Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI


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Por Eduardo Vilas Bôas
Professor de Moda do Senac SP


Design, muitas vezes, é usado como sinônimo de estilo, qualidade e status quando se usa, por exemplo, uma peça de design ou uma roupa de designer famoso. No início dos anos 80, Kotler e Rath (1984) já chamavam a atenção para o design como uma importante ferramenta estratégica de marketing, definindo-o como sendo o “processo que procura otimizar a satisfação do consumidor e a lucratividade da empresa através do uso criativo dos principais elementos do design (performance, qualidade, durabilidade, aparência e custo) em conexão com produtos, ambientes, informação e identidades corporativas”.

Tradicionalmente uma maneira de descrever a versão final e a configuração final de um produto, o design trata de uma definição simples, mas excessivamente generalista, capaz de induzir a interpretações falsas ou confusas como, por exemplo, referir-se meramente à aparência externa do produto, sem considerar sua performance ou configuração interna.

Cada vez mais a palavra design é usada em seu sentido mais amplo, de descrever um processo interdisciplinar através do qual produtos são planejados e trazidos ao mercado. O processo envolve um grande número de diferentes habilidades funcionais, tocando uma série de questões comportamentais.
A gestão do design e, por consequência, o desenvolvimento de produtos com toda dinâmica da inovação são resultantes, não de um processo individual de criação de um designer ou outro profissional isoladamente, mas da interação deste com outros atores da sociedade, da carga sociocultural que o alimenta.

A Moda, por sua vez, pode ser entendida como uma dinâmica sociocultural que motiva a busca do indivíduo por um estilo que o diferencie dos demais, lhe confira status e ao mesmo tempo o inclua em determinado grupo social. Dessa forma, o design da moda seria a vertente que desenvolve produtos com valor agregado de moda, sendo o valor de moda a adequação à tendência de estilo, cor, textura, forma e temporalidade.

O design tem sido reconhecido como uma importante dimensão competitiva, sendo bastante comum que o design seja associado basicamente com o aspecto externo do produto, no entanto, mais do que estética, o design tem uma forte inter-relação com a funcionalidade e ergonomia do produto.

Assim, os princípios do bom design apontam para que seja: inovador; enriqueça a utilidade do produto; seja estético; exiba a estrutura lógica de um produto; seja facilmente percebível; honesto, duradouro, detalhista; conscientemente ecológico e simples.



 Por Eduardo Vilas Bôas
Professor de Moda do Senac SP

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