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O valor do negócio não foi divulgado, mas a operação prevê a cogestão do negócio. Segundo a IMM, o objetivo dessa nova aquisição é diversificar ainda mais o portfólio, passando a dispor também de uma poderosa marca do universo da moda.
“A chegada do SPFW torna nosso portfólio completo e robusto, com opções de produtos de esporte e entretenimento, que vão permitir que as marcas dos nossos parceiros criem experiências, relacionamento e proximidade com seus públicos. Não existe outro evento de moda no Brasil que possa ser comparado ao SPFW do ponto de vista de impacto e relevância para o mercado”, disse Alan Adler, presidente da IMM, em um comunicado.
A Inbrands, proprietária das marcas Ellus, Richards, VR, Salinas e Bobstore, tornou-se sócia em 2008 da Luminosidade, realizadora da São Paulo Fashion Week. Paulo Borges, fundador da semana de moda e dono de 25% da Luminosidade, permanecerá à frente do negócio, como diretor criativo e de operações.
“Vamos continuar trabalhando pelo futuro da moda. Com essa associação, o SPFW ganha mais estrutura e expertise para levar adiante os planos iniciais de um projeto de longo prazo,” afirma Paulo Borges.
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Agora, a IMM , que pertence ao fundo de investimentos Mubadala Development Company, de Abu Dhab, terá poder de veto sobre a semana de moda e poderá, por exemplo, aplicar sua experiência em venda de ingresso e cotas de patrocínio. A IMM se chamava IMX até 2015, quando foi vendida pelo empresário Eike Batista. Além da expertise na organização de eventos de grande porte como o Rio Open (maior torneio de tênis da América do Sul), o UFC e o Rock in Rio (em sociedade com a Rock World S.A, detentora da marca), a IMM tem a plataforma TUDUS, que é responsável pela venda de ingressos online e off-line para os eventos da empresa e de terceiros.
Em duas décadas de existência, a SPFW se tornou a maior plataforma de moda da América Latina, com investimentos de cerca de R$11 milhões por edição. Desde o inicio, a semana de moda foi pensada como um projeto de 30 anos. Com esforço e investimento do setor privado e público, foi possível estabelecer um calendário de lançamentos que abriu novas perspectivas para a moda e o design brasileiros. Neste período, diversos formatos passaram a ser testados, como o recente "see now, buy now", em que as peças desfiladas ficam disponíveis imediatamente para compras nas lojas.
Para além das mudanças de calendário, o evento enfrenta uma queda expressiva de patrocínio (em 2017, a Prefeitura de São Paulo cortou 37% da verba destinada à semana de moda) e da participação de grandes grifes, como Triton, Colcci, Ellus, Cavalera e Forum, que traziam famosos para a passarela, gerando mais interesse do grande público e da mídia. Como o investimento para participar do evento é alto, algumas grifes avaliaram que o retorno não compensava o custo.
Além disso, a Inbrands vem acumulando prejuízos, com uma dívida líquida que atingiu R$ 593 milhões em setembro de 2017.