Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Contando com meses de baixa demanda, quando a indústria não precisa operar com sua capacidade máxima, empresa estoca água se preparando para uma eventual piora no fornecimento.

A indústria têxtil é altamente dependente da água para tingimento e acabamentos e, assim como outros setores, tem tomado cuidados especiais devido à escassez hídrica. A Canatiba, com unidades produtivas em Santa Bárbara d'Oeste, no interior de São Paulo, tem investido na redução do consumo e renovação tecnológica para usar menos água e energia, justamente para evitar situações de emergência. “No negócio têxtil faz parte da nossa cultura reutilizar tudo o que podemos, melhorando os processos no sentido de aproveitamento máximo de insumos da fábrica, inclusive a água”, afirma o diretor de marketing da Canatiba, Fábio Augusto Covolan.

Isso foi possível investindo em novas tecnologias que permitem a redução do consumo, renovando processos que usavam químicos tradicionais, explica. A empresa tem duas fontes de abastecimento: os poços artesianos que atendem as indústrias da região e o sistema geral da cidade cuja captação foi reduzida desde novembro do ano passado. Além da diminuição do consumo, a empresa adotou a estratégia de estocar água para usar em tempos de fornecimento mais escasso, pois a previsão da cidade de Santa Bárbara é manter o racionamento durante todo o ano de 2015.

“Dezembro, janeiro e fevereiro são meses de baixa demanda para a indústria, que não precisa operar na sua capacidade total, o que nos permite mais economia, nos preparando para uma eventual piora no fornecimento de água”, ressalta o diretor. Há quatro anos, segundo o executivo, um pool de empresários da cidade apresentou um projeto à prefeitura para que fosse permitido às indústrias usarem água de reúso por meio de um sistema de coleta. A iniciativa está parada, esperando liberação da Sabesp. “Com a escassez de água esperamos que o projeto ganhe prioridade e tenha apoio do governo estadual”, diz Covolan.

A fábrica da Canatiba, inaugurada há 46 anos e que produz 10 milhões de metros por mês, foi ampliando e renovando equipamentos e processos ao longo dos anos. “A mais nova unidade da empresa tem quatro anos e foi pensada para economizar insumos, usando espuma ao invés de água, faz reúso do calor para gerar mais energia e tem caldeiras a gás”, explica. Como a empresa está tecnologicamente atualizada, não há trocas de equipamentos programadas para este ano por conta da crise hídrica. “Fizemos nossa lição de casa ao longo dos anos”, completa Covolan.

Ana Luiza Mahlmeister

http://www.gbljeans.com.br/noticias_view.php?cod_noticia=5889

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