Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Forever 21 abre em Recife no Sábado e pode influenciar mercado de Fast Fashion na capital pernambucana

A chegada do “ideal” da varejista norte-americana Forever 21 ao mercado nacional levantou uma série de questionamentos quanto à manutenção do duo “preço bom + boa qualidade” em um terreno de altíssima e complicada carga tributária quanto o Brasil. Mas as primeiras lojas abertas no País mostram resultado positivo no quesito, mantido, entre outros fatores, por uma estrutura administrativa enxuta e boa parte da produção na China, mas continua sendo um desafio. “É mesmo muito difícil”, comentou o gerente de Marketing da marca, Eduardo Barberi, sobre o mercado brasileiro. Na unidade pernambucana, aberta no Shopping Recife nesta quarta-feira (11), os preços são convidativos (o teto é de R$ 250,90) comparando com o que se vê no segmento, apesar da alta pesada do dólar que, confirmou Barberi, influencia diretamente nas etiquetas.

A unidade pernambucana é a 22ª inaugurada no Brasil pela marca em um ano e meio, desde março de 2014, quando foi “escandalosamente” aberta a loja do Morumbi Shopping, em São Paulo. Espera-se situação semelhante no abre da recifense, oficialmente no sábado (14), tanto que foi organizada uma área lateral para a fila que, por certo, se formará. São em torno de 1,8 mil metros quadrados (inclusive com linha masculina, a F21 Men) onde trabalharão 120 pessoas, segundo Barberi (ainda se analisa a contratação de temporários para o Natal). A empresa não divulga valores de investimentos.

Quando chegou ao Brasil, a Forever 21 ainda aguardava o movimento do mercado para decidir se começaria a também produzir aqui, projeto que passou para fase de estudo e prospecta agora utilizar o potencial têxtil e calçadístico do Sul do País para esse fim, além de São Paulo. A decisão deve ser tomada ano que vem.

A fama da norte-americana por aqui já existia. Em entrevista à Exame, na época da inauguração da loja de São Paulo, o responsável pela expansão da marca no Brasil, Kristen Strickler, confirmou que a demora para entrada da Forever 21 no mercado brasileiro se deu ela necessidade de garantir que seria possível manter preços amenos. “Não temos nenhuma intenção de aumentar os preços no Brasil. Claro que há fatores que não podemos controlar, como o câmbio do dólar para o real, mas são variáveis que nós já levamos em conta. Não queríamos entrar no Brasil e ter de aumentar nossa faixa”.

Mercado

A concorrência no mercado tem várias influências nas empresas que o compõe e sempre se especulou que a chegada da Forever 21 no Brasil pudesse influenciar nos preços do setor de “fast fashion” (que inclui nomes como Marisa, CeA, Renner e Riachuelo, entre outras). “Para uma loja só ter esse poder, geralmente, ela tem que ser líder de mercado”, comenta o economista da Fecomércio, Rafael Ramos. Como já chegou conhecida de parcela dos consumidores, a marca norte-americana pode sentir uma demanda mais rápida. “Mesmo assim, é preciso um tempo razoável, cerca de um semestre, para que o setor perceba a redução do volume de vendas e comece a reduzir preços”, concluiu Ramos.

Folha de Pernambuco on-line – PE

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Respostas a este tópico

Nossos conterrâneos Nordestinos devem atentar para a composição das matérias primas dos confeccionados, pois o clima é bastante peculiar.
A forte e importante região de confecções existente deve ser procurada como importante fornecedora de produtos.

Julio Caetano

    

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