Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A Gap está ingressando no mercado da Índia. A varejista americana de moda tem planos de abrir 40 lojas até o fim do ano que vem, no mais recente exemplo do caráter agressivo de sua expansão rumo aos mercados emergentes.

A rede sediada em San Francisco informou ontem que fechou um acordo com um franqueador, a Arvind Lifestyle Brand Limited, para implementar as lojas no segundo trimestre do ano que vem, a começar pelas duas maiores cidades da Índia, Mumbai e Nova Déli.

A Gap vem se expandindo para os mercados emergentes para neutralizar os efeitos da queda das vendas no mercado de origem, causada pela acirrada competição da parte de concorrentes mais baratas, do segmento conhecido como "fast-fashion", como a Uniqlo e a Zara.

No ano passado, a Gap abriu suas primeiras lojas no Brasil, Hungria, Paraguai, Peru e Costa Rica. Além disso, o grupo americano divulgou planos em julho de ingressar na Áustria e na Eslovênia, o que elevará sua presença para 44 mercados.

"Para nós a Índia é um próximo passo importante em nossa estratégia de expansão mundial", disse Stefan Laban, vice-presidente-sênior da Gap International. "Tentamos nos expandir lá por anos, mas só agora sentimos que o momento é oportuno."

Embora a Índia continue sendo um baluarte das formas tradicionais de vestir, com saris (longas peças de tecido envoltas no corpo) e "salwar kameez" (calças folgadas, ajustadas no tornozelo, acompanhadas de túnicas), muitos jovens indianos de alta renda estão adotando roupas de estilo ocidental como parte de seu guarda-roupa habitual.

Laban observou também que o conhecimento dos consumidores indianos sobre a Gap foi impulsionado por campanhas com astros de Bollywood e pelo surto de crescimento das viagens ao exterior de turistas indianos endinheirados.

O grupo Arvind é um dos maiores produtores de brim da Ásia e fornecedor de longa data da Gap. Além disso, opera na Índia mais de mil lojas de varejo das grandes marcas americanas de moda, como Nautica e Tommy Hilfiger.

Embora a Índia seja um dos dez principais países fornecedores da Gap, Laban disse que boa parte das roupas das lojas indianas será importada, apesar das altas tarifas. Outras redes que estrearam na Índia, como a Marks & Spencer, enfrentaram dificuldades até se abastecerem principalmente com produtos de fabricação indiana, para reduzir os preços. "Temos consciência das tarifas alfandegárias mais altas, mas gastamos tempo considerável para referenciar a fixação dos preços dos produtos nas concorrentes tanto locais quanto internacionais", afirmou Laban. "A Gap pode e vai competir no país."


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Por Elizabeth Paton e Amy Kazmin | Financial Times, de Nova York e Nova Déli



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