Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Acetato: o acetato ou raiom acetato, é uma fibra artificial a base de celulose, obtida por processo semelhante ao da viscose, utilizada como substituta da seda natural, o consumo do acetato é reduzido, especialmente no caso de aplicações têxteis. Embora apresentando características gerais similares às da viscose, não reage bem aos processos normais de tingimento, exigindo a utilização de técnicas especiais. Suas maiores aplicações estão na produção de filtros para cigarros, rendas, cetins e material de estofamento.

 

Acrílico ou Poliacrílico: fibra sintética que embora sendo a menos consumida dentre as fibras químicas têxteis, o acrílico, por suas características, ocupa espaço próprio no setor de confeccionados têxteis como o melhor substituto da lã.

A matéria prima é acrilonitrilo (cianeto de vinila) que pode ser obtido a partir do amoníaco, propilenos e oxigênio. A polimerização do acrilonitrilo efetua-se em emulsão na água e os catalisadores utilizados são peróxidos minerais. Podem ser utilizados dois processos de fiação:

Fiação a seco: A fieira desemboca numa câmara de evaporação onde os filamentos reencontram uma corrente de ar quente, de azoto ou vapor de água.

Fiação úmida: a coagulação faz-se num banho rico em água, o qual contém um coagulante que é, a maior parte das vezes, uma mistura água diluente.

É um produto “quente” (bom isolante térmico) e leve, muito resistente à ação dos raios solares (radiação ultra-violeta) e aos agentes químicos, não amassa,de fácil lavagem, não encolhe e seca rapidamente. Tem larga aplicação na fabricação de artigos de inverno: agasalhos em geral, meias, gorros, cobertores, mantas e tecidos felpudos; além disso, por ser não-alergênico, é muito utilizado na produção desses mesmos artigos para uso infantil. Ver: Feltro Feltycril, Pelúcia, Pelúcia Selvagem.

 

Albene: tecido para vestuário produzido com fio de acetato opaco.

 

Algodão: fibra natural de origem vegetal procedente do algodoeiro. O tecido a base de algodão detém melhor capacidade de absorção de umidade é adequado para o clima brasileiro, quente e úmido. A transpiração do corpo é mais bem absorvida quando se usa tecido com algodão em sua composição.

Características: macio e confortável; durável; resistente ao uso, à lavagem, à traça e insetos; lava-se com facilidade; tem tendência a encolher e a amarrotar; atacado por fungos; queima com facilidade; não resiste a produtos químicos;Limite de umidade: Não mercerizados: 8,5%; Mercerizados: 10,5%.

Aplicações: Confecção, tecidos para uso doméstico, tecidos profissionais.

 

Algodãozinho ou Algodão: nome genérico utilizado para denominar qualquer tipo de tecido cru ou alvejado, geralmente com ligamento sarja, feito com fibras de algodão.

 

Alpaca: tecido barato de algodão ou viscose empregado em forros de roupas. Originário de tecido antigo, fino e brilhante, que era produzido com fios dos pelos da Alpaca.

 

Alta Costura: Setor da indústria têxtil, envolvendo os tecidos, as fábricas e especialmente os costureiros, produzindo vestidos de alto luxo, feitos a mão e com exclusividade. Os tecidos e os vestidos são sempre realizados por especialistas e artistas de muito bom gosto, ditando a moda para o mundo inteiro. Os principais costureiros franceses são: Christian Dior, Balmain Givenchy, Chanel, L. Ferraud, Grès, Balenciaga, J. Fath, Jean Patou, Pierre Cardin, Y. Saint Laurent, Courrèges, Ungaro, etc.

 

Anarruga: tecido com efeito enrugado ou plissado no urdume ou na trama, conseguido através da utilização de fios com encolhimentos diferentes, muito utilizado em roupas leves para o verão, como blusas, vestidos, etc..

 

Angorá: variedade de gato, coelho e cabra da região de Angorá, na Turquia. Os pêlos destes animais são muito compridos, brilhantes e macios. Utiliza-se também esta palavra para denominar os tecidos feitos com estes fios.

 

Aniagem: pano grosseiro sem acabamento, de juta, cânhamo, ou de outra fibra vegetal análoga, usado para confecção de fardos.

 

Arrastão: tipo de malha com ligamentos bastante abertos, semelhante a um rede de pescador.

 

Astracã ou Astrakan: tecido, parecido com a pelúcia, imitando a pele deste animal.

 

Atoalhado (Felpo): tecido obtido por fios em forma de laços que emergem da estrutura básica, dando um efeito felpudo em uma ou ambas as faces. Usado em toalhas de banho, roupões, etc. Conhecido também como felpa ou felpudo. Ver: Tecido Felpo

 

Baeta: tecido felpudo normalmente feito de lã.

 

Bailarina: tecido de malha de poliamida texturizada, de gramatura média.  

 

Batavia: ligamento sarja 2/2, denomina-se, também, tecido de lã para uso masculino com este ligamento, muito divulgado

pelos lanifícios.

 

Batik: tecido muito antigo de algodão, estampado e produzido na Índia e Indonésia. Atualmente, ainda muito utilizado, ele é

estampado com o processo à cera e após pintado a mão, o que lhe confere uma característica original e delicada.

 

Batiste: tela fina, semelhante a cambraia, e transparente de linho,de algodão ou mista com acabamento firme (inventor: Jean Baptiste Chambray – século XIII), muito utilizado para blusas, lenços, lingerie e sub vestimentas.

 

Bayadère: Tecido onde os desenhos formam listras brilhosas, cor ou aspecto diferentes no sentido da trama. Hoje, o efeitobayadère pode ser obtido pelos desenhos e através de fios de cores, brilhos ou torções diferentes.

 

Binar: ato de juntar dois fios a.

 

Bordado: lavor feito em relevo, sobre estofo ou pano, à linha, fio de lã, prata ou ouro, etc.

 

Botonê: tecido fantasia com efeito de coco ralado, produzido com fio fantasia do mesmo nome e que têm pequenas bolas de fibras enroladas.

 

Bouclê: tecido com efeito fantasia de laçadas, resultando numa textura crespa, produzido com fio fantasia do mesmo nome, que é um fio retorcido onde aparecem laçadas e nós, resultando uma textura crespa, o nome origina-se da palavra francesa “boucler” que significa encaracolar.

 

Brim: tecido forte com desenho em sarja, de algodão. Ele se assemelha ao coutil, jeans, denim. Atualmente é muito utilizado além de confecção (calças, bermudas, uniformes, etc.), para decoração, toalhas de mesa, guardanapos, fundo de palco, etc. Ver: Brim sarjado, fortbrim, mykonos, etc.

 

Brocado: tecido jacquard com desenhos em relevo realçados por fios de ouro ou de prata, origina-se da palavra francesa “broucart” que significa ornamentar.

 

Cala: é a abertura formada por duas camadas de urdume (entre os fios pares e impares) por onde se passa os fios da trama.

 

Calandra: máquina composta basicamente por dois cilindros de aço aquecidos nos qual o tecido passa para obter diversos tipos de tratamentos, com dar brilho, alisar, fechar porosidades, encorpar (usando resinas), e obter outros tipos de efeitos.

 

Camayeux: chamamos duas cores em “camayeux”, quando elas são da mesma cor porém com intensidade ou tom diferentes. Exemplo: azul claro – azul marinho, amarelo claro – amarelo ouro. Efeito destinado a jacquard, estampado, mistura de fios, etc.

 

Cambraia (“Batiste”): tecido de algodão ou linho leve, com desenho tafetá, para camisas e blusas finas, semelhante ao Batiste. Nome originado da cidade de Cambraia, França. A cambraia de lã é um tecido mais pesado em ligamento sarja com fios de cores contrastantes no urdume e na trama, usado para ternos.

 

Canela: pequeno canudo ou bobina em que se enrola o fio para a tecelagem.

 

Canelado(“Cannelé”):

A)Tecido com listras verticais ou horizontais em relevo formadas pelo ligamento reps.

B) Ligamentos chamados também de reps pelo urdume, apresenta ranhuras, estrias ou sulcos semelhantes a diminutos canaletes. São semelhantes aos desenhos de cotelê, ottoman e faile, existem dois tipos básicos deste desenho, a saber:

I- Canelado Duplo: Os fios ímpares flutuam em cima de uma quantidade de batidas determinada. Os pares formam o tafetá. A proporção pode variar para 2/1, 2/2, 1/2. Depois os ímpares formam o tafetá e os pares flutuam. O tamanho do efeito cotelê depende da quantidade de batidas para cada grupo de fios pares e ímpares. Tecido feito apenas com um rolo.

II- Canelado Simples: Os fios ímpares sempre flutuam para formar o cotelê e os fios para sempre ligam em tafetá. Neste caso os fios flutuando devem ser ligados com uma ou três tramas, entre cada cotelê. O inconveniente deste desenho é o fato de necessitar 2 rolos de urdume. Estes tipos de desenho são muito utilizados para os tecidos jacquard.

 

Cânhamo: fibra, fio ou tecido de cânhamo, que é uma planta herbácea da família das canabidáceas [ Cannabis sativa (v. cânabis ] , amplamente cultivada em muitas partes do mundo. As folhas são finamente recortadas em segmentos lineares; as flores, unissexuais e inconspícuas, têm pêlos granulosos que, nas femininas, segregam uma resina; o caule possui fibras industrialmente importantes, conhecidas como cânhamo; e a resina tem propriedades estupefacientes. É uma fibra mais lenhosa do que o linho e, conseqüentemente, é mais rígida. O cânhamo tem sido usado em quase todas as formas de aplicação têxteis: tecidos finos, cortinas, cordas, redes de pesca, lonas, etc., além de misturado a outras fibras, naturais e/ou artificiais.

 

Canvas: tecido pesado de algodão em ligamento tela, usado para calças tipo jeans.

 

Carda: instrumento constituído de um banco ao qual se apóia uma espécie de grande pente com dentes de madeira, compridos e bastante próximos, e que serve para desembaraçar o cânhamo, o linho, a lã, o algodão, etc. Também conhecida a máquina que desembaraça, destrinça (separa os fios de) e limpa fibras têxteis, constituída de cilindros giratórios guarnecidos de milhares de agulhas.

 

Casa de Abelha: tecido com desenho fantasia à base de pequenos losangos, efeito obtido através de maquineta que alterna as flutuações de urdume e de trama, provocando um aspecto que imita o alvéolo da abelha.

 

Casimira: tecido encorpado de lã, usado em geral para vestuário masculino (calças, coletes, etc.). Semelhante ao drap.

 

Celulose: polímero natural, encontrado nos vegetais, e constituído pela polimerização da celobiose, substância branca, fibrosa, usada na fabricação de papéis.

 

Cetim (“Satin”): Denominação usada para tipo de ligamento ou tecido:

       1.Ligamento: É semelhante ao ligamento sarja, porém é geralmente utilizada em repetições de cinco a doze fios de urdume e de trama. A principal diferença entre os dois ligamentos é que a diagonal não é claramente visível no cetim. ela é intencionalmente interrompida a fim de contribuir para uma superfície lisa e lustrosa. A textura não é tão visível do lado direito, por que os fios que o compõe são, geralmente, mais finos e em maior quantidade do que os que formam o avesso.

       2.Tecido: tecido de aspecto brilhante, absolutamente liso, obtido a partir de flutuações dos fios de urdume. O Cetim pode ser de qualquer matéria-prima, com densidade elevada de fios no urdume. O toque é em geral fluido e macio, e o aspecto brilhante. Todos os cetins podem ser brilhantes, semi-opacos ou opacos, conforme a matéria (acetato, viscose, poliéster, etc.), a torção ou o tratamento do acabamento (como na seda). Ver: Cetim Alpaseda, Cetim Charmeuse, Cetim Liso e Cetim Peau D’Ange.

 

Cetim Boucol: semelhante ao cetim duchese porém mais pesado, também muito utilizado pela alta costura e para vestidos de noivas.

 

Cetim Changeant: Cetim com duas cores na trama, desenho “Gros de Tours“. As duas tramas (uma de cada cor), se desenrolam na mesma abertura de cala, com duas lançadeiras diferentes (Pick/Pick), ou ainda com uma lançadeira especial de duas espulas. O importante é que cada trama se coloque na posição certa e sempre a mesma, na cala. Assim, conforme a posição da pessoa olhando o tecido, ele aparece com uma cor diferente.

 

Cetim Charmeuse: cetim leve com bom caimento, brilho intenso e uma trama suplementar no avesso, urdume em grége, acetato, viscose ou poliéster, e com 2 tramas, uma delas em crepe e que aparece somente no avesso.

 

Cetim Duchese: cetim mais pesado que o Charmeuse, também com brilho mais intenso e um excelente caimento, geralmente em seda, acetato ou poliéster , com fio tinto, torção “Organsin“. Cetim de qualidade, destinado à Alta Costura, muito utilizado em vestidos de noivas.

 

Cetim Peau D’Ange ou Cetim Vison: cetim mais encorpado que o cetim comum, com bom caimento e brilho discreto, muito utilizado para becas, decoração (toalhas de mesa , cortinas, etc.). Na tradução do francês Peau D’Ange quer dizer pele de anjo.

 

Cetim Zebeline: cetim pesado com um brilho acetinado, avesso em crepe, bem encorpado, sendo perfeito para os modelos evasê.

 

Challis: Tecido produzido com viscose fiada, originário da Índia; significa em Hindu de toque agradável.

 

Chamalote: tecido furta-cor em que a posição do fio produz um efeito ondeado, o mesmo que “Moiré”, também chamado o tecido de pêlo ou de lã, em geral com mistura de seda. Ver Moirage.

 

Chambray - Tecido similar ao índigo (jeans) , porém com ligamento tela, de gramatura média.

 

Chamoix (Camurça, Suédine): tecido em qualquer matéria-prima, mas principalmente de algodão, que recebe um tratamento de acabamento tipo flanelagem, com navalhagem, dando-lhe um aspecto que imite um pouco o veludo e a pele de camurça.

 

Changeant (Camaleão): tecido que tem por característica aparentar mudança de cor, semelhante ao Furta-Cor.

 

Chenille: tecido felpudo de algodão, usado para colchas e roupões.

 

Chevron : também conhecido como “Espinha de Peixe”, desenho à base de ligamento sarja, onde o efeito diagonal se forma em sentidos contrários, em faixas determinadas.

 

Chiffon: origina-se na palavra francesa que significa trapo. Trata-se de tecido muito fino e transparente de seda ou de fibras químicas (normalmente poliéster ou poliamida), com fios com grande torção e resistentes. É um tecido aberto, o que lhe dá transparência. Utilizam-se fios retorcidos, usualmente dispostos de forma alternada , um fio com torção no sentido S e outro em sentido Z, tanto no urdume quanto na trama.

A palavra Chiffon utilizada em conexão com o nome de outros tecidos denota leveza em peso, por exemplo: crepe chiffon, tafetá chiffon, veludo chiffon, etc. Ver: Crepe Chiffon Liso/Estampado.

 

Chintz (Chint, Chinte): tecido de algodão, muito leve, tafetá, estampado com acabamento firme e brilhante,com calandragem muito utilizado em decoração de ambientes.

 

Chita ,Chitão ou Reps Estampado: tecido simples de algodão ou misto estampado em cores. Ver: Reps Estampado (Chitão)

 

Cirrê: acabamento com calandra, destinado a dar um aspecto muito liso e brilhante ao tecido. Também conhecido como laqueamento.

 

Cloquê: tecido tipo piquet, de seda, raiom, ou algodão, com efeito de alto relevo produzido por fios de crepe ou fios de encolhimento elevado. Tecido maquinetado ou jacquard.

 

Coenização: tratamento de colagem de dois tecidos , sendo um sobre o outro, destinado a evitar o esgarçamento, dar um melhor caimento (mais encorpado) e substituir o forro do vestido, durante a sua confecção. Por esse motivo, em geral no avesso, é colado um tecido leve ou em jersey, do tipo forro.

 

Contextura: densidade dos fios e das tramas em qualquer tecido, calculada em fios ou batidas por centímetro, ou por polegada.

 

Contração Ondulação: Ondulação é a relação entre a diferença do  

comprimento do fio esticado e o comprimento do fio contraído, enquanto a

contração (ou encolhimento) é a relação dessa diferença com o fio esticado.

 

Cós: tira de pano usada para arrematar certas peças de vestuário, especialmente as calças e as saias, no lugar em que cingem a cintura.

 

Cotelê: listas em relevo, e rasas, que se alternam.

 

Cotton: palavra em inglês que define algodão, bem como fio, fibra ou tecido de algodão.

 

Coutil: tecido 100% algodão ou linho – fios retorcidos com ligamento sarja 2/1 (diagonal ou espinha de peixe), muito resistente e utilizando para: colchões, calças, sapatos, etc. Também chamado “Jean”, “Serje”, “Brim“, “Denim“, etc.

 

Crepe:

1.Fio – Torção dada a diversos fios como: seda, lã, algodão, viscose, poliéster. Essa torção é bastante elevada: 2000 a 3500 v/m, conforme o título. Ela provoca um encolhimento do fio durante o tingimento, dando ao fio e ao tecido um aspecto opaco, granulado e um toque seco. A torção crepe aumenta o título do fio de 10 a 35%, proporcionalmente ao título e a torção.

2.Desenho – Representa um mistura de tafetá, sarja , para obter um aspecto granité no tecido. É utilizado em geral com fios crepe para aumentar o aspecto granulado do tecido.

3.Tecido – Tecido com aspecto granulado e toque áspero obtido com fios químicos ou naturais com alta torção. Nome derivado da palavra francesa “crêpe” que significa crespo. Produzido geralmente com fios dispostos alternadamente 2S e 2Z na trama e no urdume. Existe uma grande variedade de tecidos chamados crepes. As características principais são: um aspecto granulado (granité) e opaco, um toque seco – até áspero e muita fluidez. Para realizar este tecido se utilizam vários desenhos (principalmente crepe e granité) e fios de torções elevadas: Voil, Poil, grenadine e, principalmente, fios crepe. O aspecto definido do tecido é, em grande parte, obtido durante o tingimento e o acabamento, onde o encolhimento dos fios releva o aspecto “Crepe”. Estes tecidos fazem parte da linha alta costura ou “pret-à-porter” de luxo. (Ex. Chanel sempre foi uma grande fã dos tecidos crepe). Ver: Crepe Koshibo, Crepe Chiffon Liso/Estampado, etc.

 

Crepe Casca de Melão: semelhante porém mais pesado que o crepe madame, com um lado acetinado, com desenhos em relevo imitando pele e o avesso fosco. Aplicações mais comuns: Vestidos, roupas de festa clássicas,trajes a rigor, lingerie, robes, baby dolls, camisetinhas, pijamas, lençóis, edredons.

 

Crepe Changeant: semelhante ao crepe chiffon ou musseline, porém com efeito furta-cor em um dos lados e avesso fosco.

 

Crepe Chiffon ou Crepe Hi Multi Chiffon: tecido semelhante a musseline, geralmente de poliéster, muito leve e transparente com textura levemente enrugada, de toque macio e fluido.

Aplicações mais comuns: camisas , batas, vestidos, lenços, echarpes, etc.

 

Crepe da China: tecido de seda ou de fibras químicas (normalmente poliéster ) muito fino e leve, obtido por ligamento crepe e utilizado no urdume fios com pouca torção e na trama fios retorcidos (torção crepe) dispostos alternadamente em dois fios com torção no sentido S e dois fios sentido Z. usualmente é tinto em peça ou estampado.

Aplicações mais comuns: Roupas clássicas, camisaria feminina e masculina, gravataria, echarpes, pijamas masculinos e femininos, cuecas,almofadas, lençóis, edredons, xales de sofá.

 

Crepe Georgette: tecido, de origem francesa, com ligamento tafetá, cujos fios são de crepe de seda, poliéster, ou viscose. Utiliza tanto no urdume quanto na trama, fios retorcidos (torção crepe) dispostos dois fios com torção no sentido S e dois no sentido Z. É uma musseline mais pesada, porém ainda transparente, e com um lado áspero. Quando apenas um sentido de torção é utilizado no urdume e na trama, pode ser conhecido como Crepe Suzette.Aplicações mais comuns: Camisas, camisetas, camisolas, anáguas, lenços, echarpes, cortinas leves, baldaquinos para proteção de camas e berço, etc.

 

Crepe Koshibo: Semelhante ao crepe georgette, porém mais grosso e pesado, liso e também transparente. Aplicações mais comuns: Mesmas do crepe georgette.

 

Crepe Madame ou Chanel: Também conhecido como “Crepe Patoux”, tecido grosso, tem com característica um lado acetinado e o avesso fosco e poroso, pode ser usado dos dois lados. Aplicações mais comuns: Vestidos, roupas de festa clássicas,trajes a rigor, lingerie, robes, baby dolls, camisetinhas, pijamas, lençóis, edredons.

 

Crepe Marroquino (“Crepe Marrocain”): tecido de seda ou de fibras químicas (normalmente poliéster), similar ao Crepe da China, porém mais pesado e com granulação mais acentuada.

 

Crepe Romain: tecido de seda, poliéster, ou viscose, originário da Itália, similar ao crepe georgette, porém com ligamento panamá de 2. Por essa razão o tecido é mais fechado e a granulação mais acentuada. Utiliza fios retorcidos (torção crepe) tanto no urdume quanto na trama, dispostos alternadamente de dois em dois fios com torção em sentido S depois Z.

Aplicações mais comuns: Roupas clássicas, vestidos básicos, conjuntos de calça e blusa, moda para senhoras.

 

Crepe Satin: também conhecido com “Cristal Líquido” ou “Prelúdio”, é semelhante ao crepe patoux ou madame, sendo, porém que o lado acetinado é furta-cor.

 

Cretone (bramante): tecido de algodão ou misto (algodão + poliéster), liso ou estampado, usado para vestidos, cortinas, roupas de cama. Ver: Cretone Misto.

 

Crochê: tecido rendado executado à mão com uma agulha provida dum gancho na extremidade, e utilizado na confecção de peças ornamentais, de vestuário e outras.

 

Cru: nome genérico dado a tecidos, geralmente de algodão, com aspecto rústico, que não foram submetidos a processos de beneficiamento, além da purga.

Damasco: tecido , normalmente com ligamento cetim, encorpado, de uma só cor, com fundo fosco e desenhos acetinados, que era usado em trajes de aparato e, atualmente, em estofos de luxo.Originalmente o Damasco era um tecido de seda ricamente decorado, trazido ao ocidente por Marco Polo no século XIII de suas viagens ao oriente. A cidade de Damasco era a principal entre o oriente e o ocidente e emprestou seu nome a esse tecido luxuoso. Atualmente são obtidos em teares com maquineta jacquard.

 

Dégradé: tecido com listras ou barras, onde o efeito de cor muda de tonalidade, gradativamente de escura para clara (até branca) e depois recomeça identicamente. Em geral é feito a partir de uma só cor. Este efeito é geralmente obtido com fios tintos ou na estampagem. Antigamente era muito utilizado no jacquard. Por extensão, pode ser obtido este aspecto com brilhos de intensidade diferentes, com desenho apropriado (ver traçado).

 

Délavé: processo de lavagem estonada com aplicação de clareamento e alvejante químico, deixando o tecido com um visual mais macio que o simples estonado.

 

Denim: tipo de coutil ou jeans , antigamente fabricado na cidade de “Nimes”, na França. Em geral, urdume Azul Índigo (foi utilizado para as velas no veleiro de Cristóvão Colombo, durante sua viagem de descoberta das Américas).

 

Desenho (Armação, Construção ou Ligamento): traçado que permite planejar o entrelaçamento dos fios de urdume e de trama, para realizar qualquer tecido. É feito sobre um papel especial quadriculado e depois realizado no tecido através da “Maquineta de Desenho“. Uma construção simples necessita de apenas dois quadros de liços, uma vez que a trama entrelaça-se com o urdume cruzando-o um fio por cima e um fio por baixo, sucessivamente. Cada vez que o padrão vai ficando mais complexo, maior é a quantidade de quadros de liços necessária. Em Jacquard o nome usado é “dessin” (desenho), devido ao se tratar nesse caso, de um conjunto de desenhos. Os principais desenhos ou ligamentos são os tela ou tafetá, sarja e cetim .

 

Devorê: tecido que apresenta desenhos com efeitos de transparência, produzido a partir de um tecido com fio celulósico binado com um fio de fibras sintéticas, estampado com produto corrosivo que destrói a fibra celulósica.

 

Dicron: é uma malha stretch, elaborada com microfibra e elastano que garantem a maciez e a elasticidade da peça. O diferencial deste produto é o brilho discreto obtido através do uso de um fio iridescente que emite pequenos pontos de luz com o movimento e a incidência da luz sobre a peça.

 

Drap: tecido de lã ou lã mista com seda, pesados e utilizados para uniformes, ternos, calças, casacos, etc. Semelhante a casimira.

 

Dry Fit: conceito utilizado para definir o tecido feito com poliamida e elastano, ou seja, o Suplex que, devido a sua estrutura e a titulagem do fio, proporciona um conforto propício para peças de esporte que exigem uma alta capacidade de transpiração. A peça com o conceito Dry Fit, possui o tecido com capacidade de tirar a umidade do corpo e transportá-lo para fora do tecido. “Dry fit” significa em inglês “Caimento seco”, justificando assim seu benefício.

 

Dupla-Face: tecido com os dois lados reversíveis,ou seja, que tanto pode ser usado pelo direito como pelo avesso, e onde cada um deles apresenta um aspecto diferente, devido a utilização de 2 desenhos e, eventualmente, 2 urdumes e ou 2/3 tramas. Ex. Direito: ligamento cetim , Avesso: ligamento sarja 3/2.Os pontos de ligação devem ser bem escondidos para serem pouco visíveis e somente no avesso. Utilizado para tecidos pesados, de alta costura ou para o inverno. Uso feminino e masculino.

 

Elastano (Poliuretano): fibra química polimérica e sintética, obtida a partir do etano, que tem o grupo característico -NHCO2- na cadeia do polímero, também conhecido como “lycra“, as fibras elastoméricas exercem um papel complementar em relação às demais fibras têxteis (naturais ou químicas). Sua função específica é conferir elasticidade aos tecidos convencionais (de malha ou planos) o que permite confeccionar peças de vestuário que aderem ao corpo, acompanhando-lhe as formas sem tolher os movimentos. Essa característica as torna particularmente apropriadas à confecção de roupas de praia, roupas femininas e esportivas, roupas íntimas, meias e artigos para aplicações médicas e estéticas. As fibras elastoméricas possuem grande elasticidade (podem atingir até 5 vezes seu tamanho normal sem se romperem), resistência à abrasão e à deterioração pela ação de detergentes, loções, transpiração e diversos produtos químicos. Sua utilização se faz sempre em combinação com outras fibras convencionais em proporções que variam entre 5 e 20%.

 

Enzime Wash: lavagem que confere aspecto “envelhecido” ao tecido com bom toque. Consiste em uma lavagem enzimática de 60 minutos a 40º C, depois passa por um processo de amaciamento.

 

Energy: tipo de malha semelhante a suplex, tendo como diferença o poliéster em sua composição ao invés da poliamida (composição aproximada: 90% poliéster/10% elastano), muito utilizada para blusas, boly (colant), calças, etc

 

Engomagem: técnica utilizada para conferir ao fio maior resistência, que consiste na aplicação de uma solução colante natural ou sintética. Geralmente usada na fabricação de tecidos com fios singelos.

 

Enfestado: diz-se do tecido dobrado ao meio, no sentido da largura, e assim enrolado na peça. Chama-se o lado da dobra do tecido enfestado de “festo” e as bordas de “ourelas“.

 

Entretela: tecido que se mete entre o forro e a fazenda de uma peça de vestuário, para lhe dar consistência, ou uma boa queda, ou para torná-la armada, sua aparência é de um morim bastante engomado.

 

Escocês: tecido com ligamento tafetá ou sarja, de qualquer matéria prima, cujos fios são tintos em várias cores para produzir um efeito de xadrez de diferentes tonalidades, ou seja, uma mistura de listras e barras de tamanhos e cores idênticas. Este tecido tem por origem, a Escócia, onde cada família nobre, chamada de clã, tinha um tecido, em geral de lã, representativo do nome ou da região. O aspecto xadrez do tecido era distinto e representativo para cada família. Atualmente este tecido é também obtido com estampagem. Por analogia este tecido é também chamado de xadrez.

 

Esmerilagem: tratamento do tipo flanelagem, porém mais leve. A máquina lixa ou poli o tecido e, por esse motivo, o nome de esmeril, ou lixadeira.

 

Espinha de Peixe: tecido com ligamento sarja quebrada, resultando num efeito zig-zag semelhante às espinhas de peixe.

 

Estampagem: processo muito antigo, destinado a valorizar o aspecto de qualquer tecido. Foi iniciado na China e Egito, com pintura a mão e depois na Índia, Pérsia, etc. Na Índia foram utilizados 3 processos, todos a mão: 1) estampado com cera, 2) com gabarito, 3) com tábua. Foi introduzido na Europa no século XVIII. No tecido de seda foi utilizado o primeiro processo industrial: “Impression à la planche” (tábua). Uma tábua grossa e plana recebia uma fita de bronze em relevo, acompanhando o desenho desejado. Este recebia o corante e depois ela era aplicada sobre o tecido, no lugar desejado, para produzir o motivo decorativo. No início, este processo proporcionava apenas o contorno do desenho, sendo o restante pintado a mão. Atualmente existem 4 processos de estampagem:

 

1.Com rolos: inventado em 1834, os cilindros de madeira, e depois de cobre, são gravados em relevo, cada um feito com rapidez e eficiência e, em conseqüência, foi rapidamente popularizado, atualmente utilizado para os desenhos pequenos, de poucas cores e de grande difusão.

 

2.A quadro:o tecido a ser estampado e colado sobre uma mesa comprida. Sobre um quadro revestido com uma tela muito fina é gravado pelo processo de fotogravura o desenho desejado. O quadro é aplicado sobre o tecido e a pasta com corante, contida nesta tela é aplicada em toda superfície e penetra através dos furinhos da tela, sobre o tecido, conforme o desenho. O quadro se desloca manual ou mecanicamente, ao longo da mesa, a cada reporte do desenho. Cada quadro estampa uma cor apenas, e assim a operação deve se repetir conforme a quantidade de cores do estampado. Processo ainda muito utilizado. Tem as seguintes vantagens: rapidez, versatilidade, variedade de cores, desenhos finos e nítidos, etc. Porém, o grave defeito é o encaixe dos quadros, sempre delicado e eliminando certos tipos de desenhos (listra, fundo liso).

 

3.Cilindro Rotativo: processo recente, combinando o antigo sistema a rolos e o sistema a quadros. Neste caso a tela é uma chapa de inox cilíndrica e perfurada. É gravada pelo mesmo processo; colocada sobre o tecido (sempre colado sobre uma mesa, ou melhor, sobre um tapete transportador), ela recebe a pasta na parte inteira e gira, apoiada sobre o tecido. O andamento do pano é sincronizado com a rotação dos cilindros e contínuo. Assim, foi eliminado o encaixe do quadro e o andamento constante aumenta a rapidez da produção.

Este processo tem as seguintes vantagens: maior rapidez, estampa qualquer tipo de desenho, nitidez, grande variedade de cores. Porém, ele exige uma instalação complexa de fotogravura e o cilindro é caro e delicado de manusear. Os processos já descritos exigem ainda, além disso, uma vaporização do tecido para fixar o corante, uma lavagem para tirar o excesso e finalmente o acabamento habitual.

 

4.Papel Impresso: utiliza-se um papel previamente impresso, o qual é aplicado sobre o tecido. Os dois passam entre 2 cilindros quentes, de uma calandra e assim o corante do papel migra para o tecido, conforme o princípio de sublimação. Este processo reúne o máximo de vantagens: rapidez, nitidez, qualidade, etc., porém atualmente, sendo o papel importado, o custo é ainda elevado. Futuramente, para estampar grande quantidade de tecidos, talvez seja este processo o mais interessante.

 

Estofo (“Étoffe”): nome genérico para qualquer tipo de entrelaçamento de fios, destinado a produzir um superfície plana, fluída e usada para o vestuário e o lar (tecido, malha, renda, bordado, tule, veludo, crochê, tricô, tapeçaria, feltro, etc.).Denominação também usada para tecido grosso, encorpado, em geral lavrado, usado especialmente para decoração, geralmente utilizado para forrar sofás, cadeiras, etc. e para reposteiros. Algodão, lã ou outros materiais que se utiliza para acolchoar cadeiras, sofás, etc.

 

Estonagem: processo de lavagem do artigo em tambores que levam junto, as pedras de argila, chamadas de “Sinasitas” Durante a lavagem as pedras entram em atrito com o artigo deixando-o com um aspecto “batido”, mais “usado”. Oferece-se também o aspecto um pouco desbotado e amaciado.

 

Étamine: tecido fino e telado, geralmente de algodão, usado em bordados de fios contados, como o ponto cruz.

 

Etano: hidrocarboneto saturado, gasoso, incolor e inodoro, fórmula: C2H6 .

 

Eteno (Etileno): hidrocarboneto Não-Saturado (Insaturado), gasoso, incolor, fórmula: C2H4.

 

Evasê: do francês “évasé” diz-se da peça de vestuário que se alarga para baixo, em forma de cone.

 

Extrusão: consiste em pressionar a resina, em forma pastosa, através de furos finíssimos numa peça denominada fieira. Os filamentos que saem desses furos são imediatamente solidificados. Esse processo é denominado fiação, embora o termo, nesse contexto, pouco tenha a ver com a fiação tradicional da indústria têxtil.

 

Façonné: nome francês do tecido jacquard.

 

Faille: tecido fino e macio, ligamento tafetá, urdume seda, acetato ou poliéster, trama schappe, algodão, lã, sempre mais grossa, para produzir um efeito canelado.

 

Faillete: variação mais fina do faille com desenho tafetá, de seda, acetato ou poliéster, utilizado geralmente para forro. Ver:Tafetá e Tafetá Alpaseda.

 

Felpa: pêlo saliente nos tecidos. Ver: Felpo (Atoalhado).

 

Feltro: é o tecido resultante do entrelaçamento de fibras de lã ou similares, através da ação combinada de agentes mecânicos e produtos químicos. É o mais antigo “Não Tecido“. Suas principais aplicações são:fabricação de chapéus, filtros, brinquedos, acolchoados, forros de inverno, quadros de aviso, artesanato, etc. Ver: Feltro.

 

Festo: dobra que se faz em pano largo, enfestado, ao meio de sua largura e em toda a sua extensão, para o enrolar em peça. Diz-se também da largura duma peça de pano, dum tecido qualquer.

 

Fiação: processo final de transformação das fibras em fio. Com exceção da seda, todas as fibras naturais têm um comprimento limitado bastante definido. O objetivo da fiação é transformar as fibras individuais em um fio contínuo coeso e maleável. Nas fibras naturais o processo compreende basicamente abertura, mistura, cardação, estiramento e torção para a fabricação do material dos teares. A seguir, se procede à fiação propriamente dita. Com as fibras sintéticas, foram realizadas numerosas melhorias nos equipamentos de fiação para atender à diversificação resultante do desenvolvimento de muitos tipos de fibras. Existem máquinas de fiar que só podem ser usadas com fibras sintéticas.

 

Fibra: estrutura de origem animal, vegetal, mineral ou sintética parecida com pêlo. Seu diâmetro não excede a 0,05 centímetros. As fibras são utilizadas, entre outras muitas aplicações, em produtos têxteis, e são classificadas em função de sua origem, de sua estrutura química ou de ambos os fatores. Ver Gráficos: Simbologia Fibras, Classificação das Fibras Têxteis, Características dos Materiais Têxteis.

 

Fibras Artificiais: o processo de produção das fibras artificiais consiste na transformação química de matérias-primas naturais. A partir das lâminas de celulose, o raiom acetato e o raiom viscose seguem fluxos diferentes. A viscose passa por banho de soda cáustica e, em seguida, por sub-processos de moagem, sulfurização e maturação e, finalmente é extrudada e assume a forma de filamento contínuo ou fibra cortada. O acetato passa inicialmente por um banho de ácido sulfúrico, diluição em acetona, extrusão e por uma operação de evaporação da acetona. Recentemente foi inventada um novo tipo de fibra que também pode ser classificada com artificial que é o tencel. Ver: Gráfico Rota Produção.

 

Fibras Naturais: os fibras ou fios naturais são obtidos diretamente da natureza e os filamentos são feitos a partir de processos mecânicos de torção, limpeza e acabamento. Podem ser obtidos a partir de frutos, folhas, cascas e lenho. As principais plantas têxteis são: o Algodoeiro (fibra de algodão), a Juta (para fazer cordas), o Sisal (parecido com o linho), o linho (caule com filamentos rígidos) e o Rami (também muito utilizado como o linho).

 

Fibras Químicas ou Manufaturadas: podem ser divididas em artificiais e sintéticas. As fibras químicas, de modo geral, seguem o mesmo processo de produção, por extrusão, que consiste em pressionar a resina, em forma pastosa, através de furos finíssimos numa peça denominada fieira. Os filamentos que saem desses furos são imediatamente solidificados. Esse processo é denominado fiação, embora o termo, nesse contexto, pouco tenha a ver com a fiação tradicional da indústria têxtil.

As fibras tomam sua forma final através de estiramento, realizado através de dois processos básicos; no primeiro, as fibras são estiradas durante o processo de solidificação; no segundo, o estiramento é feito após estarem solidificadas. Em ambos os casos o diâmetro da fibra é reduzido, e sua resistência à tração é aumentada.

As fibras assim produzidas podem ser apresentadas em três formas distintas, destinadas a usos também distintos:

1.Monofilamento: que como o próprio nome indica, é formada por um único filamento

2.Multifilamento:é a formada pela união de pelo menos dois monofilamentos contínuos, unidos paralelamente por torção.

3.Fibra Cortada:é resultado do seccionamento, em tamanhos determinados, de um grande feixe de filamentos contínuos. A fibra cortada pode ser fiada nos mesmos filatórios que são utilizadas para fiar algodão. Além disso, se presta à mistura com as fibras naturais já na fiação, permitindo a chamada mistura íntima, ou seja, os fios mistos produzidos adquirem uma mescla das características de resistência e durabilidade das fibras químicas e do toque e conforto das fibras naturais. Os fios produzidos com a fibra cortada são também mais volumosos do que os filamentos contínuos do mesmo peso, o que possibilita seu uso na produção de tecidos com superfícies não lisas. Essa característica, aliada à maior facilidade de manuseio da fibra cortada em relação ao filamento contínuo, faz com que os fios fiados sejam mais utilizados do que os filamentos contínuos, existindo inclusive fibras, como por exemplo o acrílico, em que raramente se utilizam filamentos contínuos na produção de artigos têxteis.

 

Fibras Sintéticas: o processo de produção das fibras sintéticas se inicia com a transformação da nafta petroquímica, um derivado petróleo, em benzeno, eteno, p-xileno e propeno, produtos intermediários da chamada 1° geração petroquímica e insumos básicos para a produção destas fibras.

O benzeno é a matéria-prima básica da poliamida 6 (náilon 6), que, por sua vez, é obtida pela polimerização da caprolactama (único monômero), enquanto que a poliamida 6.6 consiste na polimerização de dois monômeros: hexametilenodiamina e ácido adípico, que por reação de policondensação formam o “Sal N”, e em uma segunda fase a poliamida 6.6 (náilon 6.6).

O poliéster cuja matéria-prima básica é o p-xileno pode ser obtido por intermédio de duas rotas de produção: a do DMT (Dimetil Tereftalato + MEG) ou a do PTA (Ácido Terefetálico Puro + MEG: Monoetilenoglicol).

As fibras acrílicas e olefínicas (polipropileno), por sua vez, têm como principal insumo básico petroquímico o propeno. Pelas suas propriedades e presença de aminoácidos, as fibras acrílicas são comparadas à lã natural e ocuparam os segmentos de roupas de inverno e de tapeçaria, devido as suas semelhanças aos produtos de lã.

Recentemente foi desenvolvida uma nova variedade de fibra sintética, a microfibra. Ver: Gráfico Rota Produção.

 

Fibrane: fio fiado a partir da fibra viscose. Serve também para nomear tecidos feitos a partir deste fio.

 

Fieira: chapa de metal com orifícios, pelos quais se passam qualquer tipo de material maleável que se vão estirando em fios.

 

Filmes: são estruturas têxteis, aproximando-se mais da textura do papel. São produzidos a partir de soluções de fibras têxteis, mais freqüentemente de náilon. Podem aparecer isolados ou laminados com outro tecido.

 

Filó: tecido transparente, semelhante ao tule, porém mais largo (3,20 m de largura) e mais encorpado, de algodão ou náilon, podendo ser engomado ou não, tramado em forma de rede de furos redondos ou hexagonais, e usado sobretudo para véus, cortinados, vestidos de noite, mosquiteiros. enfeites, etc.

 

Fio: produto final obtido pela transformação de fibras naturais, artificiais ou sintéticas, pelo processo de fiação. O filamento contínuoé uma unidade linear de comprimento ilimitado. Os filamentos de seda são um exemplo. O conjunto de três ou mais filamentos forma o fio multifilamento contínuo. Se o fio for constituído por um único filamento denomina-se monofilamento. Fios de filamentos são lisos, duros e possuem poucos espaços cheios de ar. A texturização consiste em dar a estes filamentos diversos tratamentos de modo a resultarem em fios macios, cheios, fofos, com interstícios de ar que conservam o calor, propriedades que caracterizam o fio para fiação. Para conseguir esta característica, dá-se forte “crimping” (plissagem) aos filamentos, seguido de termofixação (fixação através do calor).Entre os sistemas utilizados para produção de fios temos:

Anel: neste sistema podemos ter fios com torção no sentido direito (Z), ou no sentido esquerdo (S). Neste sistema a torção é realizada de fora da fibra para dentro, o que resulta em um fio mais macio tanto no núcleo, como na sua superfície.

 

Open End: é considerado atualmente o método mais prático para a produção de fios. Este sistema tem um fluxo de máquinas reduzido, e é utilizado na sua grande maioria para aproveitar resíduos de outros sistemas de produção em específico o Anel. Este sistema apresenta melhores resultados com fibras mais curtas do que o processo em Anel. Devido este detalhe geralmente as fiações tem uma linha de fio Anel outra linha de fios “Open End”, a qual aproveita os resíduos da linha Anel.

Toque do fio: o toque do fio “Open End” é muito inferior ao dos fios Anel. Isto ocorre em função das características construtivas descritas acima. O amaciante não consegue a mesma penetração no interior do núcleo do fio, quando comparado com o Anel.

Resistência do Fio: a resistência do fio “Open End” é cerca de 20% menor, do que a do fio Anel. Junto com a regularidade, são os principais fatores para se obter uma boa tecibilidade na malharia.

Alongamento do Fio: a capacidade de alongamento do fio “Open End” é maior, importante para a malharia, mas problemático ao acabamento, pois malhas com fios “Open End” tendem a ficar mais largas e necessitam de regulagens especiais.

A texturização pode ser feita por vários processos, como: Falsa torção (FT), Falsa torção fixada (FTF), a ar, a fricção, e outros, em que, a diferença entre eles é o grau de texturização, ou seja, quanto de volume, elasticidade e maciez se deseja dar a fibra. A escolha do processo de texturização dependo do uso final do fio.

 

Fil-a-Fil (Fio a Fio): tecido com listras verticais muito finas causadas pelo uso de um fio de cor e um fio branco intercaladamente tanto no urdume como na trama.

 

Fio Cardado: o fio cardado devido a não passar pela penteadeira, possui mais fibras curtas, o que propicia uma maior formação de pilling (bolinhas no tecido) e neps (defeito na regularidade do fio). A aparência também é prejudicada, pois o mesmo possui uma maior irregularidade.

 

Fio Fantasia: fio beneficiado para apresentar um aspecto ou toque diferente, destinado a valorizar e diversificar o tecido. Os principais fios fantasia são: Botonê, Bouclê, Perlé, Bouchonneux, Ondé, Flamê, Frisé, Mouliné, Jaspé, Mousse, Ondulé, Textué, Chenille, Métallise, Guipé. Os fios fantasia se dividem em 2 grupos principais:

A- Fio Fantasia de retorção: normalmente feito com mistura de fios contínuos diferentes (às vezes fio contínuo e fiado).

B- Fio Fantasia de fiação.

Obs: Os fios Crepe, Voil, Poil, Organsin, Grenadine, não são considerados fios fantasia, mas como torcidos clássicos.

 

Fio Penteado: no sistema penteado o fio passa por um equipamento que se chama penteadeira. Este equipamento tem a função de retirar as fibras mais curtas (antes de se formar o fio) e impurezas como cascas, que são provenientes do algodão e não foram retirados em processos anteriores. Este processo confere um fio de qualidade superior, visto que este é mais limpo, não possui fibras curtas, e é mais resistente. Tem menos neps, e forma menos pilling na malha acabada. Porém devido à retirada de mais fibras no processo, a perda de algodão para a produção do fio é maior, o que juntamente com a inclusão de mais um equipamento no fluxo produtivo eleva o custo de fabricação e conseqüentemente o preço do fio, sendo este o fator principal para o encarecimento do fio penteado.

 

Flamê: tecido produzido com o fio fantasia de mesmo nome, que apresenta pontos mais grossos e pontos mais finos.

 

Flanela: tecido 100% lã cardada, peso leve a médio, contextura aberta, toque macio, desenho tafetá, com lado “flanelado” aspecto liso ou xadrez, antigamente muito utilizado como roupa íntima masculina e feminina.

 

Flanelagem: acabamento dos tecidos flanelados. O tratamento consiste em arrancar as fibras dos fios, com cilindros guarnecidos de agulhas muito finas, para colocá-las na superfície do tecido.

 

Flocagem: processo que permite colar sobre um tecido qualquer, uma camada de pêlos, a partir do processo eletrostático. O tecido recebe uma camada de cola (uniforme ou em apenas alguns lugares) e após introduzido em um câmara eletrostática, a qual eletriza os pêlos, colocando-os em pé sobre o tecido. Após, o tecido é seco e polimerizado para fixar os pêlos. Ver: Veludo Liso.

 

Folheado: é o tecido feito a partir de um véu de fibras têxteis, não feltrantes, mantidas juntas por meio de um adesivo ou por fusão de fibras termoplásticas. Apresenta três sub-tipos: com fibras orientadas, com fibras cruzadas e com fibras dispostas ao acaso.

 

Forro: tecido de seda, acetato, poliéster ou misto com algodão, leve e brilhante, usado para forrar o interior dos vestidos, mantos, paletós, ternos, etc. cuja função é esconder as costuras, as entretelas, etc. Ver Failete

 

Furta-Cor: que apresenta cor diferente, segundo a luz projetada; cambiante.

 

Fustão: tecido natural ou sintético, liso ou estampado, de algodão, linho, seda ou lã, que apresenta o avesso flanelado e o direito em relevo, formando cordões justapostos paralelos, ou desenhos variados.Denominação também usada para tecido pesado de algodão com ligamento reps, formando estrias no sentido do urdume.

Gabardine ou Gabardina: tecido de algodão ou fio sintético, bem estruturado, com textura aparente de sarja 2/1, 3/1 ou múltipla, em um angulo de 45º, o que produz um aspecto diagonal. Aplicações: calça, capa, casacos de verão, etc. Ver: Gabardine Viena, Gabardine Extra, etc.Este nome também é dado a peça de vestuário feita com este tecido impermeabilizado, mais ou menos comprida, com ou sem capuz, usada para proteger da chuva; impermeável. A palavra “Gabardina” em espanhol significa sobretudo impermeável ou capa de chuva.

 

Galão: fita grossa, fantasia, tecida ou de passamanaria, rica e muito decorada, destinada a ornamentar chapéus, cortinas, vestidos, sapatos, ternos, etc. Muito usado no exército, para diferenciar a hierarquia dos militares.

 

Gaufrage: tratamento de acabamento em calandra, onde o tecido passa 2 cilindros quentes e gravados, a fim de obter um efeito de alto relevo, destinado e enfeitar o tecido e imitar os desenhos do jacquard.

 

Gaze: tecido de algodão cardado, muito leve e transparente, com desenho “giro inglês“, utilizado em larga escala na medicina para curativos, intervenções cirúrgicas, etc., é também conhecido como bandagem.

 

Giro Inglês (“Gaze Anglaise”): Denominação utilizada para tipo ligamento ou tecido, a saber:

1.Ligamento: desenho que permite produzir tecidos leves, transparentes e sem esgarçamento. O desenho tem, por característica principal, o fato de que os fios de urdume não somente levantam, como para o tecido convencional, mas ainda eles se cruzam entre si por pequenos grupos de 2, 3, 4, 5, etc. Para realizar este desenho, deve-se usar malhas especiais.

2.Tecido:Tecido leve e transparente que não esgarça, com estrutura aberta amarrada por fios de urdume que se cruzam como malhas. Conhecido também como Leno, é originário de Lion, França.

 

Gobelin: tecido com desenho jacquard onde os fios de urdume deixam aparecer a trama mais clara ou mais escura provocando um efeito glacê. É um estilo de tecido muito usado em decoração, rico em detalhes e cores. Originário da França, era produzido pelos artesãos reais chamados Gobelins.

 

Godê: tecido cortado enviesadamente, na confecção de uma peça de vestuário, principalmente saia.

 

Gorgurão: tecido encorpado, liso, jacquard ou estampado, geralmente misto de algodão e poliéster, com efeito canelado, muito utilizado para calças, decoração, estofamento, etc. Ver: Gorgurão Verona Artelano, Gorgurão Jacquard 2000 e Gorgurão Gênova.

 

Gorgurinho: tecido semelhante ao gorgurão porém mais leve. Também muito utilizado em decoração, confecção de toalhas de mesa e guardanapo, etc. Ver: Gorgurinho Estampado.

 

Gramatura: é a massa por unidade de superfície. Sua unidade de medida é gramas por metro quadrado, assim quando se diz que um tecido tem gramatura de 50, quer dizer que ele tem uma massa de 50 gramas por metro quadrado. O tecido pode ser avaliado através da gramatura conforme a tabela anexa, onde “P” é o peso ou massa do tecido.

 

Granité: tecido com aspecto de crepe ou granulado, produzido com os mais variados tipos de fibras, obtido por ligamento especifico, pela utilização de fios com elevada torção, ou por ambos. Também conhecido como Musse.

 

Grège: nome do fio de seda natural quando é cru e sem torção.

 

Gros de Tours: tafetá com 2 batidas na mesma abertura de cala. Este desenho é o início da série dos ottoman, faille, gros, etc. Principalmente utilizado para as ourelas e para desenho jacquard, onde ele forma somente uma parte dos efeitos do tecido. Raramente usado em tecido liso, pois neste caso é mais vantajoso juntar a trama a 2 cabos e reduzir a quantidade de batidas.

 

Guipure: tipo de renda fina feita a mão e transparente.

 

Helanca®: tecido elástico para calças e bermudas, produzido com fio de poliamida texturizado por falsa torção geralmente colocado na trama (a helanca geralmente tem elasticidade no sentido lateral). Nome derivado de marca registrada do fio texturizado.

 

Hidrocarboneto: composto constituído apenas por carbono e hidrogênio.(Os hidrocarbonetos insaturados compreendem os alcenos, os alcinos e os hidrocarbonetos aromáticos).

 

Índigo Blue: nome do tecido utilizado universalmente para calças jeans. O nome índigo é uma alusão à planta indiana chama “Indigus” a qual continha em sua raiz um corante de coloração natural azul e na época servia de base para tingimento nas tribos. Hoje o índigo se define como corante para calças jeans em tons de azul.

 

Irisado: tecido com acabamento para dar aspecto semelhante ao Arco-Íris.

 

Jacquard (Joseph-Marie Jacquard): Nascido em Lyon em 1752, filho de tecelão, faleceu em 1834. Inventou a maquineta deste nome (ou seja, do Façonné) em 1790. Terminou a primeira maquineta em 1800. Ela tinha por finalidade movimentar os fios de urdume com um só tecelão e, assim, eliminar os “tireurs de lacs” (meninos instalados em cima do tear para levantar os fios à mão). Dessa forma foi suprimido o uso de 3 tecelãos e 2 tecelãs por tear; por esse motivo, no início, esta maquineta foi muito mal acolhida. O princípio desta invenção é utilizar um papel sem fim (ou vários cartões) previamente perfurados, para selecionar o levantamento dos fios que devam criar os motivos decorativos do tecido.

São efetuadas quatro operações para realização do tecido Jacquard, a saber:

1.Esboço: Em francês “esquisse”, que é a representação gráfica e colorida, sobre papel, do futuro desenho jacquard ou do estampado;

2.Mise en carte: Operação que consiste em pintar o “papier de mise en carte”, para reproduzir o esboço do futuro tecido jacquard. Este papel é quadriculado para representar o cruzamento dos fios de urdume e de trama.

O quadriculado pode ser de vários tamanhos, conforme a proporção de fios e batidas (Ex: tecido com 05 fios/40 batidas, papel 10/8). Neste papel são pintadas as formas e/ou os desenhos de todos os motivos do jacquard, considerando a quantidade de agulhas da maquineta jacquard (Vincenzy ou Verdol) e a densidade final do tecido. Antigamente neste papel eram pintados todos os desenhos que participavam da composição do jacquard. Atualmente, o “ligasse” sendo dito como “acelerado” no papel, pinta-se apenas a forma desejada com uma cor lisa e diferente, para cada desenho. Embaixo ou no avesso do papel se traça um recorte de cada desenho, os quais são após utilizados para furar todos os cartões. Este sistema simplificou muito o trabalho de “Mise em carte”. A pessoa encarregada deste serviço chama-se “metteur en carte” (ver traçados anexos).

3.Leitura: a leitura ou “lisage” em francês, é a operação que consiste em furar os cartões ou o papel Verdol, para um desenho jacquard, a partir do papel de “Mise en carte”. Operação realizada pelo “Liseur”.

4.Tecimento.

As maquinetas Jacquard se dividem em 3 grupos principais, conforme o tipo de cartão ou papelão e a densidade das agulhas. Cada uma leva o nome do inventor:

1. 

1.Sistema Jacquard: Densidade: 104, 400, 600, 700, 900, 1000, 1200 agulhas (úteis para o tecido). O defeito da Jacquard era usar agulhas grossas e cartões pesados e volumosos (1 cartão para cada trama).

2) Sistema Vincenzy: (1 cartão para cada trama), 384, 576, 768, 1152 (úteis para o tecido). Agulhas mais finas, cartões mais leves e menores.

3) Sistema Verdol: (papel sem fim). 896 e 1344 agulhas (800 e 1200 para o tecido). Agulhas muito finas, papel sem fim, muito mais leve e mais fácil de manusear que os cartões. Atualmente muito utilizado. No Brasil se encontram os 2 sistemas: Vincenzy e Verdol.

 

Javanesa: tecido em ligamento tela, com fio de filamento de Viscose no urdume e fio de Viscose fiado na trama, muito usado em moda feminina.

 

Jeans: nome em inglês do fustão de algodão com ligamento sarja, ou seja, igual a brim, denim, coutil, atualmente na cor Azul Índigo. Jeans na gíria inglesa significa calça, macacão, etc.

 

Jersey ou Jérsei: tecido de malha leve e de ligamento simples, muito usado para lingerie. O tecido de jersey possui uma única face, é característica deste tecido repousar ao entrelaçamento de pontos na mesma direção, no lado direito, ao passo que no avesso notamos as laçadas produzidas de forma semicircular. A produção de tecido de jersey é feita em máquinas que possuem um único conjunto de agulhas (frontura). No entanto, também podemos tecê-lo em máquinas que disponham de dois conjuntos de agulhas (dupla frontura), onde naturalmente só se verificará o tecimento num dos conjuntos da agulha (frontura).Ver: Jersey (Trilobal)

 

Juta: fibra têxtil obtida da planta tiliácea. As fibras de juta são extraídas do caule de “plantas duras” , assim como o linho, o cânhamo, etc. Trata-se de plantas herbáceas anuais, ou seja, alcançam a maturidade no decorrer de um ano, produzindo sementes para os demais períodos de cultivo, porém exigindo, para um bom desenvolvimento, calor e umidade. Possuem um caule reto com circunferência de cerca de 3,80 cm e altura entre 1,5 e 3 metros. A fibra de juta apresenta, geralmente, um brilho sedoso e, quando comparada ao linho, é mais quebradiça, o que a impede de ser transformada em fios finos, já que os feixes não se separam tão bem no sentido longitudinal. Elas apresentam um fino “brilho” sedoso, um toque grosseiro e áspero, embora as de melhores qualidades sejam suaves e macias. A juta não é tão resistente nem tão durável quanto o linho, o cânhamo ou o rami.

É uma fibra barata, e se encontra disponível em grande quantidade

Além das aplicações mais comuns, como por exemplo, tecidos para sacos e telas de aniagem, os tecidos de juta, tem tido grande aceitação junto aos decoradores devido ao seu aspecto rústico

Outras Características:As fibras não se alongam dentro de uma extensão apreciável; Apresentam baixa elasticidade; péssima recuperação à dobra, compressão ou amarrotamento; deterioram-se rapidamente com umidade, tornando-se quebradiças, fracas e escuras; tem menor resistência que o linho ou o algodão à ação de microorganismos. Ver: Jutas e Tecidos com Jutas

 

:  fibra natural de origem animal, macia e ondulada obtida principalmente do pelo das ovelhas domésticas, e de outros animais como o camelo, a alpaca, as cabras de Angorá e de Kashmir, a lhama e a vicunha, e utilizadas na fabricação de tecidos.

A lã se diferencia do pêlo pela natureza da superfície externa das fibras. A superfície varia de acordo com a espessura e a ondulação da fibra. Devido a essa ondulação, a lã tem uma elasticidade e uma resistência longitudinal maiores que outras fibras naturais.

Características: quente e confortável, excelente isolante térmico; resistente ao amassamento; absorve bem a transpiração e a umidade; amarela e desbota quando exposta ao sol; baixa resistência ao atrito; atacada por traças, insetos e fungos; não resiste a produtos químicos; exige precauções durante a conservação.

 

Laise: tecido leve de algodão, com aplicação de bordados. Originário da França. Voltar

 

Lamê: tecido liso ou jacquard, utilizando em trama fios metálicos, ouro, prata, etc. , muito utilizado na moda feminina e para roupas de carnaval. Ver: Lamê Samoa.

 

Laminados: são estruturas obtidas pela colagem de dois tecidos diferentes ou pela simples aplicação de um impermeabilizante químico a um tecido qualquer.

 

Lançadeira: peça do tear, que contém uma bobina (canela), em que se enrola o fio da trama, e com a qual o tecelão faz correr o fio da trama entre os da urdidura, peça análoga da máquinas de costurar, que leva a linha para formar a laçada no ponto fixo.

 

Liço: cada um dos fios, entre dois liçaróis ( travessas que seguram os liços) do tear, que sobem e descem para serem atravessados pelos fios da tecelagem.

 

Limite de Umidade: “Uma das mais importantes propriedades das fibras têxteis é a absorção de umidade, ou seja, a capacidade que cada fibra possui de absorver água do ambiente. As fibras naturais ou artificiais de origem celulósica têm alta capacidade de absorver umidade: por exemplo, cerca de 8,5% do peso do algodão e 14% do peso da viscose é composto por água, entre outras. Já as fibras sintéticas absorvem menos umidade: no poliéster, por exemplo, só 0,4% de seu peso é composto por água”. Fonte:Sérgio Ferreira Bastos (SENAI/CETIQT).

 

Linho: fibra natural de origem vegetal procedente do talo do linho, tem como principal característica, o aspecto rústico, o que natural de sua fibra quando combinado com a viscose torna-se bastante favorável ao processo de tingimento.

O linho é uma fibra bastante forte. Os tecidos de linho são duráveis e fáceis de serem submetidos a certos trabalhos de manutenção, tais como a lavagem. Quando molhados, a resistência dos mesmos pode ser 20% superior ao mesmo tecido em estado normal. As fibras de linho têm aparência lustrosa. Este elevado “brilho” natural é proporcionado pela remoção de ceras e outros materiais.

As fibras de linho não “encolhem” nem “alongam’. Os tecidos, assim como os dele feitos,também estão sujeitos a estas situações.

Características: muito resistente e confortável; lava-se com facilidade; não encolhe; bom condutor de calor;amarrota com facilidade; atacado por fungos; queima com facilidade; Limite de umidade: 12%.

Aplicações: confecção, cortinas, rouparia doméstica, lenços, etc.

 

Lona: tela pesada de algodão, destinada a recobrir cargas ou proteger produtos perecíveis, principalmente usada para caminhões. Atualmente a Lona pode ser feita com diversas matérias-primas além do algodão, como poliéster, poliamida, etc. e com diversos acabamentos, sendo muito utilizada, também, para confecção de bolsas, tênis, barracas, cadeiras de praia etc. Ver: Lona Colorida e Estampada.

 

Lonita: tecido consistente de algodão liso, listrado ou xadrez, muito utilizado na confecção de jaquetas, toalhas de mesa capas, etc. Ver: Lonita Xadrez Renaux . 

 

Lycra®: fibra sintética inventada pela Du Pont, pertence à classificação genérica elastano das fibras sintéticas (conhecida como Spandex nos E.U.A. e Canadá) sendo descrito em termos químicos como um poliuretano segmentado. Sua notáveis propriedades de alongamento e recuperação enobrece tecidos, adicionando novas dimensões de caimento, conforto e contorno das roupas. Pode ser esticado quatro a sete vezes seu comprimento, retornando instantaneamente ao seu comprimento original quando sua tensão é relaxada. Resistente ao sol e água salgada, e retém sua característica flexível no uso e ao passar do tempo.

Um tecido jamais é feito de 100% lycra, ele é usado em pequenas quantidades, sendo sempre combinado com outra fibra, natural ou sintética. A fim de preservar as qualidades e características da fibra principal, a lycra é revestida pela mesma, assim qualquer que seja a mistura, o tecido concebido com a lycra irá sempre conservar a aparência e toque da fibra principal.

Malinos: tecido cuja estrutura é obtida pela sobreposição, sem entrelaçamento, da camada de urdimento sobre a camada de trama e cuja amarração é obtida por uma cadeia de pontos de malha.

 

Máquina de Costura: máquina projetada para unir pedaços de tecido ou pele com laçadas ou pontos de cadeia (ver Têxteis).

A laçada utiliza dois fios de linha e o ponto de cadeia apenas um.

A maioria das máquinas de costura modernas utiliza dois fios separados para formar uma laçada. O fio superior passa através de um buraco situado na ponta da agulha. O fio inferior sai de uma bobina ou carretel e une-se ao fio superior, enlaçando-se ou retorcendo-se, com o movimento horizontal ou rotativo da bobina.

Além de vários modelos de máquinas domésticas, há cerca de 2 mil tipos diferentes de máquinas de costura industriais.

Tanto as domésticas quanto as industriais estão equipadas com microprocessadores para executar seqüências automáticas de operação.

Abaixo alguns tipos de máquinas de costura industriais:

1. Ziguezague – Utilizada para rebater elásticos em lingerie, unir partes de couro, bordar, pregar zíper;

2. Reta - Utilizada como equipamento básico para todo tipo de vestuário;

3. Overloque – Utilizada para fechamento ou acabamento;

4. Interloque – Utilizada para fechamento em tecidos médios a pesados (jeans);

5. Galoneira – Equipamento direcionado para uso industrial no segmento de malharia.

Utilizada para bainhas, aplicação de galão ou viés, costuras

decorativas e outras.

 

Maquineta de Desenho: mecanismo instalado acima ou abaixo do tear

e destinado a movimentar os fios de urdume através dos quadros de liços.

O ritmo desta movimentação é obtido com o papel sem fim,

perfurado ou com cartelas e pinos.

 

Melànge: fio 100% algodão, onde a característica mescla é obtida no processo de fiação, com o tingimento da pluma do algodão.

 

Mercerização: tratamento (lavagem) de fibras de algodão por uma solução de sódio ou de potássio, a frio, que proporciona um brilho acentuado, maior afinidade com corantes, toque mais macio, maior resistência e maior encolhimento, portanto é um fio (ou tecido) que já foi extensamente beneficiado para proporcionar menos encolhimento nas próximas lavagens. O tecido mercerizado possui maior brilho, resistência e capacidade para receber melhor o tingimento ou a estampa. Lembrando que apenas alguns tecidos têm a necessidade de ser mercerizados.

 

Microfibra: Denominação utilizada para tipo de tecido ou fio, a saber:

1. Tecidos: Nome genérico dado a tecidos de poliamida ou poliéster, obtido a partir de fios com filamentos individuais iguais ou menores do que 1 Denier.

2. Fios: fios sintéticos que são formados por filamentos extremamente finos. Estes filamentos podem ser 60 vezes mais finos que um fio de cabelo e 10.000 filamentos de microfibra podem pesar menos que 1 grama. Desenvolvida recentemente esta nova variedade de fibra sintética surgiu no mercado por volta de 1990. Produzida a partir de acrílico, poliéster , viscose ou náilon, ela se caracteriza por filamentos extremamente delgados e é utilizada na forma de fios multifilamentos. Os tecidos produzidos com Microfibras possuem como características, o toque sedoso, vestem muito bem, encolhimento da peça extremamente baixo, alta resistência, baixo abarrotamento e bom isolamento quanto a vento e frio. As características das microfibras permitem a fabricação de tecidos leves e de toque bem mais agradável do que aqueles produzidos com fios ou filamentos artificiais ou sintéticos. Cabe registrar que já está desenvolvida, a nível de laboratório, a micro-micro fibra, ainda não lançada no mercado devido ao seu alto custo.

 

Micro Modal: fibra composta de 100% da mais pura celulose (o liocel). Micro Modal corresponde a todas exigências humanas e ecológicas e é produzida exclusivamente a partir de celulose tratada sem cloro. Micro Modal não contem concentrações de substâncias nocivas, é livre de pesticidas e não causa irritações cutâneas. Tecido de alta maciez, brilho, caimento e transpira quase 50% da umidade. Na coleção, a fibra é utilizada juntamente com o Algodão para elaborar malhas para os artigos underwear, uma vez que provoca a sensação de conforto e maciez altíssimos para um vestuário íntimo e que fica em contato constante com a pele humana.

 

Modal: fibra de celulose regenerada com elevada resistência a rompimento e alta medida de elasticidade em úmido. Aplicações:Confecção, tecidos para uso doméstico, tecidos profissionais. Limite de umidade: 13%.

 

Moirage: acabamento com calandra, destinado a produzir sobre o tecido um aspecto especial, dito “chamalote“. O tecido, em geral tafetá ou Gros de Tours, passa dobrado entre 2 cilindros quentes. Os 2 tafetás são assim deformados pela pressão e temperatura, para obter este efeito de “Moire”. Os cilindros são lisos, areados, estritos ou gravados com desenhos, segundo o tipo de chamalote desejado. O tecido a ser chamalotado, pode ser dobrado de 3 maneiras:

I – Ponta de peça sobre a outra ponta de peça: (isso provoca uma quebradura no sentido trama no meio da peça);

II – Ourela sobre ourela: (isso provoca uma quebradura em todo o comprimento do tecido);

III – Peça sobre peça: são colocados 2 tecidos, um sobre o outro (iguais ou diferentes).

Estes 3 processos são necessários conforme o tipo de chamalote desejado.

Antigamente o chamalote era destinado aos tecidos de luxo, em virtude desse tratamento não ter durabilidade (com a lavagem saia rapidamente). Porém, atualmente, com os fios sintéticos, pode-se fazer chamalote “permanente”.

 

Moiré: tecido chamalotado. O tecido destinado a ser chamalotado deve respeitar os seguintes critérios:

1) Apresentar um aspecto gorgurão bem marcado e por esse motivo se usa o tafetá ou o Gros de Tours, sendo o urdume, de preferência, de fios contínuos e a trama sempre mais grossa e redonda, de fios contínuos ou fiados (torção de binagem sempre elevada).

2) A regularidade das batidas é um fator primordial para a obtenção de um chamalote perfeito. Qualquer variação na quantidade de tramas por centímetro, provoca uma interrupção do chamalote.

 

Moletom: estrutura de malha de lã, macia, quente, flanelada dos 2 lados, usada para vestidos e estofamento. Seu entrelaçamento é feito de tal forma que os fios da malha, no interior, fiquem flutuantes, ou seja, aliado a um processo de peluciagem ele oferece maior aquecimento do corpo não deixando que o calor se transporte para fora do corpo.

 

Musseline ( Musselina ou Mousseline): tecido muito leve e transparente, com toque macio e fluido, desenho tafetá, fios de seda (de acetato, viscose, lã ou algodão, poliéster, poliamida), com torções elevadas. Em geral o tecido é cru (ou com seda tinta em cru), com vários acabamentos, conforme a qualidade da musseline. Algumas musselines são chamadas de Crepe Chiffon ou Crepe Hi Multi Chiffon.

 

Não-Saturado (Insaturado): Em química diz-se dos compostos orgânicos que apresentam ao menos uma ligação dupla ou tripla.

 

Organdi: tecido leve semelhante a musseline, com acabamento engomado. A musseline recebe uma purga completa para eliminar toda a goma e depois é tinta. O Organdi perde na purga somente 10% da goma (tinto em cru), o que lhe dá um toque encorpado.

 

Organsin: Fio de seda tinto, com torção fantasia, especial e muito resistente, para ser utilizado no urdume. Esta torção se baseia no seguinte processo: Primeira torção (seda) – 500 a 600 v/m; Segunda torção é sempre contrária à primeira e 100 voltas a menos. Depois, esta torção foi muito utilizada para o Acetato 35 e 45 den. e para Viscose, sempre a partir de fio tinto. Em geral ela é sempre a 2 cabos. Fio utilizado para artigos de alta costura, principalmente para jacquard, gravatas, Cetim Duchese e qualquer tecido de luxo com fio tinto.

 

Organza: tecido fino e transparente, de trama simples, em geral de fio poliamida, e mais encorpado e armado que o organdi. Ver: Organza Lisa e Cristal.

 

Ottoman: tecido com desenho tafetá, cuja trama é muito grossa, para formar um aspecto cotelê. Em geral urdume de seda e raion, trama – lã ou algodão, com diversos cabos. O desenho é semelhante ao gros de tours, ou seja: tafetá com 3/4 tramas, muito utilizado para o fundo dos jacquards.

 

Ourela: orla de uma peça de tecido enfestado. As ourelas seguram a trama nos retornos da lançadeira de um para outro lado. Geralmente elas são feitas com densidades em dobro do que o próprio fundo do tecido ou fios retorcidos. Estas ourelas servem, também, no acabamento do tecido quando o mesmo é passado na rama, onde este é segurado pelas ourelas, por isto a largura das ourelas deve ser de aproximadamente 1 cm, especialmente quando se trata de tecido médio ou pesado.

A ourela apresenta a qualidade do trabalho na tecelagem e é vista como referência da empresa. Muitas vezes colocam-se, também, alguns fios coloridos.

 

Oxford: tecido originário de Oxford, Inglaterra, de algodão, com desenho tafetá (2×2) e com densidade idêntica de urdume e trama. Inicialmente este tecido era composto de puro algodão, porém atualmente vários paises também fabricam este tecido sendo sua composição de poliéster. Ver: Oxford Importado.

 

Patchwork: tecido de qualquer matéria-prima, composto de vários pedaços de tecidos costurados juntos (em geral mais ou menos quadrado), de aspectos ou de cores contrastantes (jacquard, liso, estampado, etc.). A fantasia vem do máximo de cores ou da harmonia das mesmas. Com aspecto semelhante a uma colcha de retalhos é muito usado para vestidos, colchas, cortinas, etc.

 

Panamá (“Natté”): ligamento tafetá com 2 fios / 2 batidas ou 3×3, 4×4. Nome também de tipo de tecido de algodão, de seda artificial ou de fibra sintética, macio, encorpado e lustroso, especialmente usado para ternos de verão, costumes de senhora e calças compridas.

 

Passamanaria: designação comum a certos tipos de tecido trabalhado ou entrançado com fio grosso, em geral de seda (passamanes, galões, franjas, borlas, etc.), e destinado ao acabamento ou adorno de roupas, cortinas, móveis, etc.

 

Peletizado: uma das características do tecido peletizado é o sentido do pêlo. Durante o enfesto e a costura, é obrigatório que tal sentido seja sempre o mesmo em todas as peças. Para certificar-se disto basta, através da palma da mão, observar se a superfície do tecido está lisa ou arrepiada.

 

Pelúcia: variedade de veludo, com pêlos mais compridos. Dois tipos: Pêlo vertical (de pé) ou deitado, freqüentemente destinados a imitar a pele de vários animais. Utilizado para estofamento, vestidos, mantôs, brinquedos, etc. Ver: Pelúcia Importada Selvagem

 

Percal: tecido leve de algodão, ligamento tafetá, muito denso mas fino, utilizado principalmente para confecção de lençois e fronhas.

 

Pied de Poule (Pé de Galinha): tecido com pequenos efeitos geométricos brancos e coloridos. Urdume: dois fios brancos, dois fios coloridos; Trama: duas batidas brancas,duas batidas coloridas. ligamento tafetá. O Pied de Poule faz parte dos desenhos ópticos, obtidos a partir da combinação dos efeitos desenho/cor. As matérias-primas podem ser de qualquer natureza, conforme o estilo procurado (algodão, lã, seda, etc.).

 

Piquet: tecido jacquard onde o efeito Piquet produz um aspecto “costura” ao redor dos motivos.

Muito utilizado para os cloquê e os matelassê para aumentar o efeito de alto-relevo. Atualmente muito empregado para os tecidos matelassê de algodão maquinetado.

 

Plissado ou Plissê: série de pregas feitas num tecido, em geral com máquina própria para marcá-las e que, graças à ação do calor, não se desmancham.

 

Poá: qualquer tipo de tecido com estampado com bolinhas. Em francês “Pois”.

 

Poliamida (Náilon): fibra química de polímero sintético,também conhecida como “Nylon” o “Náilon”, considerada a mais nobre das fibras sintéticas, foi a primeira a ser produzida industrialmente. O náilon, entre outras qualidades, apresenta uma elevada resistência mecânica (cerca de 3,5 vezes superior ao algodão) que o torna adequado à fabricação de dispositivos de segurança (pára-quedas, cintos de segurança para veículos etc…). Outras características são a baixa absorção de umidade, a possibilidade de texturização e a boa aceitação de acabamentos têxteis, o que permite a obtenção de tecidos com aspectos visuais diferenciados.

A principal utilização do náilon na área têxtil ocorre na fabricação de tecidos de malha apropriados para a confecção de meias, roupas de banho (maiôs, sungas), moda íntima (lingerie) e artigos esportivos.

O nylon tem adquirido cada vez mais espaço na indústria têxtil devido à sua praticidade, como a secagem rápida, toque sedoso e melhor recuperação ao vinco. Sua utilização associada ao algodão, oferece um produto extremamente confortável e com ótima absorção de umidade, excelente para camisaria.

Atualmente no mercado, não se encontra uma fibra que se aproxima tanto à perfeição da seda como a poliamida. Ao trabalhar com o tecido misto, podemos aliar as principais vantagens do algodão a da poliamida, obtendo ótimo custo benefício.

Características: leve e macia; não encolhe e nem deforma; resistente ao uso, aos fungos e às traças; de fácil tratamento e seca rapidamente; sensível à luz; tem tendência a reter poeira e sujeira; mancha com facilidade; não absorve umidade; aquece pouco; favorece a transpiração do corpo; encolhe com o calor; não resiste a produtos químicos; Limite de umidade:5,75%.

Aplicações: Confecção em geral, fabricação de roupa de baixo, blusas, camisas e impermeáveis, pára-quedas, redes contra insetos, suturas para cirurgia e fibras resistente à tração, utilizado 100% ou em misturas.

 

Poliéster: fibra sintética, também conhecida como “tergal”. O poliéster é utilizado em malharia, vestuários, 100% ou em misturas, pode ser utilizado tanto para camisaria, quanto para parte de baixo. Sua característica, porém é de pouquíssima absorção de umidade. O poliéster é a fibra química que tende a apresentar maior crescimento e poder de competição, em decorrência de seu baixo custo, sendo a mais barata das fibras, sejam elas químicas ou naturais e dos melhoramentos tecnológicos que possibilitam que esta fibra se torne cada vez mais semelhante ao algodão.

Abaixo descrevemos alguns tipos de fibras de poliéster:

• Fibra Tergal–Algodão: Fibra curta que se mistura ao algodão, para utilização em praticamente todas aplicações em que se usa 100% algodão. Em alguns casos, ela se mistura à viscose curta para aplicações similares ás do algodão. São demonstradas algumas misturas entre tergal – algodão para fiação de anel e “open- end”.

• Fibra Tergal Linha de Costura: tem a fibra adequada para todos os tipos de costura.

• Fibra Tergal–Tech: É a fibra poliéster de alta performance que atende ás exigências de qualidade dos produtos de não tecidos. Seus níveis de frisagem e retração, associados a um tratamento superficial com

óleos lubrificantes especiais, permitem alto desempenho na cardagem e processos posteriores, garantindo ganho de produtividade, principalmente aos fabricantes de não tecidos. No processo de tingimento em massa de Tergal–Tech, o pigmento é misturado ao polímero antes da extrusão. Esse processo garante à cor da fibra a mais alta solidez em todas as solicitações: lavagem, exposição à luz, ao suor e à brasão. E ainda traz uma importante vantagem adicional: no caso de mescla, a fibra complementar pode ser tingida com qualquer corante, sem o risco de alterar a cor preta original de Tergal – Tech

• Fibra Tergal–Lofty: É a fibra de alta performance, especialmente desenvolvidas para aplicações em mantas de enchimento de todas as gramaturas. No uso em mantas de enchimento para vestuário ou edredons, travesseiros ou brinquedos esta fibra é auto – suficiente, não precisando de mistura para atender às exigências dessas aplicações.É uma fibra de secção transversal oca, extremamente branca, disponível em duas versões: standard e siliconada.

Características: boa resistência à luz e ao uso; não enruga; boa elasticidade; resiste a maior parte dos produtos químicos; de fácil tratamento e seca rapidamente; áspero; tem tendência a formar “bolinhas” com o uso; desbota quando exposto ao sol; encolhe com o calor. Limite de umidade:1,5%.

 

Polietileno: substância obtida pela polimerização do etileno, termoplástica, translúcida, flexível, com importantes e variadas aplicações.

 

Polimerização: processo em que duas ou mais moléculas de uma mesma substância, ou dois ou mais grupamentos atômicos idênticos, se reúnem para formar uma estrutura de peso molecular múltiplo do das unidades iniciais e, em geral, elevado.

 

Polímero: composto formado por sucessivas aglomerações de grande número de moléculas fundamentais. Ex.: o polietileno, formado pela aglomeração de centenas de milhares de moléculas de etileno. O número de unidades repetidas em uma molécula grande chama-se grau de polimerização.

 

Polipropileno: fibra sintética obtida pela polimerização do propeno ( fórmula: C3H6) sendo que do ponto de vista da indústria têxtil para vestuário e uso doméstico, o polipropileno não é uma fibra importante; entretanto, suas características de resistência à umidade, elevada inércia química, leveza,resistência à abrasão e à ação de mofos e bactérias tornam-no ideal para a produção de sacarias, proporcionando excelente isolamento e proteção aos produtos assim acondicionados. Tem também aplicações em forrações de interiores e exteriores, na fabricação de feltros e de estofamentos.

 

Popeline (Popelina): tecido de construção de tela com um fio de algodão de menor qualidade que o algodão penteado mercerizado, com mais fios no urdume e menos trama, em geral na proporção de 2 fios/1 batida. Chamada antigamente “papeline”, oriundo do nome do Papa e fabricado na cidade de Avignon, na França. Aplicações: vestidos, lingerie, camisas, calças, bermudas, toalhas de mesa, guardanapos, etc. Ver: Popeline Lisa

 

Príncipe de Gales: Variedade de xadrez, com construção sarja ou tafetá, cuja distribuição das cores no urdume e trama procede de dados precisos.

No início este tipo de tecido foi estabelecido da seguinte forma: urdume e trama: 2 cores básicas. 67% do raporte é obtido com fios de cores, na proporção de 2/2, ou seja: 2 fios de uma cor e 2 de outra, sendo que os 33% restantes são na proporção de 4/4. Conforme o título do fio, a proporção passa para 4/4 e 8/8. Às vezes, no meio da parte 2/2 (67%) existe um ou dois fios e uma ou duas tramas de uma terceira cor, bem contrastantes, destinada a valorizar o Príncipe de Gales.

Atualmente existe uma grande variedade de Príncipes de Gales, conforme as tendências da moda, as quais criam uma certa confusão com os escocês e xadrez.

 

Pua:intervalo entre os dentes do pente do tear.

 

Purga: é a operação de visa eliminar do tecido as impurezas com características oleosas tais como: graxas, ceras e óleos naturais e ou adquiridos durante o processo industrial. Esta eliminação se faz necessária visto que estas impurezas oleosas no tecido impedem a penetração da água que é o principal veículo empregado nas operações de beneficiamento têxtil.

 

Raiom: fio ou tecido artificial composto a partir da celulose. No princípio foi chamado seda artificial, por ter uma consistência semelhante, basicamente temos dois tipos de raiom o raiom acetato e o raiom viscose. A fabricação de fios de raiom e de todas as fibras manufaturadas é feita mediante extrusão.

 

Rama:caixilho ou bastidor em que se estiram os panos na fabricação. Diz-se, também, da matéria-prima têxtil natural, em estado bruto, antes de ser preparada para fiar: algodão em rama; seda em rama.

 

Rami: o rami é uma planta perene, isto é, de cultura permanente, que pode produzir , sem renovação, por cerca de 20 anos. A planta apresenta uma cepa de onde partem as hastes que podem atingir, em terrenos apropriados, entre 2 e 3 metros de altura. Permite , em média, 3 a 4 cortes por ano.

Se destaca por sua grande aplicação em tecidos para vestuário e para artigos de decoração.É clara e brilhante.

Seus fios podem ser tão fortes quanto os do linho. A fibra é bastante durável, mas tende a perder elasticidade.

Absorve água com muita rapidez e aumenta seu resistência em cerca de 25% quando molhado, o que torna os tecidos de fácil lavagem e de rápida secagem. Além de ser bastante resistente, o rami apresenta a vantagem de ser uma fibra longa ( 150 a 200 cm). As excepcionais qualidades têxteis do rami são completadas por seu aspecto leve e fresco, capaz de absorver a transpiração corporal.

Os tecidos de rami retêm a cor dos corantes comerciais mais do que qualquer outra fibra vegetal.

Substitui o cânhamo e outras matérias-primas na fabricação de cordas e barbantes, sendo preferido em função de sua resistência tensil para os seguintes fins: barbantes para a indústria de calçados, linhas de costura, etc.

 

Renda: estofo de malhas abertas e contextura em geral delicada, cujos fios (de algodão, poliéster, juta etc.), trabalhados à mão ou à máquina, se entrelaçam formando desenhos, e que é usado para guarnecer ou confeccionar peças de vestuário, cortinas, roupa de cama e mesa, etc.

 

Reps: ligamento que tem por característica principal apresentar no sentido urdume uma série de flutuações de trama, intercaladas por uma armação de tafetá, (desenho usado para o veludo cotelê). Existem 3 tipos reps:

1. Reps Alternativo: O cotelê é salteado em 2 grupos de tamanhos determinados. Principalmente usado em jacquard.

2. Reps Absoluto: Antigamente denominado “Basiné”. A mesma trama sempre forma cotelê, a segunda liga somente em tafetá. Também apenas utilizado em jacquard. A trama flutuando produz os motivos decorativos e por esse motivo, escolhida pelas suas qualidades (brilho, cor, fantasia, etc.).

3. Reps de Base: denominação utilizada atualmente para o tafetá, de 2 fios é considerado como sendo o Reps de Base.

 

Resiliência: energia que pode ser acumulada pela fibra sem que a mesma se deforme, ou seja a fibra volta a forma inicial após cessar a força que causou a deformação.

 

Ribana: Tipo de malha com estrutura feita em teares de dupla frontura, ou seja, uma face da malha é diferente da outra. Estas faces podem ser trabalhadas ou lisas, proporcionam um alto alongamento e elasticidade capacitando desta maneira que o tecido se molde e acompanhe os movimentos do corpo, muito utilizada para acabamentos de golas e punhos, é também conhecida como “Malha Sanfonada”.

 

Risca de Giz: Tecido com listras finas, geralmente de cores claras sobre fundo escuro.

 

Sarja: nome usado para tipo de ligamento ou tecido:

1) Ligamento: construção cuja característica principal é produzir pequenas flutuações de trama e de urdume no sentido diagonal. Esta desenho distingui-se por sua diagonal bem definida. Uma inversão dessa diagonal possibilita um aspecto em zigue-zague, conhecido por espinha de peixe. Outros efeitos visuais podem ser obtidos por variações da diagonal e/ou das cores dos fios. O entrelaçamento em diagonal possibilita maleabilidade e resiliência aos tecidos. O tecido em ligamento sarja é freqüentemente mais firme que o tecido em ligamento tela, tendo menos tendência a se sujar, apesar de ser de lavagem mais difícil. Este desenho é principalmente utilizado pelos lanifícios. Muito utilizado em tecidos de algodão como o brim .

2) Tecido: tecido que usa este tipo de ligamento de seda, lã, ou algodão, e que apresenta estrias no sentido diagonal.

 

Saturado: em química diz-se de composto orgânico cuja estrutura molecular apresenta apenas ligações simples.

 

Schappe: fio produzido a partir da borra de seda.

 

Seda Natural: fibra da qual é composto o casulo que cobre o bicho-da-seda, valiosa por sua utilização em tecidos de alta qualidade e em outros produtos têxteis. A seda é uma das mais antigas fibras têxteis conhecidas e, de acordo com a tradição chinesa, já era usada no século XXVII A.C.

A) Histórico: Conforme vários livros antigos, a China foi o berço da seda natural. Foi descoberta pela imperatriz Si-Lung-Schi, há aproximadamente 1800/2000 a.C. (época do nascimento de Moisés). Depois a seda começou a viajar através da Europa, passando pela Turquia, Grécia, Itália, Espanha, etc., para terminar na França (Louis XI, em 1466). Atualmente os principais produtores de seda são: China, Japão, Brasil, Coréia.

B) Descrição: A seda é um filamento contínuo segregado pela lagarta “Bombyx-mori” ou Bombyx de amoreira ou bicho-da-seda, que come a folha de amoreira (cultivada ou selvagem) e também do carvalho. Quando de sua transformação em crisálida, a lagarta forma um casulo a partir deste filamento de seda. Para formar o fio de seda se reúne diversos filamentos dos casulos. O fio assim obtido se chama “Grege“. Contém uma série de filamentos, variáveis em função do título final do fio. Os principais títulos são: 9/11 den., 11/13, 13/15, 20/22, 40/44.

O filamento e o fio são compostos de 2 produtos:

a) O filamento puro de seda é chamado “Fibroine” e representa 75% a 78% do peso total.

b) A goma natural é chamada “Grés” ou “Séricine” e representa 22/25% do peso total do fio.

Assim, o filamento e depois o fio, possuem uma taxa de goma elevada, que protege a fibra durante o processamento de torção, urdissagem, tecelagem. Esta goma sai durante o processo de desengomagem do tecido ou do fio.

Embora o surgimento de fibras sintéticas, como o náilon e o poliéster, tenha provocado uma enorme redução na produção e consumo da seda, ela continua sendo empregada na confecção de roupas, rendas e tecidos para decoração de interiores e bolsas.

Características: muito macia, leve e confortável; não provoca irritações na pele; baixa resistência; desbota quando exposta ao sol e à transpiração; não resiste a produtos químicos; atacada por traças e insetos; exige muitos cuidados na lavagem e tratamento.

 

Seda Artificial: fios artificiais feitos a partir de produtos naturais, mas com processo mecânico. De modo geral, trata-se dos fios acetato e viscose, que entraram no mercado internacional antes dos fios sintéticos, derivados da petroquímica. Foram inventados vários fios artificiais, dos quais sobram dois, ainda muito utilizados: acetato e viscose, os dois a base de Celulose. No início foi também utilizada a palavra “Rayonne” (Raiom), para nomear estes dois fios.

 

Shantung: nome derivado de Chan-Tung, cidade da China, produtora de seda selvagem, sendo que o termo é utilizado atualmente para qualquer tecido grosso de aspecto irregular. Aplicações mais comuns: Coletes, blazers. vestidos que exijam certa estrutura, gravatas, .camisas sóbrias, ternos, paletós, bolsas, forração de sapatos, almofadas, estofamentos, forros de cadeira, poltronas e sofás, cortinas pesadas, biombos.

 

Stretch: palavra inglesa que significa esticar. É aplicável a tecido com elasticidade obtida através de filamentos de poliéster texturizado ou de fibras.

 

Suplex ®: fibra DuPont Sudamerica S/A é indicado para tecidos esportivos, visto que alia as propriedades das malhas de algodão, confere maciez e flexibilidade a peças confeccionadas, em adição a durabilidade e resistência do nylon (poliamida). Devido ao sistema de texturização a ar, desenvolve um toque parecido com o do algodão, aliado a vantagens das fibras sintéticas. Tecido que proporciona conforto, resistência, caimento e possui uma secagem relativamente mais rápida que outros tecidos.

Tac-Tel : tecido 100% poliamida é um tipo de microfibra o qual sua estrutura possui fios texturizados a ar que o capacita ser de alta secagem e alta transpiração. O tac-tel é um tecido que não retém o suor e seca rapidamente quando exposto ao sol; por isso é muito utilizado para calções e shorts de banho. Fibra desenvolvida pela DuPont Sudamerica S/A.

 

Tafetá: nome usado para tipo de ligamento ou tecido:

1) Ligamento: também conhecido como desenho ou ligamento “Tela“, é o ligamento de construção mais simples existente e, por conseqüência a que utiliza menos quadros e a que utiliza os teares mais simples. O fio de trama, nesta construção, cruza-se com o urdume, um fio por cima e um fio por baixo, sucessivamente. No retorno o fio de urdume que estava por cima passa a ficar por baixo e vice-versa. Se os fios tiverem espessura adequada e estiverem próximos entre si, o tecido será firme e terá características para vestuário. Com certeza foi o primeiro desenho utilizado no mundo, e por ser o mais simples é o ponto de partida na criação de qualquer tecido. (Na língua persa “Taftah” significava tecer).

2) Tecido: tecidos lustrosos e armados, de seda ou poliéster, de trama finíssima, superfície lisa, textura regular e leve nervura no sentido da trama, utilizados principalmente para forro. É um dos mais antigos tecidos conhecidos pelo homem sendo feito originalmente em seda,. Na língua persa, a palavra entrelaçar ou tecer, se dizia “Taften” e depois “Taftah”. Esta terra, juntamente com a China, é considerada um dos berços da seda e dos tecidos. Depois este nome se transformou em cada época e em cada língua. Ver: failete e tafetá alpaseda.

 

Talagarça: tecido grosso de algodão com ligamento aberto, apresentando um aspecto furado, com acabamento engomado, próprio para aplicação de bordados, tapeçarias, etc.

 

Tarlatana: tecido tipo musseline de algodão, porém mais leve, transparente e encorpado usado para entretelas de vestuários. Contextura 12 a 18 fios/cm.

 

Tear: máquina usada para fabricar tecidos com linho e outras fibras. Fabrica-se um tecido em um tear, entrelaçando dois conjuntos de fios dispostos em ângulo reto. Os fios longitudinais chamam-se urdidura e os transversais, trama.

Com exceção da seda, todas as fibras naturais têm um comprimento limitado e, por isso, precisam ser enoveladas para formar fios que possam ser tecidos.

A fabricação de tecidos exige vários passos. Inicialmente, as fibras da urdidura são colocadas no tear e tensionadas, formando uma superfície de fios paralelos muito próximos. Em um tecido simples, levanta-se um fio sim, outro não, e um dispositivo chamado lançadeira passa um fio da trama pelo buraco.

Posteriormente, um pente aperta o fio da trama contra o da trama anterior para formar um tecido compacto. O tear manual é montado sobre um bastidor, que dá o suporte necessário para sustentar as peças móveis. O primeiro passo para a mecanização do tear foi a lançadeira volante, patenteada em 1733 pelo inventor britânico John Kay. Consistia num mecanismo de alavancas que empurrava a lançadeira por uma pista.

Existem os seguintes tipos de teares:

1. Teares manuais: atualmente são utilizados quase que exclusivamente para artesanato ou para a produção de novos artigos ou amostra não colocados na linha de produção.

2. Teares mecânicos não automáticos: São teares que não possuem determinados mecanismos de auxílio para o tecelão, tais como guarda urdume, parada por falta de trama e troca de espulas ou lançadeiras.

3. Teares mecânicos semi-automáticos: são teares não automáticos que sofrem adaptações de mecanismos (guarda urdume) que auxiliam o tecelão e dá melhor qualidade aos tecidos.

4. Teares automáticos: podem ser divididos em:

1. Teares convencionais: quando a alimentação da trama é feita automaticamente por mecanismos especiais, como o mecanismo que efetua a troca da espula no interior da lançadeira quando o fio esta prestes a terminar, e o mecanismo que efetua a troca da lançadeira quando a espula do fio esta prestes a terminar.

2. Teares Sem lançadeira:

1. Projétil – também chamado de lançadeira de pinças, é uma pequena peça que arrasta a trama através da cala.

2. Pinças rígidas – a trama é introduzida na cala por uma espécie de agulha. Existem teares com uma única pinça ou com duas.

3. Pinças flexíveis – possuem duas cintas flexíveis de aço, uma em cada lado da máquina.

4. Jato de ar – a trama do fio recebe um jato de ar e é jogada através da cala.

5. Jato d’água – a trama do fio recebe um jato d’água e é jogada através da cala.

6. Cala ondulante – neste sistema são inseridos 16 tramas ao mesmo tempo,equivalendo a cerca de 2.000 m por minuto.

5. Teares especiais: são em sua maioria automáticos, providos de mecanismos especiais para tecer determinados tipos de tecidos, tal como os teares de Maquineta jacquard, que fazem tecidos com grandes desenhos, podendo mesmo reproduzir figuras humanas em sombreado com relevo.

1. Tear triaxial: produz tecidos com estabilidade em todas as direções: na horizontal e na vertical. Os fios de urdimento são enrolados em oito pequenos rolos e a trama é inserida por meio de pinças rígidas.

2. Tear para felpas:com mecanismos especiais, são alimentados por no mínimo, dois rolos de urdume, um para o tecido básico e o outro para o tecido de felpa inteira (toalha) ou felpa cortada (veludo).

 


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