os EUA são o terceiro maior fornecedor mundial da matéria-prima, depois da China e da Índia, e o seu maior exportador.

Para além dos benefícios de fiar o fio perto da fonte da matéria-prima, os produtores americanos conseguem tirar proveito de acordos comerciais regionais que oferecem tratamento aduaneiro preferencial para os produtos acabados fabricados com matérias dos EUA.

Perante o aumento dos custos, das incertezas e dos longos prazos de produção, em muitos países produtores de vestuário, há também um interesse crescente no fornecimento e fabricação no hemisfério ocidental, especialmente quando se vende para os mercados americano e canadiano. De igual forma, o preço do algodão tem estabilizado depois dos altos e baixos dos últimos anos, o que levou muitos produtores, que tinham mudado para outras fibras, a utilizarem novamente esta matéria-prima.

Para além de tudo isto, há também uma forte procura da China – atualmente o maior comprador individual de algodão dos EUA –, onde as reservas do governo levaram a um excesso de algodão de má qualidade produzido internamente, cujo preço é muito maior do que o de fontes internacionais. E os negociadores americanos na Parceria Trans-Pacífico de negociações comerciais têm dito repetidamente que continuam a apoiar a regra de origem a partir dos fios em produtos têxteis e de vestuário, ou seja, todos os materiais que entram numa peça de roupa devem ser originários de um dos países parceiros a fim de se qualificarem para a entrada livre de tarifas nos EUA.

A Frontier Spinning Mills produz fios de algodão e mistura de algodão/poliéster para as indústrias de confeção de malhas e de tecelagem, com os seus produtos a serem utilizados em roupa de desporto, vestuário íntimo, meias, blusas de lã e denim. A empresa está sediada em Sanford, na Carolina do Norte, e opera cinco instalações de fiação nos estados da Carolina do Norte e do Alabama, com 1.076 funcionários.

«Estamos muito animados em relação à nossa nova parceria com a American Securities, que irá fomentar ainda mais a nossa capacidade de responder aos nossos clientes em todo o mundo», afirmou John Bakane, diretor executivo da empresa.

A American Securities adquiriu a empresa a partir de uma filial de outra empresa de capital de investimento, a Sun Capital Partners. Este negócio surgiu após ter sido revelado que a empresa chinesa Keer Grupo irá investir 218 milhões de dólares na instalação da sua primeira fábrica têxtil nos EUA, criando mais de 500 postos de trabalho ao longo dos próximos cinco anos. A unidade localizada em Lancaster County, Carolina do Sul, vai produzir fios de algodão industriais.

A Gulf Coast Spinning, um novo empreendimento formado para transformar o algodão em fios de alta qualidade, vai investir 130 milhões de dólares numa unidade de fiação em Bunkie, Louisiana. A construção deverá começar em meados de 2014 e irá criar cerca de 307 empregos diretos.

Da mesma forma, o indiano Shrivallabh Pittie Group está a investir 70 milhões de dólares para construir a sua primeira fábrica nos EUA, na Geórgia, que irá produzir fios de algodão cardado e empregar 250 pessoas. E o fabricante de vestuário Gildan Activewear delineou recentemente planos para fomentar as suas instalações de fiação nos EUA ao longo dos próximos dois anos, não apenas para apoiar o seu crescimento projetado de vendas, mas também para aproveitar os baixos custos de energia.
 

http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/43072/xmview/...

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Este negócio surgiu após ter sido revelado que a empresa chinesa Keer Grupo irá investir 218 milhões de dólares na instalação da sua primeira fábrica têxtil nos EUA, criando mais de 500 postos de trabalho ao longo dos próximos cinco anos.

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