Entre os benefícios da aplicação do grafeno na fabricação de peças da indústria têxtil, o aumento da resistência dos tecidos e sua impermeabilidade
Chamado de ‘material do futuro’, o grafeno tem atraído a atenção da indústria de tecnologia e dos cientistas. Para reforçar a importância do material, constituído por uma camada extremamente fina de grafite, sobre as possibilidades infinitas no campo da pesquisa e da inovação, o Comitê da Cadeia Produtiva da Indústria Têxtil, Confecção e Vestuário da Fiesp (Comtextil) convidou Thoroh de Souza, professor de Física com experiência nacional e internacional e idealizador do MackGraphe (Centro de Pesquisas Avançadas em Grafeno Nanomateriais e Nanotecnologias). O encontro se deu na reunião plenária do Comitê, realizada na última terça-feira (24/9).
O segmento têxtil é um dos pioneiros no processo de industrialização no Brasil. Durante a reunião, Thoroh esclareceu as dúvidas do setor sobre as utilizações do grafeno e apresentou o potencial do material, que é o mais forte (200 vezes mais resistente do que o aço), mais leve e mais fino (espessura de um átomo) que existe.
O grafeno é um material constituído por uma camada extremamente fina de grafite, o mesmo encontrado em qualquer lápis comum usado para escrever. A diferença é que o grafeno possui estrutura hexagonal, cujos átomos individuais estão distribuídos, gerando uma fina camada de carbono. Transparente e elástico, pode ser mergulhado em líquido sem enferrujar ou danificar sua composição e conduz eletricidade e calor melhor do que qualquer outro componente.
De acordo com Thoroh, o desenvolvimento da produção do grafeno em São Paulo está bastante relacionado ao fomento à pesquisa. “Estamos na fronteira da Ciência e cabe a nós explorarmos isso para conseguir converter conhecimento científico e tecnologia em negócios. Do ponto de vista da indústria têxtil, podemos olhar várias aplicações. Uma delas é o fato de o grafeno aumentar a resistência dos tecidos e de ser uma substância impermeável”, informa.
O especialista alerta para um dos principais desafios, a falta de divulgação das potencialidades do grafeno, e ainda sobre a carência de profissionais especializados no assunto ou com interesse em desenvolver pesquisas a respeito do tema e produtos com o material. “Precisamos olhar para a frente e ver o que o mundo está fazendo Não tem como a gente gerar tecnologia sem pessoas capacitadas. A prioridade é ter pessoal altamente qualificado, que precisa estar dentro das empresas e de instituições como os SENAIs, por exemplo”, completa.
O diretor titular do Comtextil, Elias Miguel Haddad, alertou que o grafeno é oportunidade para a indústria se desenvolver ainda mais e crescer, vencendo possíveis gargalos. “Precisamos aproveitar as inconformidades. Nunca vi na vida uma oportunidade tão grande como essa do grafeno. Precisamos falar mais sobre o assunto e estarmos atentos para as formas de uso desse material”, afirma.
Tags:
Está escrito que precisamos maior divulgação do grafeno. Entretanto só ficamos sabendo da reunião, depois de acontecida. Era o caso de divulgação prévia para despertar o interesse.
Bem-vindo a
Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
© 2024 Criado por Textile Industry. Ativado por