Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Gigantes da moda estão ‘devendo’ no quesito sustentabilidade, diz estudo

Um novo relatório do Business of Fashion revelou que as 15 maiores empresas da indústria de moda ficaram “devendo” no que diz respeito ao cumprimento das metas ambientais e sociais subjacentes ao Acordo de Paris e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Entre as marcas citadas estão Kering, Adidas e H&M.

O estudo divulgou publicamente informações das cinco maiores empresas, tendo em conta o nível de receitas em três categorias – luxo, sportswear e moda urbana. O Business of Fashion avaliou as empresas mediante o progresso realizado no cumprimento de 16 metas alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nas Nações Unidas e o Acordo de Paris, incidindo em parâmetros como as emissões, resíduos, direitos dos trabalhadores, água e também materiais. A transparência foi igualmente um dos critérios tido em conta, assim como a informação disponível sobre as práticas de cada empresa.

No topo da lista, com 49 pontos, ficou a Kering, enquanto a Under Armour ocupou a última posição, com nove pontos – sendo que a pontuação média das empresas foi de 36 pontos.

Umas das principais conclusões do relatório aponta para o fato das empresas divulgarem mais informações sobre as metas traçadas do que as ações desempenhadas para efetivamente as concretizar. “Práticas de trabalho opacas e definições confusas do que constitui um “bom” progresso complicam ainda mais as coisas, criando uma imagem vaga de onde a indústria está e quais é que são as etapas necessárias a cumprir”, afirma o relatório.

No critério de transparência, a Kering e a Nike foram as mais bem classificados, enquanto a PVH Corp, a Levi Strauss e a VF Corp registaram o melhor desempenho nos esforços para reduzir as emissões. No final da lista, a Under Armour teve as pontuações mais baixas em todos os parâmetros, à exceção dos direitos dos trabalhadores, uma vez que a LVMH ficou um ponto abaixo.

Nas seis categorias analisadas – emissões, resíduos, direitos dos trabalhadores, água, materiais e transparência –, as pontuações da Hermès, LVMH e Richemont foram, em média, inferiores às da H&M, Inditex, Gap e Levi Strauss.

De modo geral, as empresas negligenciaram mais os resíduos e os direitos dos trabalhadores, com a Fast Retailing, Under Armour e Richemont se destacando com as pontuações mais baixas em todas as categorias.

Marie-Claire Daveu, diretora de sustentabilidade da Kering, reconheceu estar orgulhosa dos resultados no relatório do Business of Fashion. Questionada sobre o fato do relatório destacar que todas as empresas estavam aquém das metas, a executiva admitiu que a sustentabilidade é um “caminho longo e sem fim”.

Já a Adidas referiu estar colaborando com os respetivos parceiros para se atingir a neutralidade climática até 2025 e também em todas as cadeias de aprovisionamento até 2050.

Segundo as estatísticas do Fórum Econômico Mundial, a indústria da moda é responsável por, pelo menos, 4% das emissões globais dos gases de efeito de estufa, motivo pelo qual o sector enfrenta, cada vez mais, pressão tanto por parte dos consumidores como dos governos para diminuir o impacto ambiental.

Fonte: Portugal Têxtil | Foto: Reprodução

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