Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

O formato de outlets começou a ser desenhado na década de 30, quando algumas empresas americanas passaram a vender produtos com defeito ou excedentes aos funcionários. Atualmente, há 400 empreendimentos distribuídos na América do Norte, Europa e Ásia, somando 20 mil lojas. Ao lado de chineses, russos e árabes, os brasileiros figuram no topo do ranking dos clientes internacionais mais assíduos nesses centros de compra nos últimos anos.

As nove 'villages' da rede Chic Outlet Shopping registraram 36% de brasileiros circulando por suas lojas em 2013. O reembolso de impostos gerados por brasileiros cresceu 42% e o gasto médio foi de 281 euros no ano passado. Nos outlets americanos o movimento é ainda maior. De acordo com o departamento de Comércio dos Estados Unidos, a atividade mais comum de 95% dos brasileiros no país é fazer compras.

Para Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), o conceito de premium outlets está bastante enraizado no público brasileiro com poder de compra, que está acostumado a consumir marcas diferenciadas nos principais premium outlets do exterior, principalmente em destinos turísticos nos Estados Unidos. O grande desafio das operações nacionais, entretanto, ainda é criar o hábito do brasileiro se deslocar com o objetivo único de fazer compras em outlets. "O fluxo maior ainda é o da redondeza e o de passagem, não de destino. Isso só mudará com propostas de preços atraentes, produtos de qualidade e uma comunicação mais ativa", avalia Terra.

Moradora de Jundiaí, distante 21 quilômetros do Outlet Premium, de Itupeva, a ecóloga Gabriela Matsunaga De Angelis, é frequentadora do empreendimento desde a abertura. "Como é perto de casa, preferimos comprar lá a ir ao shopping, embora os preços não sejam tão atraentes quanto os praticados em outlets nos Estados Unidos", afirma. "A vantagem está em poder comprar uma calça Calvin Klein pelo preço cobrado no shopping por um jeans da TNG ".

Comparar os outlets nacionais com os americanos é uma prática que muitos consumidores adotam, embora saibam que por aqui nem de longe os lojistas conseguirão praticar preços tão atraentes quanto os de lá, mesmo em dias de liquidação ou ofertas especiais. E as razões para isso são as mais variadas, desde a carga tributária aplicada até os custos de ocupação pagos pelos varejistas, passando pelo custo da mão de obra e preço de partida de cada uma das peças.

Sócia da Discover, agência de viagens e eventos, com sede em São Paulo, Denise Amado já perdeu as contas de quantas vezes viajou e acompanhou grupos de turistas aos principais outlets americanos. Em todas, a avidez por encher as sacolas por parte dos brasileiros era incontestável, em razão da variedade, das novidades e dos preços. "Embora os novos outlets brasileiros estejam mais atraentes do que no passado, nunca serão tão compensadores quanto nos Estados Unidos", diz Denise. "Já visitei alguns no Brasil e, sinceramente, ainda acho que a diferença de preço é muito pequena, não paga a gasolina e o pedágio. Estamos longe do ideal".


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