Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Modelo de veludo da grife Huis Clos
, que mostrou coleção no São Paulo Fashion Week, que terminou terça-feira

SÃO PAULO - O veludo é um velho conhecido do mundo do vestuário e sua origem é o Oriente. Nos séculos XIV e XV, passou a ser produzido na Itália e, posteriormente, na França. Segundo a Enciclopédia da Moda, de Georgina O’Hara (Companhia das Letras), o nome deriva do latim, vellus, que quer dizer pelo. É feito com trama apertada com pelos curtos e densos, que resulta numa textura macia e brilhante.

No século XIX, ainda era mais comum o veludo feito de fios de seda, mas a partir do século XX, também passou a ser produzido com acetato, raiom ou algodão. Entre as décadas de 1960 e 1970, o veludo foi muito popular para a confecção de calças, coletes e outros itens, tanto femininos quanto masculinos.

O tecido ficou sumido nos anos 80 e 90, até reaparecer, no início deste século, nas coleções de estilistas poderosos, como Tom Ford, “que apresentou inúmeros paletós de veludo vinho e preto para a italiana Gucci”, segundo o Dicionário da Moda, de Marco Sabino (Editora Campus).

Na edição de inverno do São Paulo Fashion Week , que terminou ontem, várias grifes usaram veludos em suas coleções. A da Huis Clos, apresentada no sábado, no SPFW, trouxe um veludo importado, de bom caimento. “Escolhemos um veludo feito de viscose e seda”, disse Sara Kawasaki, estilista da Huis Clos, que vem usando o tecido há pelo menos quatro coleções seguidas, inclusive para roupa de verão. “Muita gente associa o tecido ao inverno, por conta de seu caráter aconchegante. Mas dependendo da composição, o tecido fica leve e fresco”.

Os vestidos de veludo da Huis Clos não marcam o corpo, caem soltos, dando destaque para os ombros arredondados ou para uma nesga de renda. Delicados, eles tiram do veludo a conotação de vestido de festa, para trazê-lo ao casual sofisticado. Os tons escolhidos são o mostarda, o vinho e o verde-água.

Na Animale, cujo tema da coleção remetia ao Império Russo, o veludo foi usado em conjuntos de camisa e calça – com corte de alfaiataria ou de estilo esportivo. O brilho do tecido ajudou a deixar o visual chique, mesmo com a estrutura “molenga” da roupa. Em outro momento, o veludo “devorê” (de efeito corroído) foi usado em vestidos e macacões, que deixavam partes estratégicas do corpo transparentes.

O estilista Mario Queiroz usou veludo liso em detalhes, como mangas de blazers masculinos. A versão cotelê deu forma a calças ou foi usada em patchworks com lã príncipe de Gales, nos casacos longos – também para eles.

(Vanessa Barone | para o Valor)

Fonte:|http://www.valor.com.br/empresas/2500662/grifes-apostam-no-veludo-p...


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