Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Futuro da moda: marcas usam inteligência artificial nas criações

De roupas a campanhas editoriais, etiquetas e artistas apostam na IA para a programação de imagens realistas.

Dois modelos em fundo futurista. A dupla está usando boné branco e estão cobertos por véus - MetrópolesMax Rocha/AirTificial/Divulgação

E se as roupas pudessem ser criadas por texto? Saem agulhas, tecidos e até modelos para darem espaço a palavras e códigos, capazes de programar o caimento, cor e até o ambiente de um editorial. Diante desse cenário, estilistas e artistas recorrem a Inteligência Artificial (IA), em programas capazes de entregar visuais atraentes, facilitando também o processo de criação de moldes e protótipos virtuais para os designers. As ferramentas são alimentadas por algoritmos de visão computacional, permitindo, assim, que as marcas ofereçam uma experiência mais realista e precisa aos clientes.

Vem conferir algumas marcas que apostam na IA!

Giphy/Max Rocha/AirTificial/DivulgaçãoGiphy/Max Rocha/AirTificial/Divulgação

AirTificial

A etiqueta AirTificial será lançada nesta segunda-feira (30/1). Trata-se de uma marca de moda futurista autoral, viva e fluida, que se adapta ao seu próprio tempo, sem se conformar com ele. O projeto brasiliense é conduzida pelos sócios Max Rocha, Igor Borges e Pedro Hermano.

Para a estreia no mercado fashion, a label aposta na Inteligência Artificial no editorial da primeira coleção. O conceito de IA sempre foi algo presente desde a concepção da marca, expresso pela estética futurista e foi uma das ferramentas recorridas para e criação das imagens de moda.

“Ao longo do processo de desenvolvimento da marca, o uso da tecnologia foi se tornando mais acessível e viável, o que tornou possível aplicá-la em nosso primeiro editorial, materializando o que era somente teórico no inicio. É como um momento full circle onde tudo se encaixa”, revela Max em entrevista à coluna.

Max Rocha/AirTificial/DivulgaçãoModelo em editorial feito com inteligência artificial - Metróples
Para Max, o uso da IA foi essencial para traduzir a visão estética de cenários e moods que os empresários queriam para o editorial

Max Rocha/AirTificial/DivulgaçãoModelo em editorial feito com inteligência artificial - Metróples
“Trabalhamos o conceito de storytelling, as coleções acontecem dentro do mundo da marca e cada uma delas conta um capitulo da historia. Acreditamos que assim, além de ‘estar na moda’ podemos criar moda por meio dessa experiência que nosso público pode vivenciar”, celebra Max

Max Rocha/AirTificial/DivulgaçãoModelo em editorial feito com inteligência artificial - Metróples
A AirTificial chega ao mercado com a proposta de moda brasiliense do futuro

Max Rocha/AirTificial/DivulgaçãoModelo em editorial feito com inteligência artificial - Metróples
A marca também surge como expressão da consciência coletiva por meio das conexões reais, naturais, artificiais e/ou virtuais das atividades humanas interconectadas pela internet

Para o editorial, a marca escreve seu primeiro capítulo com um drop de acessórios. No portfólio de lançamento, está o mix de peças constituído por boné, meia e brincos. Os produtos são protagonistas dos cliques que dão tom ao universo da AirTificial no mercado.

Após amarrar o conceito editorial, o fotógrafo e diretor criativo utilizou da programação IA para construir a cenografia.

“A partir da pré-produção, fiz um roteiro e depois viabilizamos a produção delas. Em seguida, selecionamos modelos, locações e fizemos o styling de modo a evidenciar os produtos. Na pós-produção, integramos o IA para ajudar na criação dos cenários e fundos. Traduzindo, assim, todo o conceito e universo da marca para o editorial”, explica Max.

Max Rocha/AirTificial/DivulgaçãoModelo em editorial feito com inteligência artificial - Metróples
Para embasar o editorial, a narrativa acontece no futuro, onde a civilização já deixou a terra ou boa pare dela já morreu. Então, os humanos da posteridade retornam ao planeta para recolher destroços e investigar o motivo da extinção.
Modelo em editorial feito com inteligência artificial - Metróples
Logo, referências de alienígenas, fossilizadas e itens que remetem a culturas antigas também estrelam o editorial

Max Rocha/AirTificial/DivulgaçãoModelo em editorial feito com inteligência artificial - Metróples
Toda a história de aliens “do passado no futuro” serve como base da programação que criou os fundos das fotos e cenários

Max Rocha/AirTificial/DivulgaçãoModelo em editorial feito com inteligência artificial - Metróples
“Os aliens de passado somos nós! É como se fosse um ciclo, um looping, que amarra no conceito da logo”, revela Max

Newfacet

A marca Newfacet também apostou na IA para criar uma campanha de moda abstrata, recorrendo a programação. “Nenhuma das pessoas ou peças de roupas realmente existe”, detalhou a etiqueta em publicação nas redes sociais.

O resultado é uma série de fotos realistas, com direito a modelos e acabamento polido das roupas nas fotos divulgadas. A empresa de moda também explica que os produtos de vestuário são derivados de peças já existentes nas prateleiras.

Newfacet/DivulgaçãoModelo e roupas criadas por inteligência artificial - Metrópoles
O projeto Newfacet une IA e moda

Newfacet/DivulgaçãoModelo e roupas criadas por inteligência artificial - Metrópoles
A empresa promete mostrar aos clientes como a tecnologia pode ser utilizada para criar roupas e acessórios personalizados e únicos

Newfacet/DivulgaçãoModelo e roupas criadas por inteligência artificial - Metrópoles
A empresa busca usar a tecnologia para oferecer experiências cada vez mais personalizadas e inovadoras para o futuro

Newfacet/DivulgaçãoModelo e roupas criadas por inteligência artificial - Metrópoles
A marca espera estabelecer sua posição como líder no setor de moda tecnológica e inovadora

Para alcançar o resultado final, a label utiliza o programa Stable Diffusion de IA. O recurso entra em cena para testarem e visualizarem diferentes visuais de uma maneira rápida e fácil. Simplificando assim, o processo de criação das coleções e aprimorando as possibilidades de experimentações.

O projeto Newfacet foi lançado em novembro do ano passado. Apesar de aparentar idade recente no mercado, a empresa teve a sua primeira participação no Paris Fashion Week de outono/inverno 2023/34. Em colaboração com a marca Gore-Tex, a exposição, levou produtos conceituais criados por IA do passado e do futuro.

Paul Trillo x Shyama Golden

O diretor de arte Paul Trillo costuma desafiar a curiosidade e a ilusão. Baseado em Los Angeles, na Califórnia, o artista tem criado experimentos usando Inteligência Artificial. Em parceria com a artista Shyama Golden, o profissional desenvolveu um desfile de moda com 100 looks.

A dupla preparou ainda uma apresentação com máscaras faciais, joias e formas orgânicas, também produzidas em IA. “O que você é hoje não é o que você era ontem”, endossou Paul, em publicação da mais recente criação conceitual.

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Inteligência Artificial

Não é recente o flerte da moda com a Inteligência Artificial. A tecnologia passou a auxiliar os estilistas na criação de novas coleções. Protótipos de peças, desfiles programados e até modelos virtuais passaram a ser frequentes na indústria.

Programas como Midjourney, Dall-e e Stable Diffusion passam a ganhar adesão também das marcas. Eles proporcionam imagens, roupas e ambientes completamente programados por perguntas em texto, por meio de algoritmos.




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