Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Formação do profissional do design no ensino e no mercado


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O ensino de Design no Brasil iniciou-se em 1963, com a criação da primeira escola de Design no Brasil, a ESDI – Escola Superior de Desenho Industrial.

Em 1988, por ocasião da introdução do novo currículo mínimo, redefiniram-se os
termos. Desenho industrial passou a designar a profissão, enquanto programação visual e projeto de produto se referiam às duas habilitações já existentes.

Ainda em 1988, na plenária final do V ENDI - Encontro Nacional de Desenhistas Industriais -, em Curitiba, decidiu-se pela aprovação da proposta de alteração do nome da profissão para Design, como termo genérico. Cada uma das diversas áreas de atuação, que vêm se multiplicando, seria especificada por um complemento: Design gráfico, Design de produto, Design têxtil, Design de moda (ou de vestuário), assim como suas sub-especializações (Design de móveis, Design de embalagem). Essas denominações foram posteriormente ratificadas em consulta feita a professores e alunos dos cursos até antão existentes no país e passaram a ser adotadas pelas associações da categoria.

Segundo este panorama, podemos verificar o quanto é nova a carreira e a formação do profissional de design no Brasil. Também a academia deve se articular a fim de ajustar-se às necessidades de mudança e caracterização correta do designer para a sua interface com o mercado.
A indústria também por sua vez ainda não descapsulou dos antigos conceitos e tem dificuldade de entender como ocorre esse novo processo, no qual o designer deve ser incluído como ator articulador de todo o procedimento.

A função design de moda tem pouco mais de 20 anos/ Reprodução



Ainda estamos engatinhando nesse novo método que é a formação do profissional de design: ensinar, fazer, estudar, contemplar e entender. De fato, esta é uma palavra abrangente e carrega em si muitas responsabilidades que ainda são discutidas e ponderadas em todos os setores.
Como realizar a formação do profissional de design para o mercado com uma visão tão holística, com alto grau de inter-relacionamento pessoal, conhecimento técnico, entender de processos, capacidade de projetar, senso estético etc..

São funções muito dispares que necessitam de um perfil pessoal muito interdisciplinar, que vem contra a corrente do especialista, de onde você é exigido para ser o melhor em um segmento único, que é claro, tem interfaces, mas a principal veia é sempre um assunto em particular, como os números para o contador, a anatomia para o médico, a física para o engenheiro.

Acredito que essa é a grande dificuldade para encaixar e entender o design, ele faz parte de tudo como articulador e ao mesmo tempo não faz parte de nada em específico, é como se fosse uma brisa reconfortante, que aconchega e traz um brilho especial a paisagem.

Por Andrea Zatta
Consultora e Coordenadora da Pós Graduação de moda e Gestão do Senai Londrina

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