Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Divulgação / DivulgaçãoAcima, o elegante time do Arsenal, em roupas da maison francesa Lanvin

Moda e futebol têm pelo menos algo em comum: a paixão que costumam despertar nas pessoas. Muita emoção e pouca razão regem as relações entre esses temas e seus aficionados. Essas e outras coincidências serão discutidas durante o 1º Seminário Brasileiro Moda & Esporte, que acontece dia 9 de junho na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro. O seminário tem patrocínio da FGV e apoio de duas instituições francesas - École des Dirigeants et Créateurs d'Entreprise (EDC) e Sports Management School (SMS) - além da FIFA Master Alumni. A idealização do evento é de Paula Acioli, coordenadora acadêmica do curso da FGV de Gestão de Negócios no Setor da Moda, e de Pedro Trengrouse, coordenador do curso FGV/FIFA/CIES em Gestão, Marketing e Direito no Esporte. "Conversando, Pedro e eu chegamos à conclusão de que tínhamos nas mãos dois temas incríveis e oportunos para um seminário internacional e inédito no Brasil", diz Paula. "Nesta primeira edição, por conta da Copa do Mundo, estamos privilegiando o futebol".

Paula Acioli: "O campo de futebol é um trampolim para as grifes de moda"

De acordo com Paula, o seminário terá painéis com "temas que farão recortes e costuras demonstrando a forte ligação entre moda e esporte, desde muito tempo atrás". Entre os destaques do evento, que é aberto ao público (mediante inscrição), está uma homenagem ao criador do primeiro uniforme verde e amarelo da seleção brasileira, Aldyr Schlee. "Haverá a exibição do documentário 'Gaúchos Canarinhos', de Renê Goya Filho, que narra o processo de mudança dos uniformes, que até a Copa de 1950 não tinham muita identidade", diz Paula.

Após a criação de Schlee, que tinha 20 anos de idade na época, a imagem da seleção brasileira tornou-se emblemática. "A camiseta verde e amarela virou símbolo de uma nação". Esse painel contará com a presença de Antonio Leal, idealizador do Cinefoot Festival (especializado em filmes, documentários e curtas sobre futebol).

A feliz combinação entre moda e futebol tem exemplos recentes, no Brasil e no exterior. No final do ano passado, a Maison francesa Lanvin estreou nesse universo com a criação dos costumes oficiais dos jogadores do Arsenal Football Club - feitos de lã italiana Super 110, na cor azul-marinho. No Brasil, a Adidas, uma das gigantes do mundo esportivo, lançou, nesta estação, uma coleção em parceria com a grife feminina Farm, do Rio de Janeiro. A linha, rica em estamparia tropical, refaz o desenho de jaquetas, calças e calções esportivos - dando a eles um toque "fashion". A Adidas será uma das participantes do 1º Seminário Brasileiro Moda & Esporte, com um painel sobre tecnologia de matéria-prima e sobre a história da marca.

A também brasileira Osklen apresentou, durante a última São Paulo Fashion Week (SPFW), uma elogiada coleção inspirada no futebol. "A moda influencia o futebol e vice-versa", aponta Paula. O desenvolvimento da tecnologia têxtil, por exemplo, é um dos principais benefícios trazidos pela indústria esportiva. "Essas pesquisas e os novos produtos resultantes dela, cedo ou tarde, acabam indo para a passarela e, depois, para a indústria da moda", afirma a idealizadora do seminário.

A camisa polo, por exemplo, já foi uniforme esportivo - hoje compõe o figurino urbano masculino. Tecidos com proteção contra radiação ou com propriedades bactericidas foram desenvolvidos para melhorar o desempenho dos atletas, mas hoje fazem parte do guarda-roupa casual. Em compensação, foi graças à moda que a roupa esportiva deixou de ser careta e ganhou ousadia no design. "Hoje, o campo de futebol é um trampolim para as grifes de moda", afirma Paula. As chuteiras são um capítulo à parte: supercoloridas e ousadas, elas viraram febre não apenas entre os praticantes de futebol, mas entre os jovens estilosos.

Entre bate-papos, conferências e a participação de craques da moda e da bola - os ex-jogadores da seleção Zico e Romário são presenças aguardadas - o seminário promete aquecer discussões de cunho, digamos, mais humano. Isso porque, se no passado, o esporte liberou a mulher para usar roupas mais curtas e tipicamente masculinas, hoje é graças a alguns de seus atletas que o comportamento masculino está mudando. "De certa forma, o futebol, com a ajuda da moda, vem legitimando a vaidade masculina", diz Paula. O visual excêntrico e superproduzido - como o de Cristiano Ronaldo e David Beckham - não assustam mais quase ninguém. Ponto para eles.


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Por Vanessa Barone | Para o Valor, de São Paulo


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O  futebol foi e  sempre será  exemplos  que si refletiram  na moda, e um eterno puxador de tendência em todo mundo, mais  a poucos anos explorado, ultimamente vem si descobrindo que o futebol é uma grande fonte de renda também na moda!...O futebol esta  nos grandes centros urbanos,  como também esta nos campos de vazea,  e dando renda e lucro a todos!...O esporte no geral devemos tratar com muito respeito e carinho, lá esta nossos filhos amanha esta nossos  netos.

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