Guia das rendas desvenda detalhes e nobreza do tecido mais adorado pelas noivas
Cecília Leite
Do UOL, em São Paulo
17/07
A noiva que decide usar um vestido rendado de alta-costura precisa escolher o tipo certo de tecido para conseguir um efeito bem romântico e sofisticado. Além de ser o tecido mais clássico da moda matrimonial, a renda ainda cria diversos efeitos para o modelo escolhido. "As rendas, queridinhas das noivas, merecem mais atenção do que os outros tecidos, porque são as responsáveis, também, por criar uma 'estampa' para a peça ", diz a estilista Bibi Barcellos.
Alex Bispo, gerente comercial da loja especializada GJ Tecidos Finos, localizada na região central de São Paulo, explica que as clientes procuram, primeiro, por uma renda que foi indicada pelo estilista. "No final da compra, as noivas acabam levando até mais de uma opcão. Muitas vezes, bem diferente da que veio buscar, pois elas descobrem tantos tipos de rendas que acabam saindo sem conseguir eleger a melhor para o vestido", conta.
Para ajudar a encontrar a renda ideal, o UOL Casamento selecionou os tipos que são facilmente encontrados em lojas de tecidos e reuniu dicas para desvendar em qual parte do vestido de noiva cada um deles pode ser melhor aproveitada.
Para não errar, Bibi lembra que na hora de escolher a renda, é preciso sentir um toque macio e testar o caimento. "A renda chinesa, feita em náilon, é ruim de pegar, por exemplo. Por isso é legal colocar a peça de renda em pé, na frente do corpo, e ir até um espelho testar. O tecido não pode ficar enrrugado", avisa. Supertrabalhada, a renda francesa chantilly com fio soutache e bordados é, segundo a estilista, o tipo que faz mais sucesso entre as noivas.
Nobreza da renda
Existe uma enorme variedade de fibras e fios para se criar uma renda. Entre os mais caros, estão o algodão e a seda e, atualmente, entre as mais baratas, é possível encontrar rendas bonitas feitas de viscose e poliamida. "Mas todas elas, para ter um efeito bem bonito, precisam levar um acabamento feito à mão", explica Bibi Barcellos. "A maneira como a alta-costura trabalha faz com que deixe a impressão de que o tecido foi rendado no corpo da mulher, sem deixar nenhuma costura aparente. Esse é um trabalho precioso e muito demorado", conta.
Mariana Moran, estilista da grife M.Gio, já alerta que a renda francesa é bem cara. "Hoje em dia, muitas empresas se empenharam em criar rendas parecidas com a chantilly, por exemplo, porém com fibras sintéticas. As sintéticas possuem quase as mesmas vantagens de caimento, porém são um pouco menos 'nobres' do que as tradicionais francesas. Elas geralmente são fabricadas na China e você só percebe a diferença pelo toque", diz.
"Antigamente, quem produzia as peças mais baratas fazia com náilon ou poliéster e, por isso, ficavam feias e enrrugadas, sem um caimento bacana. As atuais, feitas com viscose e poliamida, conseguem um toque mais gostoso e um caimento melhor, com um preço mais comercial", lembra Bibi. Mas não é por que a noiva escolheu uma renda mais barata que o vestido acaba saindo mais em conta. "Vai sair caro, porque dá trabalho para fazer de qualquer jeito", comenta.
De olho nos detalhes
As rendas mais nobres possuem uma borda trabalhada, chamada bico. A renda baratinha, como a chinesa, não tem um bico. O bico é coringa, e deve ser usado. "Pode ser aplicado na barra, no decote, e em várias outras partes do vestido. Uma dica é sempre olhar também qual é o efeito do bico, ele ajuda a dar leveza ao acabamento. Um bico bonito faz todo o trabalho", garante Bibi.
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